PGR rescinde acordo de delação de Wesley e JBS cai até 4%; CCR despenca 10% com Lava Jato

Confira os destaques da B3 na sessão desta sexta-feira (26) 

Lara Rizério

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JBS (JBSS3)

As ações da JBS despencaram 5% e saíram do leilão com queda de 3,30% após a notícia de que a PGR (Procuradoria-Geral da República) rescindiu as delações premiadas dos empresários Wesley Batista e Francisco de Assis, executivos do grupo J&F.

A medida foi tomada após o MPF concluir que os dois executivos, intencionalmente, omitiram fatos criminosos dos quais tinham conhecimento no momento da assinatura dos acordos. A decisão da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, foi enviada ao relator do caso no STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Edson Fachin.

Caso Fachin homologue as rescisões, Wesley e Assis não estarão mais imunes a ações penais. 

CCR (CCRO3)

A CCR cai forte em meio às acusações de corrupção. A empresa divulgou nota no fim de semana esclarecendo as acusações publicadas na última sexta-feira de que Adir Assad envolveu a concessionária de infraestrutura e o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, em um esquema de corrupção. Assad acusou Souza de receber “comissões” pela indicação do empresário para participar de um esquema que envolvia a CCR. Na sexta-feira, os papéis fecharam em queda de cerca de 5%. 

Segundo Assad, no caso do Grupo CCR, foram forjados contratos de patrocínio superfaturado entre as concessionárias e a empresa Rock Star, que possuía uma equipe de Stock Car. Conforme o delator, o dinheiro das transações ilícitas eram entregues por ele a um diretor da empresa, Everaldo Nascimento. Normalmente, relatou, as entregas eram na sede da empresa na capital paulista. Mas, segundo Assad, por duas vezes lhe foi solicitado efetuar a entrega em endereços no Rio.

A CCR afirmou que seus patrocínios a projetos e eventos esportivos visam ao desenvolvimento socioeconômico e ambiental das regiões onde atua e que as iniciativas seguem legislações vigentes e normas de conduta. A companhia também realizará uma conferência telefônica com analistas e investidores na segunda-feira, 26, às 9h, para prestar mais esclarecimentos.

No comunicado, o grupo CCR explicou que, entre os anos de 2009 e 2012, seguindo nossa política de patrocínio ao esporte, a empresa e algumas de suas concessionárias firmaram contratos com a empresa RockStar para patrocínio de diversos eventos esportivos, tais como Equipe de Resgate da Formula Truck, Equipe de Resgate da Stock Car, Campeonato Paulista de Ciclismo, Equipe de Automobilismo da StockLight, Equipe Star Racing e Campeonato Brasileiro Copa Montana. O grupo destaca que os contratos foram assinados, devidamente contabilizados e todos os comprovantes da efetivação dos serviços contratados estão devidamente catalogados e registrados. 

Segundo a CCR, as parcerias atingiram o objetivo de divulgação da marca com a presença na mídia de massa por meio da utilização de veículos adesivados nas equipes de resgate das provas, placas de sinalização além de outros espaços publicitários, reforçando os atributos de agilidade, eficiência e segurança na prestação de serviço aos seus usuários.

A CCR complementa que, em 2 de junho de 2012, foi surpreendida com a inclusão da empresa Rock Star Produções em matéria veiculada pela revista “Veja”, onde constavam informações sobre supostas irregularidades relacionadas à referida empresa. A companhia diz que, imediatamente, solicitou esclarecimentos quanto às informações veiculadas e realizou uma investigação interna para apurar os fatos. Por entender haver eventuais desacordos relacionados às condutas éticas e transparentes que sempre nortearam a atuação da companhia, a CCR optou por encerrar os contratos firmados com a empresa Rock Star. A CCR finaliza informando que foi instaurado um processo interno de investigação em razão das referidas notícias, por contar com o Programa de Integridade e Conformidade, que garante o cumprimento da ética e da transparência em todos os processos de gestão da empresa e junto a todos os seus públicos de relacionamento.

Nesta segunda, em teleconferência, o diretor de Relações com Investidores da companhia, Arthur Pioto Filho, afirmou ainda que não houve tempo hábil para obter mais informações sobre o caso e que o setor de compliance da empresa, juntamente com consultores jurídicos, estão focados em investigações internas para que sejam encontradas respostas. O diretor alegou que não há maneiras de saber se há outros casos propensos à corrupção, mas que os fatos estão sendo objeto de investigação interna para apuração. Apesar de ter destacado que a única empresa de Adir Assad que realizou contrato com a CCR foi a RockStar, o diretor de RI disse que foi realizada a preço de mercado. “O processo de contratação desta atividade não é ‘commoditizada’, de forma que os concorrentes não poderiam oferecer o pacote de marketing oferecidos pela RockStar. Mas foi realizado a preço de mercado”, afirmou.

Veja mais em: CCR tentou esclarecer as notícias de envolvimento em corrupção – mas não conseguiu; ações caem 

Vale destacar ainda outra notícia para o setor. Sem consenso na Câmara para ir a votação, a medida provisória (MP) 800/2017, que estabelece as diretrizes para a reprogramação de investimentos em concessões rodoviárias federais, perde a validade hoje (26). Para que os efeitos da medida continuassem valendo, o texto precisaria ter sido votado na Câmara e no Senado até esta segunda-feira. Contrários à MP, vários partidos – inclusive da base – obstruíram a votação na sessão da Câmara na última quarta-feira (21). O DEM e o PSDB chegaram a retirar a obstrução à MP, mas PSB, PDT, PT, PCdoB, Psol PV, Podemos, PTB, Pros e PSD continuaram obstruindo a sessão. Pontos incluídos na MP, como a renovação da concessão de portos e a falta de punição para a empresa que não cumprir o cronograma dos investimentos, foram os que sofreram mais resistência. As ações da Ecorodovias (ECOR3) também registram perdas fortes nesta sessão. 

Embraer (EMBR3)

De acordo com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a Embraer terá 49% de participação acionária na empresa que será criada em conjunto com a Boeing no segmento de jatos comerciais fabricados pela brasileira, enquanto os americanos ficarão com a fatia majoritária de 51%. A participação, diz Jardim, foi exigida pelo governo brasileiro e teve a concordância da Boeing. 

Hypera (HYPE3)

A Hypera, antiga Hypermarcas, encerrou o quarto trimestre de 2017 com lucro líquido de R$ 445,3 milhões, revertendo prejuízo de R$ 195,8 milhões apurado em igual trimestre de 2016. No ano, o lucro líquido somou de R$ 964,9 milhões, montante 18,1% menor que o registrado no ano anterior.

A empresa também divulgou um lucro líquido das operações continuadas de R$ 462,2 milhões entre outubro e dezembro, o que representa um crescimento de 117,7% ante igual etapa de 2016. No acumulado do ano, o lucro líquido das operações continuadas foi de R$ 1,111 bilhão, alta de 71,7% ante o ano anterior.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) das operações continuadas totalizou R$ 364,5 milhões no quarto trimestre de 2017, uma alta de 27,4% ante um ano. No acumulado do ano ficou em R$ 1,232 bilhão, uma avanço de 12,9% ante 2016. 

A receita líquida da empresa somou R$ 1,032 bilhão nos últimos três meses do ano, chegando a R$ 3,638 bilhões em 2017, com crescimento de 17,6% e 12,7% respectivamente.

“Continuamos a ver Hypera excepcionalmente bem posicionada para impulsionar o crescimento através da inovação, apesar das expectativas de aumentos de preços regulamentados abaixo da média para 2018”, destacam os analistas do BofA, que mantêm recomendação de compra para as ações. 

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BRF (BRFS3)

Após oficializarem a intenção de destituir todos os membros do conselho de administração da BRF, incluindo o presidente do colegiado, o empresário Abilio Diniz, os fundos de pensão Petros (da Petrobras) e Previ (do Banco do Brasil) começam a angariar o apoio de outros investidores para levar o pleito adiante, segundo o Estadão. A carta com o pedido de convocação de uma assembleia geral extraordinária para deliberar sobre as mudanças no conselho da empresa, dona da Sadia e Perdigão, foi entregue no sábado. No domingo, 25, dois acionistas da BRF admitiram que ficarão do lado dos fundos de pensão na disputa.

O fundo inglês Aberdeen, que tem 5,02% da BRF, é um dos que apoiarão Petros e Previ. “O primeiro passo é uma reforma na governança, o que significa uma atualização completa do conselho, incluindo o cargo de presidente”, afirmou o diretor-geral de equities da Aberdeen Brasil, Peter Taylor. Segundo ele, a BRF está operando abaixo do esperado e a chegada de novos nomes ao conselho pode melhorar os resultados financeiros da companhia.

O apoio do Aberdeen é importante, já que se trata do principal investidor estrangeiro na BRF hoje. A empresa não tem controle definido e suas ações estão distribuídas nas mãos de diversos investidores. Petros e Previ são os maiores acionistas, com cerca de 11% cada um. O fundo brasileiro Tarpon, com 7,2%, é o terceiro maior, seguido pela Aberdeen. A Peninsula, braço de investimento da família de Abilio Diniz, tem 4%.

A adesão da Aberdeen, além de dar corpo ao movimento, também ajuda Petros e Previ na tarefa de reunir apoio de outros investidores. Segundo Taylor, a Aberdeen começará a conversar a partir de agora com outros fundos estrangeiros. “Estamos confiantes de que a grande maioria deles dará apoio”, disse.

A gestora carioca JB Investimentos, do ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e ex-BNDES José Luiz Osório, também afirmou que está do lado dos fundos. “Embora a trajetória de todos os atuais membros do conselho seja ótima, concordamos que a empresa precisa de renovação”, disse Osório. A JB tem pouco menos de 1% da BRF. Procurados, Abilio Diniz e Tarpon não comentam o assunto. Em comunicado, a BRF informou ter recebido, no sábado, cópia de correspondência destinada ao conselho de administração em que Previ e Petros pedem ao colegiado que convoque a AGE.

Eletrobras (ELET6)

Em entrevista à Folha, o ministro de minas e energia Fernando Coelho Filho, que está a dois meses de deixar o cargo para disputar a reeleição como deputado, apontou que a Eletrobras não pode ficar a serviço do uso político. Ele ainda afirmou que está prestes a pactuar com a Petrobras um megaleilão de petróleo na área da cessão onerosa que pode render mais de R$ 110 bilhões. No Congresso, negocia a venda da Eletrobras, um negócio que poderá trazer ao menos R$ 12,2 bilhões para a União e defende que, endividada, a companhia não tem como competir no mercado.

O Estadão do fim de semana apontou que os negócios mal sucedidos e o constante uso político da Eletrobras acabaram por minar as forças da estatal na expansão do setor elétrico brasileiro. De 2011 para cá, a participação da empresa na capacidade instalada do País caiu de 36% para 31%. Nesse período, a empresa contribuiu com apenas 15% do aumento da expansão do sistema elétrico, enquanto a iniciativa privada (e estatais estaduais) foi responsável por 85%. Para ter ideia, quando ampliado esse período, entre 2002 e 2016, a Eletrobrás participou com 28% da expansão da geração.

Por fim, o Conselho de administração da Eletrobras aprovou na sexta-feira a venda de participações da empresa em 70 Sociedades de Propósito Específico (SPEs) detidas por subsidiárias. As participações envolvem ativos de geração de energia eólica e de transmissão de energia.

 

Petrobras (PETR4)

A Petrobras vê suas ações em alta em um dia de estabilidade para o petróleo, com o WTI em leve alta de 0,02%, a US$ 63,56 o barril. No noticiário da estatal, a companhia assinou na sexta com o Ibama termo de compromisso que estabelece as ações e medidas necessárias, durante o período de transição de 2 anos, para ajustar o processo de descarte de água produzida de algumas plataformas marítimas, disse a estatal em comunicado.

O termo reafirma o comprometimento da companhia na melhoria contínua dos seus processos produtivos, em conformidade com os requisitos técnicos do Ibama, bem como o seu cuidado e respeito ao meio ambiente, disse a empresa.

Ainda em destaque no noticiário da companhia, o BNDESPar vendeu R$ 20 milhões de ações preferenciais da Petrobras. Agora, BNDESPar e BNDES passam a deter 1,39 bilhão de ações preferenciais. Por fim, a Petrobras reajustou diesel a R$ 1,8030 e a gasolina a R$ 1,5623, com preços válidos na refinaria a partir da próxima terça-feira (27). 

Vale (VALE3) e siderúrgicas

As ações da Vale registram alta em um dia de ganhos para o minério de ferro, com o contrato negociado em Dalian em alta de 2,05%, a 548,5 iuanes. O minério de ferro sobe ao maior nível em 10 meses com possibilidade de China estender o controle da oferta de aço para após o inverno.

Além de Vale, atenção para siderúrgicas. De acordo com informações da Bloomberg, o presidente dos EUA Donald Trump informou quer “uma tarifa global de 24% sobre as importações de aço”, o que não foi Oficialmente confirmado. Vale ressaltar que as ações da Gerdau já sobem 15% em fevereiro e 34% neste ano. 

Essa medida seria a mais severa das três opções que lhe foram apresentadas em um relatório em janeiro. Segundo o BTG Pactual, se confirmada, essa seria uma notícia positiva para a Gerdau (GGBR4), enquanto Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3) também sobem forte. 

Locamerica (LCAM3)

A Locamerica foi reiniciada como ’outperform’ pelo Itaú BBA, com preço-alvo de R$ 32,20 e as ações registram alta. 

BR Distribuidora (BRDT3)

A BR Distribuidora continua a ser a mais atraente distribuidora de combustível “pura” na América Latina “apesar do sólido desempenho do preço das ações desde o IPO”, diz o Santander em relatório assinado por Christian Audi e Gustavo Allevato.

A análise é apoiada por sete catalisadores potenciais que poderiam suportar um movimento ascendente contínuo da ação, dizem os analistas. Entre os potenciais catalisadores estão: os resultados operacionais do quarto trimestre, que já devem mostrar uma melhora, “apesar de uma queda trimestral nos volumes”; “as perspectivas positivas para os volumes de combustível em 2018, juntamente com as baixas expectativas do mercado para a empresa, podem resultar em revisões para cima pelo mercado nos próximos meses”; o player de distribuição de combustível com melhor posicionamento para capturar a recuperação do PIB brasileiro. 

Os analistas ainda destacam que a BR Distribuidora poderia ser incluída em vários índices em 2018 como índices Ibovespa IBRx-100 e os índices MSCI Brasil e LatAm. “Se a ação for realmente incluída nesses índices, acreditamos que poderia haver fluxos passivos significativos de ETFs e outros fundos passivos”.

A companhia poderia vender ativos “non-core”, incluindo seu negócio de asfalto, sua concessão de distribuição de gás natural no Espirito Santos e duas usinas térmicas que ainda precisam ser construídas. “Acreditamos que a equipe de gestão da BRD está extremamente empenhada em avançar com a venda desses ativos e esperamos alguns anúncios neste sentido entre o segundo trimestre e o terceiro trimestre de 2018”. O Santander reitera BR Distribuidora como “top pick” no Brasil, com base no considerável potencial operacional devido às baixas expectativas do mercado; múltiplos atrativos; saúde financeira sólida (baixa alavancagem com FCF sólido e yield de dividendos); e fundamentos sólidos para o setor brasileiro de distribuição de combustível.

Renova (RNEW11)

A Brookfield apresentou proposta vinculante para aquisição dos ativos de todo o Complexo de Alto Sertão III, bem como de aproximadamente 1,1 GW em determinados projetos eólicos em desenvolvimento, disse a Renova em comunicado ao mercado.

O valor apresentado pelo Complexo ASIII foi de R$ 650 milhões a ser pago na data de fechamento da transação, podendo ser acrescido de um earn out de até R$ 150 mil vinculados à geração futura do complexo a ser apurada após 5 anos de sua entrada em operação, além de R$ 187 mil por MW de capacidade instalada para os projetos eólicos em desenvolvimento. A empresa está avaliando a proposta e, caso a mesma venha a ser aceita, será concedido um novo período de exclusividade à Brookfield por 30 dias, prorrogáveis automaticamente por 30 dias adicionais, para finalização da transação.

CPFL Renováveis  (CPRE3) e Klabin (KLBN11)

Na CPFL Renováveis, Gustavo Santos de Sousa renunciou à presidência. O executivo apresentou renúncia aos cargos de diretor presidente, diretor financeiro e de relações com investidores interino e membro do conselho, disse a empresa em comunicado ao mercado. Sousa deixa a empresa em 2 de março. O presidente do conselho Andre Dorf assumirá interinamente os cargos de diretor presidente e de diretor financeiro e de relações com investidores. 

Gustavo Santos de Souza deixou a CPFL Renováveis e foi eleito diretor financeiro da Klabin. 

Segundo o Itaú BBA, o anúncio vem no momento mais sensível em relação à discussão da proposta de OPA (Oferta Pública da Aquisição) da empresa. “No entanto, não achamos que isso deve pesar consideravelmente o preço das ações. Para nós, o principal gatilho de curto prazo do CPRE continua a ser a decisão do preço real da oferta pública e se a State Grid eventualmente adquirirá 100% das ações restantes”, avaliam os analistas.

Magazine Luiza (MGLU3)

Após subirem quase 7% na sexta-feira em meio ao resultado positivo, as ações do Magazine Luiza seguem com fortes ganhos nesta data. 

A varejista fechou o quarto trimestre com lucro líquido ajustado de R$ 165,6 milhões, superando as projeções compiladas pela Bloomberg de um lucro de R$ 119 milhões, em seu melhor trimestre na história. O resultado representa uma alta de 260% ante os R$ 46,1 milhões registrados um ano antes. 

As ações da empresa fazem parte da Carteira InfoMoney e também estão entre as recomendações do InfoTrade, com ganhos acumulados de 18% em oito pregões (clique aqui para assinar o relatório).

No acumulado do ano, a companhia viu seu lucro líquido saltar 349%, passando de R$ 86,6 milhões em 2016 para R$ 389 milhões no ano passado.

(Com Bloomberg e Agência Estado)

 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.