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SÃO PAULO – O noticiário para as principais empresas da Bovespa segue movimentado e deve agitar o noticiário nesta quinta-feira (28). Em destaque, mais uma vez, está a Petrobras (PETR3;PETR4).
Segundo informações do Valor Econômico, a estatal pretende fazer uma oferta pública da BR Distribuidora já no segundo semestre. A Petrobras estuda combinar uma oferta primária com uma secundária, oferecendo uma parte do capital da BR Distribuidora existente junto com um aumento de capital, que assim teria uma injeção de recursos no seu caixa.
Ainda no radar da companhia, o BTG Pactual cortou em relatório a estimativa de crescimento da produção entre 2016 e 2018. A curva de crescimento passou de leve queda de 0,2% em 2016, alta de 8,2% em 2017 e 16% em 2018 para queda de 0,9% em 2016, alta de 6,3% em 2017 e alta de 15,9% em 2018.
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Por último, o plenário do TCU (Tribunal de Contas da União) decidiu na quarta-feira barrar o processo de licitação do gasoduto Itaboraí-Guapimirim, projetado para servir ao Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), por indício de sobreavaliação.
O Comperj, envolvido em denúncias de corrupção investigadas pela Operação Lava Jato, receberá uma refinaria da Petrobras. Já a licitação definiria o construtor do gasoduto, pela nova Lei do Gás. A estatal petroleira atuará apenas como carregadora do produto, sem participação na construção do duto.
A decisão de plenário acatou uma proposta do relator do processo, o ministro Vital do Rêgo, que apontou, dentre outras questões, que o custo estimado para o gasoduto estava acima de parâmetros conhecidos pelo mercado.
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Segundo Rêgo, o custo apontado para o gasoduto de 11 quilômetros era de 165 dólares por metro x polegada, quando, segundo ele, o próprio governo federal adota como referência um custo menor, de 80 dólares por metro x polegada.
“O leilão do gasoduto do Comperj seria o primeiro da Lei do Gás e não podemos começar errado”, afirmou Rêgo a jornalistas.
Vale
De acordo com o site Globe and Mail, a Vale (VALE3;VALE5) estuda vender negócios de fertilizantes em Saskatchewan, no Canadá, para focar na expansão do seu complexo de minério de ferro no Brasil.
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Questionado se a Vale está considerando vender seus ativos de potássio, um porta-voz da companhia disse que anteriormente havia anunciado que estava à procura de parceiros estratégicos para projetos de potássio e fosfato.
As perspectivas para a safra de nutrientes é obscura, com a nova produção de potássio entrando no mercado. A Vale e a sua rival BHP Billiton analisam como proceder com seus respectivos projetos de desenvolvimento de potássio em Saskatchewan.
Bancos
O Barclays revisou a sua recomendação para as ações do setor de bancos e elevou de underweight (exposição abaixo da média) para equalweight (exposição em linha com a média) o Bradesco (BBDC4), com um preço-alvo de R$ 32,00. Já o Santander Brasil (SANB11) foi rebaixado de equalweight para underweight, com preço-alvo de R$ 15,30.
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TIM e Telefônica
O Bradesco BBI elevou a recomendação para as ações da TIM (TIMP3) e da Telefônica Brasil (VIVT4) de marketperform (desempenho em linha com a média do mercado) para outperform (desempenho acima da média do mercado). Os analistas Luis Azevedo, Tales Freire e Caio Yamate destacam que as ações do setor de telecomunicação já oferecem oportunidade de compra mais interessante depois das quedas recentes, que ocorreram após os menores rumores de consolidação do setor.
“Em comparação com a Oi, acreditamos que a TIM tem um balanço mais sólido e bons fundamentos, enquanto a Telefônica Brasil merece um prêmio sobre TIM (embora não tanto como é hoje) devido a seus pacotes diversificados, bom mix de clientes e as sinergias com a GVT”, avaliam os analistas.
O preço-alvo da TIM foi elevado de R$ 12 para R$ 12,20, enquanto o preço-alvo da Telefônica foi reduzido de R4 53 para R$ 52. A TIM é a top pick do setor.
CSN
A CSN (CSNA3) teve seu preço-alvo cortado em 27% pelo BTG Pactual, para R$ 5,00 por ação. A recomendação também foi revisada para baixo, de neutra para venda.
Segundo os analistas Leonardo Corrêa e Caio Ribeiro, que assinam o relatório, o mercado pode estar muito otimista sobre a venda de ativos dadas as condições de mercado. O banco mostra-se cauteloso em relação à demanda e valuation “caro” da ação.
Eletrobras
Segundo informações do Valor, um grupo de acionistas minoritários da Eletrobras (ELET3;ELET6) estuda ir à Justiça para pedir indenizações ou até mesmo anulação da assembleia da Eletrobras realizada em 2012, quando foi aprovada a renovação antecipada de concessões.
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Este movimento ganhou força após a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) aplicar multa de R$ 500 mil ao governo federal por conflito de interesse em assembleia. A União foi acusada de violar a lei que impede o voto em casos de conflito de interesses. Na assembleia da Eletrobras que aceitou os termos da Medida Provisória 579, que previa medidas para diminuir o custo da energia elétrica no país. A renovação antecipada de concessões previa redução de receita às geradoras.
O governo federal, que controla a Eletrobras, votou pela renovação de contratos feitos com as controladas Furnas, Chesf, Eletronorte e Eletrosul. No relatório do processo desta terça-feira, a diretora da CVM Luciana Dias mencionou que a Eletrobras foi a mais afetada, uma vez que a questão envolvia 47,7% de seus ativos de geração e 91,2% de seus ativos de transmissão.
JBS
A JBS (JBSS3) informou que os contratos firmados com clientes da Rússia não serão prejudicados. Nesta semana, o serviço veterinário russo Rosselkhoznadzor vai embargar a importação de carne de dez unidades de frigoríficos brasileiros a partir de 9 de junho, incluindo abatedouros de bovinos e suínos da JBS, BRF e Marfrig, informou nesta quarta-feira o órgão do governo russo.
O serviço veterinário disse que sua decisão foi tomada depois de um inspeção em unidades brasileiras em março por fiscais russos, segundo a agência Interfax. A Rússia foi o segundo maior importador de carne bovina do Brasil em 2014 e o maior comprador de carne suína brasileira. As maiores companhias que sofreram restrições têm condições de redirecionar as exportações para outras unidades ainda habilitadas, segundo associação de exportadores. As violações descobertas apresentam um significativo grau de risco, disse o Rosselkhoznadzor em comunicado.
Arteris, CCR, Ecorodovias e Triunfo
O esgotamento dos recursos públicos para bancar obras federais de infraestrutura vai mexer com o futuro das atuais concessões de rodovias e ferrovias. Por conta da anemia financeira que toma conta do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e da estatal Valec, o governo começou a estudar uma alternativa que, até um ano atrás, era assunto proibido dentro do Palácio do Planalto: aumentar o prazo das atuais concessões.
No caso das rodovias, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, a medida é vista como uma das únicas maneiras de tirar obras milionárias do papel sem que isso leve a aumentos não previstos de pedágios para o consumidor.
Responsável pelas rodovias federais, o Dnit é dono de um grande número de obras que precisam ser executadas em trechos de rodovias já concedidas à iniciativa privada, seja nas rodovias feitas recentemente pelo governo ou nas mais antigas, realizadas na década de 1990. A participação direta do Dnit em determinadas obras em rodovias concedidas – como a construção de uma passarela ou de um trecho de duplicação, por exemplo – tem sido utilizada há anos como uma saída para garantir a melhoria do serviço à população, evitando que esse custo seja repassado para a tarifa cobrada pela concessionária.
A situação crítica do caixa da União, porém, tem pressionado o governo a abrir mão dessa estratégia. O plano é tirar as obras do Dnit e repassá-las às empresas. Em troca, as concessionárias ganhariam mais tempo nas concessões para explorar comercialmente a rodovia, diluindo assim a cobrança de pedágio.
Anima, Estácio, Kroton e Ser
Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, apesar de já ter um número maior de alunos com contratos de Financiamento Estudantil (Fies) em 2015, o governo federal gastou, até maio deste ano, R$ 2,5 bilhões a menos do que no mesmo período de 2014. A diferença representa uma queda de 42% nos repasses em valores corrigidos pela inflação e é resultado de adiamentos e atrasos nos pagamentos, além da imposição de um teto de reajuste nas mensalidades.
Até esta semana, o governo havia gastado com o Fies R$ 3,5 bilhões. Em 2014, já haviam sido pagos R$ 6 bilhões no mesmo intervalo, em valores atualizados. Os dados são do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo, tabulados pelo economista Mansueto Almeida, especialista em contas públicas.
Em destaque também no setor, a Anima (ANIM3) informou que a BR Educacional alienou toda a participação que detinha na companhia, enquanto a Kroton (KROT3) informou que a Oppenheimer tem 5,16% do capital social.
Banco do Brasil
O Banco do Brasil (BBAS3) comunicou nesta noite que a Lazard Asset reduziu sua participação a 4,99% das ações ordinárias emitidas pelo banco.
Cemig
A Cemig (CMIG4) informou o seu guidance para 2015-2019. O guidance do capex de distribuição para o período é de R$ 5,06 bilhões.
Ontem, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) adiou sem nenhum motivo específico o julgamento da ação movida pela Cemig para continuar com a concessão da hidrelétrica Jaguara. O adiamento ocorreu logo no início da sessão de quarta-feira, junto com outros casos da pauta do dia. Não foi informada uma data para a retomada do julgamento, mas a próxima reunião da primeira seção, responsável pelo caso, está marcada para 10 de junho.
Dufry
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a aquisição da italiana World Duty Free pela suíça Dufry (DAGB33), segundo publicação no Diário Oficial da União desta quinta-feira.
A operação, que consiste na compra de 50,1 por cento da companhia pela Dufry e posterior oferta pelas ações remanescentes, foi anunciada no fim de março.
A Dufry disse na época que esperava levantar um total de 3,6 bilhões de euros para financiar a transação.
No Brasil, a WDF atua apenas por meio de lojas “duty-free” nos setores de embarque e desembarque internacional do Aeroporto Internacional de Belém, onde a Dufry possui apenas uma loja “duty paid”, segundo documento do Cade.
BTG Pactual
A Rede D’Or, maior grupo hospitalar do País, assinou hoje venda de uma fatia entre 13% e 14% do seu capital para Fundo Soberano de Cingapura (GIC) por US$ 1 bilhão, segundo fontes do setor disseram ao Valor. Nesta noite, o BTG Pactual (BBTG11) informou que vendeu ao GIC ações do grupo sob sua gestão, mas não informou o valor nem o tamanho da operação. O BTG detinha 23,6% da Rede D’Or e, segundo o jornal, passou a deter 14% do grupo.
Mais cedo, duas fontes afirmaram à Reuters que além da compra das ações detidas pelo BTG, o GIC estava comprando papéis da família Moll, fundadora e maior acionista do grupo de hospitais.
Equatorial
A Equatorial (EQTL3) informou que a Verde Asset Management aumentou sua participação acionária na companhia, passando a deter 5,20% do capital social e do total emitido em ações.
Magazine Luiza
A Magazine Luiza (MGLU3) aprovou a criação de um novo programa de recompra de ações, sem redução do capital, para permanência em tesouraria e posterior alienação e/ou cancelamento para fazer frente às obrigações da companhia decorrente do plano de opções de ações dirigido a executivos da empresa. A companhia poderá recomprar até 5 milhões de ações, equivalentes a 2,81% das ações emitidas pela empresa, no prazo de um ano, encerrando-se em 26 de maio de 2016. As operações serão intermediadas pela Itaú Corretora, BTG Pactual Corretora, Credit Suisse e Votorantim Corretora.
Ex-HRT
A PetroRio (HRTP3), antiga HRT, anunciou os resultados do relatório geólogico elaborado por avaliador de reservas com relação aos Campos de Bijupirá e Salema. O relatório mostrou que o total de reservas provadas desenvolvidas em produção mais prováveis é de 24,5 milhões de barris equivalentes, dos quais 71% são reservas provadas desenvolvidas em produção. O resultado líquido futuro atribuível às reservas totais (provadas mais prováveis) é de aproximadamente US$ 570,6 milhões.
BR Properties
A BR Properties (BRPR3) aprovou uma carteira de crédito de R$ 100 milhões junto ao Bradesco, com a finalidade de possibilitar o reembolso de gastos, despesas ou dívidas relacionados aos projetos de investimento e à construção, pela companhia, do empreendimento imobiliário denominado “Condomínio WTorre JK Bloco B”.
(Com Reuters e Agência Estado)
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