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SÃO PAULO – A gestora Pimco, que administra cerca de US$ 2,2 trilhões em ativos, quer se envolver cada vez no mundo das criptomoedas diante de seu potencial de disrupção do mercado financeiro tradicional, segundo o diretor de investimentos da empresa, Daniel Ivascyn.
“Estamos analisando a possibilidade de negociar certas criptomoedas como parte de nossas estratégias de acompanhamento de tendências e estratégias quantitativas, e então trabalhar mais no lado fundamental”, disse ele em entrevista para a rede CNBC. “Portanto, este será um processo gradual no qual passamos muito tempo no lado da diligência interna falando com os investidores. E vamos dar os primeiros passos em uma área que está crescendo rapidamente”.
A fala ocorreu na última quarta, quando o Bitcoin (BTC) rompeu sua máxima histórica e encostou no patamar de US$ 67 mil, um dia após o lançamento do primeiro fundo de índice (ETF) dos Estados Unidos baseado na moeda digital. Nesta quinta, a cripto passa por uma correção, mas especialistas seguem confiantes de que novos patamares recordes devem ser atingidos este ano.
Ivascyn disse que algumas das carteiras de hedge funds da Pimco já estão negociando títulos vinculados a criptoativos.
“Estamos negociando de uma perspectiva de valor relativo. Portanto, não estamos assumindo exposição direcional, mas estamos procurando tirar proveito da diferença de preços entre o produto à vista, a confiança popular vista nas exchanges, e nos futuros”, disse Ivascyn. “Então, esse foi um ponto de partida para nós em um segmento muito restrito de nosso negócio”.
O movimento de adoção às criptomoedas aumento bastante em 2021, com grandes empresas financeiras, incluindo PayPal e Fidelity, entrando nesse meio, enquanto companhias como a Square e a MicroStrategy usaram seus próprios balanços para comprar bitcoins.
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O Morgan Stanley foi o primeiro entre os bancos a oferecer fundos em Bitcoin a seus clientes, seguido rapidamente pelo Goldman Sachs. Mais recentemente, o U.S. Bank anunciou a custódia de criptomoedas como resultado a maior busca de seus clientes pelos ativos.
“Você tem que entender as finanças descentralizadas, porque será disruptivo, e muito bem pode perturbar nosso setor, em nosso negócio em particular”, disse Ivascyn.
A Pimco está “pensando em cenários em que isso possa nos levar para garantir que estejamos preparados competitivamente para lidar com o que é um ambiente em rápida mudança que oferece uma proposta de valor bastante significativa, especialmente para as gerações mais jovens, ou a nova geração da comunidade de investimentos”.
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