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SÃO PAULO – Em dois meses de legislatura, as avaliações negativas sobre o governo Jair Bolsonaro (PSL) já superam as positivas entre os deputados federais no exercício do mandato. É o que mostra pesquisa feita pela consultoria Arko Advice entre os dias 26 e 28 de março.
Segundo o levantamento, 28,43% dos parlamentares consideram a gestão positiva, ao passo que 33,95% a avaliaram negativamente. No mês passado, eram de 39,45% e 22,95%, respectivamente. O resultado ocorre em meio à queda no nível de aprovação do governo junto à sociedade e após episódio de acirramento nas relações entre o presidente e o parlamento – “página virada”, nas palavras do presidente.
Gráfico I: Como o (a) Sr (a) avalia o governo de Jair Bolsonaro?
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Deterioração também foi vista nas percepções sobre a relação entre Executivo e Legislativo. Para 60,55% dos parlamentares entrevistados, a relação é ruim ou péssima. Em fevereiro, o percentual era de apenas 17,4%. Já a avaliação positiva mergulhou de 60,55% para 12,84%.
Gráfico II: Como o (a) Sr (a) avalia a relação entre o Executivo e o Legislativo?
A pesquisa foi realizada com questionário estruturado e aplicado de forma presencial na Câmara dos Deputados e ouviu 109 parlamentares de 25 partidos políticos, respeitando o critério da proporcionalidade partidária. Todas as perguntas foram respondidas exclusivamente por deputados federais.
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Outra má notícia para o governo aparece na posição dos deputados sobre a reforma da Previdência. O percentual que se diz favorável à proposta encaminhada há um mês recuou de 68,80% para 55,96%. Já os contrários saltaram de 23,85% para 33,94%.
O número é insuficiente para a aprovação do texto em plenário. Por se tratar de emenda constitucional, a medida precisa ser apoiada por ao menos 3/5 dos congressistas, em dois turnos de votação nas duas casas legislativas. Isso significa 308 votos na Câmara dos Deputados e 49 no Senado Federal.
Gráfico III: O (A) Sr (a) é a favor da Reforma da Previdência?
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Entre os pontos específicos da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma, a maioria dos entrevistados é contra a idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens. A rejeição a esta regra cresceu de 39,5% para 52,29%.
Gráfico IV: O (A) Sr (a) concorda com a idade mínima para aposentadoria de 62 anos para mulheres e 65
anos para homens?
Dois dos temas mais polêmicos do projeto, o BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a idosos e deficientes de baixa renda, e as mudanças de regras para a concessão de aposentadorias rurais, são amplamente rejeitados pelos parlamentares: 76,14% e 75,22%, respectivamente.
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Gráfico V: O (A) Sr (a) concorda com as mudanças propostas para o Benefício de Prestação Continuada
(BPC)?
Gráfico VI: O (A) Sr (a) concorda com as mudanças propostas para a aposentadoria rural?
O projeto de lei que trata da previdência dos militares também não foi bem recebido pelos deputados. Para 59,64% dos entrevistados, o texto é ruim ou péssimo. O projeto prevê uma economia de R$ 10,45 bilhões em 10 anos – R$ 81,9 bilhões a menos do que o anteriormente previsto pela equipe econômica.
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Gráfico VII: Como o (a) Sr (a) avalia o texto do projeto de lei que trata da aposentadoria dos militares?
Para 59,63% dos deputados ouvidos pela pesquisa, a reestruturação das carreiras dos militares contidas no projeto recém-apresentado é negativa.
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