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O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos caiu 0,6% no segundo trimestre em termos anualizados, na comparação com o primeiro, aponta a segunda estimativa do BEA (Bureau of Economic Analysis), divulgada nesta quinta-feira (25).
A primeira estimativa apontou que a economia americana havia recuado 0,9%, muito abaixo da expectativa do mercado (que na ocasião era de alta de 0,5%). O resultado de hoje veio melhor que o esperado, pois o consenso Refinitiv projetava que a queda ia “melhorar” de -0,9% para -0,8%.
O BEA diz que a revisão para uma queda menor no segundo trimestre “refletiu principalmente o aumento das exportações e a menor queda nos gastos do governo federal”, além de “revisões para cima nos gastos do consumidor e do investimento em estoques privados”.
O escritório de análises econômicas dos EUA também diz que a segunda estimativa, divulgada hoje, “é baseada em dados mais completos do que os disponíveis para a primeira estimativa, divulgada no mês passado”.
Recessão técnica
Como o PIB americano do primeiro trimestre recuou 1,6%, a maior economia do mundo está em recessão técnica. Mas o governo dos EUA tem afirmado que uma recessão de fato depende de outros fatores além da queda do PIB por dois semestres consecutivos.
O escritório nacional de estatísticas do país, o “árbitro oficial” da questão, define uma recessão como “um declínio significativo na atividade econômica espalhada por toda a economia, com duração superior a alguns meses, normalmente visível na produção, no emprego, na renda real e em outros indicadores”.
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Jackson Hole
A revisão do PIB é divulgada no dia em que investidores de todo o mundo aguardam o início do simpósio econômico de Jackson Hole, do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA). O evento começa hoje, e amanhã o presidente do Fed, Jerome Powell, fará um aguardado discurso.
Participantes do mercado estarão atentos a informações sobre qual deve ser a trajetória do ciclo de aperto monetário do Banco Central americano para conter a inflação, e se os formuladores de políticas podem cortar as taxas quando o atual ciclo de alta terminar.
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