Possível queda de preços causa polêmica na Petrobras; compra do HSBC pelo Bradesco e mais

Superintendência do Cade recomenda aprovar operação Bradesco-HSBC; agrupamento da Telebras e mais notícias no radar

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário desta segunda-feira (4) já começa movimentado. Em destaque, a Petrobras (PETR3;PETR4) pode anunciar a queda do preço de combustível hoje, segundo informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. Essa queda teria como base o recuo do consumo deste combustível neste ano e em 2015. No ano passado, o consumo da gasolina recuou 9,0%. Em janeiro, a queda chegou a 11% na comparação anual.  

“Do ponto de vista dos preços dos internacionais, a cotação externa em reais está 22,5% abaixo do preço doméstico na refinaria, na média dos últimos 21 dias úteis. Nos últimos doze meses, o preço interno da gasolina está em torno de 10,0% acima de sua cotação no mercado internacional”, avalia a LCA Consultores. 

“Como se pode ver do ponto de vista da paridade internacional, há espaço para a queda da gasolina. Entretanto, a grave situação financeira da Petrobras e os impactos negativos no setor produtor de álcool não recomendariam essa diminuição dos preços. Além disso, o governo pode passar a imagem de que está agindo de forma populista por causa do impeachment ao influenciar a diretoria da Petrobras pela redução. Membros do Conselho de Administração da empresa são contrários”, destaca a LCA.     

E, segundo o Valor Econômico, os acionistas da Sete Brasil adiaram mais uma vez a decisão sobre um eventual pedido de recuperação judicial. Agora, vão deliberar sobre o tema no próximo dia 8, diz a publicação. Os sócios da empresa já se reuniram cinco vezes sem conseguir obter uma maioria de votos para pedido de proteção à Justiça.

Bradesco
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou o oferecimento de impugnação ao Tribunal da compra do HSBC Brasil pelo Bradesco (BBDC4) e a aprovação da operação sob condições, de acordo com despacho publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira.

A recomendação foi de que a operação seja aprovada, condicionada à celebração de acordo em controle de concentrações proposto pelos bancos.

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BRF
A BRF (BRFS3aprova contratar financiamento com BB de até R$ 1,85 bilhão.

Renova
A Renova Energia (RNEW11) informou que foi rescindido contrato para a venda de ativos de seu projeto ESPRA para a TerraForm Global, com o pagamento de taxa de US$ 10 milhões pela TerraForm à Renova, segundo fato relevante divulgado na noite de sexta-feira.

A Renova afirmou ainda que notificou SunEdison e TerraForm Global sobre sua intenção de exercer opção de venda de 7 milhões de ações de emissão da TerraForm Global de sua titularidade, conforme previsto em contrato.

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BR Malls
A empresa de investimentos Blackstone disse no domingo que não está considerando uma aquisição da operadora de shoppings brasileira BR Malls (BRML3), negando uma notícia publicada pelo jornal O Globo.

“Não estamos ativamente engajados em discussões de aquisição da BR Malls”, disse a Blackstone em comunicado por e-mail.

O jornal, sem citar fontes para a informação, disse no domingo que a Blackstone havia contratado o JP Morgan para assessorá-la na avaliação da compra de uma fatia de controle na BR Malls, baseada no Rio de Janeiro e maior operadora de shoppings do Brasil. A publicação disse que a aquisição seria avaliada em até 12 bilhões de reais. Uma porta-voz da BR Malls não quis comentar e uma porta-voz do JP Morgan também preferiu não comentar.

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Telebras
As ações da estatal de telecomunicações Telebras (TELB4) passarão a ser negociadas agrupadas na proporção de 10 para 1 a partir do pregão desta segunda. No dia 6 de março, a Assembleia Geral Extraordinária de acionistas da companhia aprovou o grupamento de suas 118.442.718 ações, das quais 97.439.719 ordinárias e 21.002.999 preferenciais, que passam a um total de 11.844.270 ações nominativas, sendo 9.743.971 ações ordinárias e 2.100.299 ações preferenciais.

Na época, a companhia informou que “a medida visa elevar os preços das ações e atende a uma exigência da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), de manter os papéis em negociação na BM&Bovespa com valores acima de R$ 1,00 a unidade, em 30 pregões consecutivos”. Nesta sexta-feira os papéis preferenciais fecharam cotados a R$ 1,13.

Itaú conclui aquisição
O Itaú Unibanco (ITUB4) concluiu a união de sua unidade Itaú Chile e o chileno CorpBanca, após obtenção de todas as aprovações societárias e regulatórias.

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Como isso, o Itaú passa a controlar o banco resultante da fusão com 33,58% de seu capital social. A conclusão sela a posição do Itaú Unibanco como quarto maior entre bancos privados do Chile e a entrada no varejo bancário da Colômbia como quinto maior banco local, em empréstimos.

O Itaú Unibanco disse não esperar resultados de sinergia relevantes da fusão em 2016, mas que a consolidação dos resultados já acontece a partir desta sexta-feira, acrescentando cerca de R$ 117 bilhões em ativos no balanço.

 CPFL Renováveis
A CPFL Renováveis (CPFE3) obtém financiamento de R$ 764,1 milhões do BNDES.

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Tec Toy
A Tec Toy (TOYB3) informou que o valor ofertado por ação ordinária foi retificado para R$ 2,1786. 

Telefônica 
A Telefônica Brasil (VIVT4) informa que alienou, em 31 de março, 1.655 torres para a Towerco Latam Brasil Ltda., controlada indireta da Telefónica S.A., pelo valor total de R$ 760 milhões.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informa que a transação assegura ainda a continuidade da prestação do serviço móvel pessoal (SMP), na medida em que também compreende a locação de espaço nestas infraestruturas por meio de contrato de longo prazo, bem como estabelece condições para a ampliação do espaço alugado. “A transação tem como objetivo otimizar a alocação de capital da companhia, gerando valor aos seus acionistas”, diz a companhia.

A Telefônica informa ainda, em outro documento, que foi aprovada nesta sexta-feira, 1, em assembleia de acionistas a reestruturação societária envolvendo a companhia, sua subsidiária integral GVT Participações S.A. e a sociedade controlada dessa, Global Village Telecom S.A.

Contax
A Contax (CTAX11) informou que Nelson Armbrust obteve tutela antecipada para exercer funções. Armbrust obteve em 1º de abril tutela antecipada “assegurando direito de exercer suas funções estatutárias, na condição de diretor presidente”, segundo comunicado. Ambrust foi eleito diretor presidente da companhia em 4 de março. Em 16 de março, liminar concedida pela 28ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo impediu momentaneamente Nelson Armbrust de exercer funções de diretor presidente, disse Contax em comunicado. A liminar foi requerida pelo Grupo Atento.

(Com Reuters, Agência Estado e Bloomberg)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.