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A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (3) uma nova fase da Operação Kryptos, que visa desarticular uma organização criminosa responsável por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas. A quadrilha seria chefiada por Glaidson Acácio dos Santos, que ficou conhecido pelo apelido “Faraó do Bitcoin”.
Cerca de 20 policiais federais cumprem um mandado de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão no Mato Grosso do Sul e em São Paulo.
De acordo com a PF, uma advogada responsável por duas empresas sediadas em Campo Grande (MS) intermediava a movimentação financeira entre a Gas Consultoria, principal empresa investigada na Kryptos, e outras estabelecidas no exterior, mesmo após a deflagração da primeira fase da operação.
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A investigação também constatou que a atividade de intermediação das movimentações financeiras ilícitas se intensificou após a deflagração da primeira fase da operação, em agosto de 2021, quando Glaidson foi preso.
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Ainda de acordo com a Polícia Federal, esse braço da organização criminosa criou uma corretora de criptoativos com o possível intuito de driblar bloqueios judiciais.
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Os investigados poderão responder pela prática dos crimes de emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio, organização criminosa e lavagem de capitais. Se condenados, poderão cumprir pena de até 22 anos de reclusão.
Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e decorreram de um esforço conjunto entre a Polícia Federal e Ministério Público Federal.
Faraó do Bitcoin
Glaidson é suspeito de operar um esquema de pirâmide financeira com criptomoedas na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro. A Gas Consultoria, principal empresa envolvida na fraude, tem sede em Cabo Frio, a 120 quilômetros da capital fluminense.
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Além da prisão de Glaidson, a primeira fase da operação em agosto do ano passado resultou na apreensão de carros de luxo, mais de R$ 13 milhões em dinheiro, além de 591 BTC, avaliados atualmente em R$ 115 milhões.
Glaidson é acusado de cometer crimes contra o sistema financeiro nacional ao lado de outras 16 pessoas. A Polícia Civil do Rio de Janeiro também investiga seu envolvimento como mandante de um homicídio.
Na semana passada, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um pedido de habeas corpus em favor de Glaidson. Sua esposa, Mirelis Zarpa, segue foragida da Justiça.
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