Petz e Vivara: CEOs (que são os fundadores) elevam fatia nas empresas; o que indica?

Sergio Zimerman, da Petz, já havia manifestado contrariedade com queda da ação; na Vivara, elevação de fatia de Nelson Kaufman ocorre também após forte queda dos ativos justamente com a volta do fundador como CEO

Felipe Moreira

(Getty Images)
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As empresas de varejo e consumo Petz (PETZ3) e Vivara (VIVA3) anunciaram entre a noite da última quinta (21) e a manhã desta sexta-feira (23) que seus CEOs (que, por sinal, também são seus fundadores) elevaram a participação acionária nas respectivas companhias. Cabe ressaltar que, enquanto PETZ3 avança cerca de 15% e 21% em 2024, a queda acumulada é de cerca de 17% nos últimos 12 meses, enquanto VIVA3 sobe quase 20% nos últimos 12 meses, mas cai mais de 20% no mês e em 2024.

No caso da Petz, o CEO Sergio Zimerman aumentou sua participação na empresa por meio de instrumentos derivativos, passando a ter uma exposição de 48,1%, ante 42,9%.

Atualmente, Zimmerman possui uma participação de 29,1% proveniente de ações ordinárias e instrumentos financeiros derivativos que poderiam potencialmente aumentar sua participação em 1,9%, bem como outros instrumentos derivativos que representam 17,1% do capital social total da empresa, mas não têm potencial para aumentar a sua participação dada a sua natureza exclusivamente financeira.

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A título de comparação, no último comunicado desse tipo, publicado em 19 de fevereiro, ele tinha participação de 29,1% em ações ordinárias, 2,4% em instrumentos derivativos que poderiam aumentar sua participação e exclusivamente derivativos financeiros representando capital social de apenas 11,4%, totalizando os 42,9%. Ele já havia elevado a sua fatia na companhia no fim de fevereiro.

Na visão do Bradesco BBI, o aumento da sua exposição na empresa sublinha a confiança de Zimerman no potencial a longo prazo da Petz. Além disso, o executivo tem mencionado em várias entrevistas nas últimas semanas como ele acha que as ações da PETZ3 estão subvalorizadas.

Por outro lado, o banco destaca que o cenário competitivo de curto prazo continua desafiador e é improvável que a concorrência dos mercados online, bem como das lojas familiares, diminua nos próximos meses, o que deve impactar o crescimento e a lucratividade da Petz. Já do lado positivo, o BBI continua confiante nas tendências de crescimento secular do varejo pet no Brasil e no potencial da Petz para consolidar participação de mercado. O banco tem recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para a ação, com preço-alvo de R$ 6,50.

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Já a Vivara comunicou nesta sexta que o fundador e principal acionista da companhia Nelson Kaufman aumentou a participação na empresa para 26,22%, passando a deter 61.939.019 ações ordinárias da rede de joalherias.

Em correspondência à empresa, Kaufman, signatário do acordo de acionistas, afirmou que o objetivo do movimento é estritamente de investimento, não buscando alteração do controle acionário ou da estrutura administrativa.

A última semana tem sido marcante para a Vivara, levando o mercado a ficar mais cético sobre a tese de investimentos na companhia, o que leva a uma forte queda de ações e pode ter motivado a elevação de participação na companhia.

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Na sexta-feira da semana passada, o conselho de administração da Vivara elegeu o executivo como novo presidente-executivo da empresa, em substituição a Paulo Kruglensky, que renunciou. Desde então, as ações da empresa recuaram quase 20% por temores com governança corporativa e declarações do CEO sobre mudanças na estratégia da companhia. Os resultados do quarto trimestre, divulgados na última quarta-feira, também não agradaram os investidores.

(com Reuters)

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