PetroRio interliga campos de Polvo e Tubarão Martelo, vê corte de custos de US$ 50 milhões ao ano e reduz riscos

O custo total de operação do cluster, que estava em cerca de US$ 120 milhões por ano, será reduzido para aproximadamente US$ 70 milhões

Equipe InfoMoney

Divulgação: Prio
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A petroleira PetroRio (PRIO3) informou na quarta-feira que concluiu a interligação entre os campos de Polvo e Tubarão Martelo, em movimento que cria um polo (cluster) de produção de campos maduros na Bacia de Campos e deve representar uma economia de US$ 50 milhões por ano para a empresa.

Segundo a companhia, a redução de custos operacionais corresponde ao valor de leasing da plataforma FPSO Polvo, atualmente afretada ao campo, e gastos com manutenção e diesel. O projeto, que teve duração de 11 meses e custo de 45 milhões de dólares, interliga a plataforma Polvo-A e o FPSO Bravo.

O custo total de operação do cluster, que estava em cerca de US$ 120 milhões por ano, será reduzido para aproximadamente US$ 70 milhões por ano, disse a empresa em fato relevante.

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“A redução dos custos absolutos do novo cluster permitirá que mais óleo seja recuperado nos reservatórios, durante um maior período, aumentando consideravelmente o fator de recuperação dos campos”, acrescentou a Petro Rio.

A petroleira informou ainda que, a partir desta data, passará a ter direito sobre 95% do óleo do polo Polvo + Tubarão Martelo até os primeiros 30 milhões de barris de óleo produzido, e 96% após 30 milhões de barris, assim como será responsável por 100% dos custos de Opex, Capex e abandono dos campos.

O Itaú BBA avalia a notícia como positiva e aponta que, apesar da interligação já estar contemplada no modelo do banco, a conclusão do projeto reforça a capacidade de execução da PetroRio. A percepção do mercado sobre os riscos de execução de projetos futuros (como a ligação Frade-Wahoo) também deve melhorar à medida que a empresa continua a construir credibilidade.

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“Acreditamos que o foco do mercado agora se voltará para a estabilização da produção do cluster Polvo e TBMT. Uma vez que o gargalo potencial tenha sido deixado para trás, esperamos que o foco retorne ao crescimento inorgânico potencial – em que a empresa entregou uma criação de valor significativa nos últimos anos – dado que os marcos para Frade-Wahoo só devem ser alcançados em 2024”, apontam os analistas.

O Bradesco BBI, por sua vez, destaca que a redução de custos para o novo cluster permitirá que mais óleo seja recuperado por períodos mais longos, aumentando o fator de recuperação nos campos.

De acordo com o relatório de certificação de reservas publicado este ano pela DeGolyer & MacNaughton, o cluster agora tem vida econômica até 2037 (considerando as reservas 1P), o que representa uma extensão de 10 anos para Polvo e 12 anos para Tubarão Martelo.

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“Este é um marco importante de redução do risco para a PetroRio. Além da redução significativa de custos, o FPSO Bravo em operação é relativamente novo (construído em 2012), tem alta confiabilidade operacional e permitirá maior eficiência operacional no campo de Polvo”, afirmam os analistas.

(com Reuters)

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