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Os investidores institucionais estão apostando cada vez mais nas finanças descentralizadas (DeFi), mas ainda não abraçaram complemente esse setor do mercado cripto por causa dos riscos legais associados a ele.
Foi isso o que disse o CTO e cofundador da Parfin, Alex Buelau, nesta quinta-feira (22) no painel “DeFi: Para onde vai o mercado de capitais” no congresso MKBR22, promovido pela B3 e pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
“Tudo o que acontece nesse ecossistema é público (uma blockchain pública é aberta e qualquer um pode acessar os dados). Então, do ponto de vista institucional, existe um risco muito grande, e as consequências podem ser enormes, como multas milionárias ou problemas legais gravíssimos”.
De acordo com Buelau, o uso de blockchains permissionadas (privadas) poderia dar mais segurança para os institucionais.
“Então o que a gente enxerga é que precisamos criar um ecossistema paralelo permissionado em que os participantes possam ter a tranquilidade de que estão seguindo a regulação local e que não estão correndo risco de que uma transação (nas plataformas) está sendo feita por um terrorista, por exemplo”.
Também participaram do painel a chefe de compliance da Hashdex, Nicole Dyskant; o cientista chefe de blockchain da Avanade, Courtnay Guimarães; e o líder de mercado de capital da R3, Gonçalo Lima.
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Regulação
Nicole falou que a regulação pode acelerar ainda mais a adoção das finanças descentralizadas por parte dos institucionais e do mercado de capitais.
“Acho que a gente vai precisar ter uma espécie de legislação que obrigue os projetos a abrirem e mostrarem a consistência do código fonte e se ele está de acordo o white paper (manual)”, disse ela.
“Não é porque (o projeto) usa um smart contract (contrato inteligente) que vai funcionar. Eu não compro muito essa ideia porque acho que o programador pode errar”, completou.
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Ela ainda falou que a popularização do DeFi pode reduzir custos no mercado de capitais e fricções nas negociações e liquidações, bem como democratizar a fracionalização de ativos.
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