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A XP Investimentos avalia como positivos os dados da balança comercial de dezembro de 2024 divulgados pela SECEX (Secretária de Comércio Exterior) tanto para a WEG (WEGE3) quanto para a Embraer (EMBR3).
Cabe ressaltar que o Brasil encerrou 2024 com um saldo positivo de US$ 74,552 bilhões na balança comercial, um recuo de 24,6% em relação ao resultado do ano anterior. O dado da balança comercial brasileira em 2024 reflete um resultado de US$ 337,036 bilhões em exportações e de US$ 262,484 bilhões em importações.
Para a WEG, a corretora destaca que as exportações da cesta de produtos eletroeletrônicos (ou seja, motores industriais e alguns produtos relacionados à automação) apresentaram uma melhoria de 18% na base anual no 4T24 em termos de dólares, bem como as exportações da cesta de produtos relacionados à GTD (Geração, Transmissão e Distribuição, principalmente transformadores) caíram 9% em dólares na base anual e +7% na comparação trimestral, com números melhorando ao longo do trimestre.
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Embora as exportações de EEI (Equipamentos Eletroeletrônicos Industriais) continuem sendo o destaque positivo em termos de crescimento anual, a XP pontua que a aceleração das exportações de itens relacionados ao GTD ao longo do trimestre como uma indicação positiva de demanda.
Sendo assim, analistas continuam esperando melhorias adicionais à medida que as exportações são traduzidas de dólares para reais (R$/US$ médio no 4T24 +18% contra 4T23, em 5,85 e ante níveis atuais em 6,12)
Implicações para Embraer
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Olhando para as exportações de aeronaves, uma proxy para as entregas comerciais da Embraer, a XP vê 17 unidades exportadas em dezembro de 2024, levando a 29 aeronaves comerciais exportadas no 4T24.
Diante disso, a XP disse ver com bons olhos o ritmo acelerado de exportação da Embraer em dezembro, em linha com sua sazonalidade tradicional e a recuperação das entregas que foram atrasadas por problemas relacionados à cadeia de suprimentos.
Nesse contexto, analistas avaliam como razoável esperar cerca de 71 entregas para 2024, em linha com o guidance ajustado da Embraer de 70 e 73 aeronaves e com um risco de alta considerando possíveis entregas domésticas para a Azul em dezembro de 2024 (embora algumas unidades possam ter sido entregues por meio de arrendadores, que já podem estar incluídos nos dados da Secex).