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As ações das empresas do setor de varejo e consumo se destacaram entre as maiores altas do Ibovespa na sessão desta quarta-feira (20), em linha com a queda das taxas dos contratos futuros de juros brasileiros. Os DIs seguiram a baixa dos rendimentos dos Treasuries após alívio com a decisão de política monetária e as projeções econômicas do Federal Reserve.
Em um dia em que o Ibovespa subiu 1,25%, superando os 129 mil pontos e que o grande destaque de alta foi a Braskem (BRKM5, R$ 26,76, +15,69%) em meio a rumores de disputa pela fatia da Novonor na petroquímica, os outros destaques ficaram com empresas mais ligadas à economia doméstica, como Petz (PETZ3, R$ 4,99, 8,01%), Grupo Soma (SOMA, R$ 7,51, +7,29%, Vamos (VAMO3, R$ 8,88, +7,12%) , Casas Bahia (BHIA3, R$ 8,06, +6,61%) , Arezzo (ARZZ3, R$ 63,12, +5,91%) CVC (CVCB3, R$ 3,57, + 5,31%), GPA (PCAR3, R$ 3,17, +4,97%), Carrefour Brasil (CRFB3, R$ 13,43, +4,76%) Lojas Renner (LREN3, R$ 16,19, +4,57%), Hypera (HYPE3, R$ 34,80, +4,50%), Azul (AZUL4, R$ 14,40, +4,42%) e Eztec (EZTC3, R$ 17,35, +4,14%), com altas de ao menos 4%.
Essas empresas acabam se beneficiando neste cenário uma vez que o Fed mais duro com a inflação é visto como um fator para que o Banco Central brasileiro também segure suas taxas em patamares altos, o que também reduz as projeções de consumo e de aquecimento da companhia. Com maior alívio sobre este ponto, as ações de varejistas e do setor de consumo acabam ganhando.
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O Fed manteve a taxa de juros nesta quarta-feira, mas os formuladores de política monetária indicaram que ainda esperam reduzi-la em 0,75 ponto percentual até o final de 2024 em seu famoso “gráfico de pontos” de expectativas econômicas, apesar do progresso mais difícil do que o esperado em direção à meta de inflação de 2% do banco central dos Estados Unidos. A decisão do Fed retirou o medo de redução da perspectiva de corte de juros neste ano.
Com os mercados aliviados pela não confirmação de um cenário mais adverso, o rendimento do Treasury de dez anos caía, influenciando o mercado brasileiro.
Também colaborou para esse movimento o fato de o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, ter dito nesta quarta-feira em entrevista coletiva que, mesmo com a força inesperada dos dados inflacionários recentes nos EUA, sua perspectiva para as pressões sobre os preços é relativamente estável.
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No fim da tarde a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 9,9%, ante 9,953% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 9,795%, ante 9,863% do ajuste anterior.
Já a taxa para janeiro de 2027 estava em 10,03%, ante 10,104%, enquanto a taxa para janeiro de 2028 estava em 10,104%, de 10,404% no pregão anterior. O contrato para janeiro de 2029 marcava 10,505%, ante 10,598%.
A partir das 18h30 (horário de Brasília) desta quarta, o Banco Central do Brasil anuncia sua decisão de política monetária. Embora seja consenso que haverá novo corte de 0,50 ponto percentual da Selic, a 10,75%, investidores estão em dúvida sobre se a autarquia manterá a menção à repetição desse movimento nas “próximas reuniões”.
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(com Reuters)
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