Pravaler estreia tokenização na educação com debênture de R$ 60 milhões

Plataforma é a terceira emissora das 12 que serão testadas na Vórtx, tokenizadora que opera com chancela da CVM

Paulo Barros

Thiago Schober, Head de Novos Negócios da Vórtx QR Tokenziadora, e Haroldo Carvalho, CFO do Pravaler (foto: divulgação)
Thiago Schober, Head de Novos Negócios da Vórtx QR Tokenziadora, e Haroldo Carvalho, CFO do Pravaler (foto: divulgação)

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A plataforma de financiamento estudantil Pravaler é a primeira empresa do setor de educação a entrar na onda da tokenização, com a emissão de R$ 60 milhões em debêntures na forma de 60 mil tokens em blockchain – cada unidade vale R$ 1 mil.

A operação, anunciada nesta terça-feira (19), tem coordenação do Itaú BBA e viabilização da Vórtx QR Tokenizadora, que opera sob a chancela da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no sandbox regulatório, espécie de laboratório que testa inovações no mercado de capitais.

Debêntures são títulos de crédito emitidos por empresas e negociados no mercado. Elas são similares aos títulos públicos, mas, no lugar de financiar o governo, o comprador empresta dinheiro para uma empresa privada em troca de um rendimento.

As debêntures são um dos principais casos de uso da tokenização, que tem como um dos objetivos eliminar intermediários com uso de blockchain para reduzir custos de investimentos tradicionais e, assim, baratear o acesso para o investidor de varejo.

Conhecida por oferecer financiamento estudantil, A Pravaler também conta com marketplace de bolsas de estudos, simulado para o Enem e avaliações digitais. Segundo a empresa, o número de novos estudantes na plataforma cresceu 160% no primeiro semestre comparado com o mesmo período do ano passado.

“A emissão tem como objetivo o investimento na estrutura de tecnologia do Pravaler para impulsionar nossas próximas conquistas”, comenta Haroldo Carvalho, diretor de finanças do Pravaler, em nota.

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A Pravaler é a terceira das 12 emissoras as quais a Vórtx tem direito de cadastrar no ambiente controlado pela CVM – mas, cada uma pode realizar múltiplas emissões. Antes, a tokenizadora viabilizou o lançamento de 74 mil debêntures tokenizadas da Salinas Participações, além de 8 mil cotas do fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) da Rispar, empresa que oferece crédito colateralizado em Bitcoin (BTC).

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Paulo Barros

Jornalista pela Universidade da Amazônia, com especialização em Comunicação Digital pela ECA-USP. Tem trabalhos publicados em veículos brasileiros, como CNN Brasil, e internacionais, como CoinDesk. No InfoMoney, é editor com foco em investimentos e criptomoedas