Por que Iguatemi (IGTI11) deve ser o destaque dos shoppings no 3T24?

Mesmo com cenário ainda desafiador, vendas resilientes e crescimento de aluguéis devem marcar 3º tri

Camille Bocanegra

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Trimestre sem grandes emoções mas com boas notícias, apesar de cenário macroeconômico mais desafiador. Essa é a expectativa de analistas para os balanços do setor de shoppings do terceiro trimestre de 2024. As divulgações começam na quinta-feira (25), com a apresentação do resultado da Multiplan (MULT3) após o fechamento do mercado.

A projeção do Research da XP para o 3T24 do setor é de vendas sólidas para lojistas, em especial pelo forte desempenho em julho, expansão gradual da taxa de ocupação e crescimento moderado de receita de aluguel. O avanço moderado nessa frente seria, no entanto, compensado por receitas robustas de estacionamento.

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O destaque do setor, na visão da corretora, será o Iguatemi (IGTI11), que deve combinar custos mais baixos dos shoppings com crescimento nas vendas de lojistas e expansão de ocupação. O BTG Pactual também estima que Iguatemi será o grande vencedor da temporada, em especial pelo avanço das vendas nas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês).

Multiplan – 24 de outubro

Para Multiplan, a expectativa é de crescimento de vendas em dígito alto, na visão da XP. A taxa de ocupação deve também apresentar aumento e ficar em 96,4% (com alta de 40 pontos-base na comparação trimestral). A receita de aluguel deve ser ajudada pelo recente aumento do Índice Geral de Preços (IGP-DI), que indexa essa natureza de receita.

Ainda assim, a XP estima que dificilmente o crescimento (projetado em +2% trimestre/trimestre) será muito maior que o visto no ano anterior. O maior avanço esperado é para receitas de estacionamento, que devem subir 8% em relação ao mesmo período do ano passado. No caso específico da Multiplan, descontos nas tarifas de estacionamento com o aplicativo Multi impactaram os números no 2T24.

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O Bank of America (BofA) destaca a possibilidade de crescimento do FFO (Funds From Operations, ou fluxo de caixa operacional), que corresponde aos fundos vindo de operações, beneficiado por isenções fiscais de R$ 115 milhões. Em números, o banco estima receita líquida com crescimento de 4% na comparação trimestral e estabilidade em relação ao 2T24. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) deve crescer 4% trimestre a trimestre e 5% ano a ano. O nome é classificado com compra pelo BofA.

Iguatemi – 5 de novembro

O nome preferido do Research da XP deve apresentar alta de dois dígitos nas vendas de lojistas, sustentadas por números de julho. O calendário visto como favorável pela XP também deve ajudar a impulsionar o desempenho de agosto.

A expectativa é de ocupação em 96%, em especial considerando a quantidade de contratos de locação assinados nos último trimestre. Mesmo com casa cheia, a receita de aluguel não deve ter apresentado impactado significativo quando considerado o aumento do IGP-M (um dos principais indexadores no setor).

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A análise destaca, ainda, potencial crescimento na margem Ebitda causado por melhores custos de shoppings center (pelo combo maior ocupação + baixos níveis de inadimplência) e mais taxas de cessão de direitos na comparação trimestral. A menor vacância, para o BofA, é a responsável pelo maior crescimento da receita total de Iguatemi.

Allos – 13 de novembro

Nome preferido do BofA, a Allos (ALOS3) deve apresentar crescimento de lucro líquido, mesmo que a receita total ainda venha mais baixa. Acompanhando a tendência do setor de crescimento das vendas mais em dígitos altos, a companhia teve avanço de 7 a 8% na frente. A expectativa é de que as vendas fortes de agosto possam garantir o crescimento no trimestre.

A XP espera crescimento modesto da ocupação para 96,4%, que configura alta de 10 pontos percentuais na comparação trimestral. Já a receita de estacionamento deve vir forte, com crescimento de 13% na comparação anual. O FFO deve ser positivamente impactando por menos despesas financeiras, em comparação com o observado no 3T23.

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