Porto (PSSA3): lucro cai 13,6% no 2T24, com efeito de enchente no RS, para R$ 584 mi 

De acordo com os executivos, impacto da tragédia no RS não deve se repetir nos próximos resultados

Mitchel Diniz

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A Porto (PSSA3) registrou lucro líquido de R$ 584 milhões no segundo trimestre de 2024. A cifra é 13,6% menor que a registrada no mesmo período do ano passado. As enchentes no Rio Grande do Sul tiveram um impacto negativo de R$ 87,2 milhões no resultado. A rolagem de títulos de renda fixa também pesou contra a linha final do balanço.

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O retorno sobre patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês) foi de 18,5% no período. 

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A receita total da companhia, por sua vez, cresceu 13,9% na mesma base de comparação, para R$ 9 bilhões. Segundo a Porto, o desempenho foi amparado por uma expansão na base de clientes, que terminou o segundo trimestre em 17,7 milhões.

Expansão de receita

As quatro verticais de negócios da empresa apresentaram crescimento de receita. Em seguros, houve expansão de 3,6%, para R$ 5,2 bilhões. Nesse segmento, o trimestre foi marcado por aumento nos prêmios, da ordem de 12,6% em seguros patrimoniais e 5,9% em seguro de vida. Em auto, o prêmio ficou praticamente estável (+0,7%).

A receita de Porto Saúde avançou 50,2%, para R$ 1,6 bilhão, e a de Porto Bank registrou um crescimento de 23,5%, para R$ 1,4 bilhão. A novata Porto Serviço, que passou a divulgar números a partir do primeiro trimestre,  faturou R$ 635,9 milhões entre abril e junho deste ano. 

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O resultado financeiro da Porto no segundo trimestre registrou uma queda de 48,3%, para R$ 167 milhões. A rentabilidade das aplicações financeiras geridas pela tesouraria foi de 69,3% do CDI, impactada pela renda fixa indexada à inflação e pré-fixada, renda variável e multimercados. O retorno totalizou R$ 224,7 milhões.

O índice de eficiência operacional, soma das despesas administrativas em relação à receita total, alcançou 11,7%, registrando um aumento de 0,3 ponto percentual na comparação anual. 

Impactos das enchentes no Rio Grande do Sul

Os efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul refletiram em aumento de 3,2 pontos percentuais no índice de sinistralidade da Porto, para 52,5%.

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O índice combinado, utilizado para avaliar a lucratividade da operação de seguros, terminou o trimestre em 90,5%, com crescimento de 3,5 pontos percentuais. Quando o índice chega ou ultrapassa os 100%, significa que a operação está no prejuízo. 

O CFO Da Porto, Celso Damadi, afirma que o efeito das enchentes não deve se repetir nos próximos resultados. 

“Entendemos que 99,9% do efeito Rio Grande do Sul ficou no segundo trimestre. O impacto não foi muito diferente do que tínhamos calculado. Pode aparecer um veículo ou outro, sim, mas nada material que vá afetar os dados”, disse Damadi.

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“Não acho que os eventos climáticos vão trazer aumento sistêmico de sinistralidade, mas a gente deve continuar vendo fenômenos assim” afirmou Paulo Kakinoff, CEO da Porto. 

Paulo Kakinoff, CEO da Porto (Foto: Divulgação)

Mitchel Diniz

Repórter de Mercados