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SÃO PAULO – A menos de três semanas das eleições, as pesquisas de intenção de votos apontam para um possível segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) na corrida presidencial. O cenário já tem alimentado especulações no mercado e no meio político sobre suas consequências práticas e como as peças se reorganizariam no xadrez do poder. Uma das principais dúvidas é como os demais candidatos e seus eleitores se comportariam caso o quadro se confirmasse.
Na última pesquisa XP/Ipespe, Bolsonaro tinha 26% das intenções de voto no cenário estimulado de primeiro turno, o equivalente a 34% dos votos válidos (excluindo-se brancos, nulos e indecisos), enquanto Haddad tinha 10%, o que corresponde a cerca de 13% dos votos válidos. Na simulação de segundo turno entre os dois candidatos, o quadro seria de empate técnico, com o deputado numericamente à frente por diferença de dois pontos percentuais: 40% contra 38% das intenções de voto. Os gráficos abaixo detalham a corrida presidencial:
1) Primeiro turno (cenário estimulado)
Fonte: XP/Ipespe (BR-07277/2018), de 10/09 a 12/09
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2) Segundo turno (Bolsonaro x Haddad)
Fonte: XP/Ipespe (BR-07277/2018), de 10/09 a 12/09
Um cruzamento de dados a partir deste levantamento mostra que Bolsonaro hoje poderia herdar metade dos votos de Geraldo Alckmin (PSDB), Álvaro Dias (Podemos) e João Amoêdo (Novo). O percentual é relevante, mas, caso se convertesse em “voto útil” antecipado no primeiro turno, não seria suficiente para sacramentar a vitória do parlamentar.
Haddad, por outro lado, contaria com cerca de 80% do espólio de Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede). Essa “mãozinha” de adversários alça o petista à situação de empate técnico em eventual disputa de segundo turno contra Bolsonaro.
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Levando-se em consideração a fotografia de primeiro turno registrada pela pesquisa, a confirmação de uma disputa entre Haddad e Bolsonaro provocaria uma migração de cerca de 9 pontos percentuais a favor do parlamentar, sendo 5 deles oriundos de eleitores de Alckmin. É o que mostra a tabela abaixo:
Candidato | Transferência (%) | Em pontos percentuais |
Geraldo Alckmin (PSDB) | 55% | 4,95 |
Álvaro Dias (Podemos) | 50% | 2,00 |
João Amoêdo (Novo) | 49% | 1,96 |
Fonte: XP/Ipespe (BR-07277/2018)
Já o petista herdaria quase 16 pontos percentuais de Marina e Ciro. Neste cruzamento, pouco menos de 2 pontos percentuais de apoio declarados em Alckmin no primeiro turno poderiam migrar para Haddad, em uma taxa de transferência de 20% – ainda relevante, mas 20 pontos menor do que a registrada duas semanas atrás. É o que mostra a tabela abaixo:
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Candidato | Transferência (%) | Em pontos percentuais |
Ciro Gomes (PDT) | 79% | 9,48 |
Marina Silva (Rede) | 80% | 6,40 |
Geraldo Alckmin (PSDB) | 20% | 1,80 |
Fonte: XP/Ipespe (BR-07277/2018)
O mesmo cruzamento mostra que pouco mais de 4 pontos percentuais de votos declarados em Alckmin, Amoêdo e Dias no primeiro turno poderiam migrar para o grupo dos “não voto” (brancos, nulos e indecisos) em eventual disputa entre Bolsonaro e Haddad no segundo turno. Somente entre os apoiadores do tucano, 22% não declaram voto em nenhuma das duas opções.
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