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Jair Bolsonaro foi o entrevistado da vez. Não só sobreviveu, como conseguiu defender pontos de seu programa governo, trajetória e discurso.
Bolsonaro foi bem, estava preparado. A imprensa segue sem conseguir causar danos significativos ao deputado, que fortalece sua base mais e mais.
Enfrentou os jornalistas frontalmente, não fugiu dos conflitos e, quando não sabia o que responder, sacou tranquilamente suas frases de efeito. Funcionou.
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O ponto fraco de Bolsonaro foi seguramente a explicação atabalhoada sobre a votação da PEC das domésticas, e também sobre a diferença salarial das mulheres. O PT certamente anotou isso. No conteúdo, foi mal. Na forma, foi bem: instalou uma contradição entre os apresentadores William Bonner e Renata Vasconcelos quando especulou sobre diferença salarial entre eles.
Bolsonaro saiu-se bem, e vai ser um adversário duríssimo nessas eleições.
Será interessante avaliar o efeito colateral das suas afirmações mais controversas: Bolsonaro quando coloca uma camada de concreto na sua intenção de votos, também tem reforçado sua rejeição.
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Competitivo, brigador e representante de parcela grande da sociedade, Bolsonaro disse hoje coisas ao vivo na Globo que nunca antes ninguém teve coragem de dizer. Se assemelha mais a Brizola ao enfrentamento ao grupo de comunicação que ao PT, inclusive.
Se alguém ainda espera que Jair Bolsonaro seja desconstruído em entrevistas, não foi hoje que isso aconteceu.