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A proposta da PetroReconvavo (RECV3) em conjunto com a Eneva (ENEV3) para a compra do Polo Bahia Terra, da Petrobras (PETR3 ; PETR4), é “competitiva e bem estruturada”. A avaliação é do CEO da PetroReconcavo, Marcelo Magalhães.
“O Polo Bahia Terra é um dos últimos polos do processo de desinvestimento de campos maduros terrestres pela Petrobras, e muito complementar para nós, por ser uma bacia que já conhecemos por operar nela há 22 anos”, disse o executivo, em live do InfoMoney.
A live faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, em que o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Eles falam sobre o balanço do quarto trimestre de 2021 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.
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De acordo com o executivo, trata-se de um ativo com capacidade de produção de cerca de 11 mil barris por dia, “que consolida a nossa posição não só na Bacia do Recôncavo, mas que está na liderança do processo de transformação do onshore [ou seja, produção de petróleo em terra firme] brasileiro”.
Mas, segundo ele, por enquanto é apenas um BID (oferta), já que a Petrobras confirmou que está recebendo propostas de outras empresas. “Estamos confiantes que apresentamos uma proposta competitiva e bem estruturada”, destacou Magalhães.
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No final do ano passado, a PetroReconcavo adquiriu o Campo de Miranga, de óleo e gás natural. Com o início da operação, a companhia incrementou sua produção em 30%.
O CEO afirmou que a PetroReconcavo vê no gás natural oportunidades que eram do conhecimento da Petrobras, mas nunca fizeram sentido econômico ou estratégico para a estatal desenvolver.
“As oportunidades no gás sugerem ser ainda maiores do que dos campos de petróleo e parece que desenvolver novos campos de gás é mais fácil, então nós temos focado muito nisso”, disse.
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A produção de gás natural atualmente responde por cerca de 25% da produção da companhia, sendo que poucos anos atrás representava menos de 5%, segundo o CFO, Rafael da Cunha.
Dividendos
A PetroReconcavo não fez distribuição de dividendos aos seus acionistas nos últimos dois anos. Segundo Cunha, isso se deu porque a empresa focou no seu crescimento via aquisições nesse período.
Para este ano, a proposta é remunerar o acionista com pagamento mínimo, ou seja, 25% do lucro líquido ajustado, que representa cerca de R$ 40 milhões.
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“Temos uma perspectiva de usar o caixa da empresa para financiar ativos que temos visto como um potencial de retorno muito grande. Estamos preferindo sermos mais conservadores, mas estamos atentos à possibilidade de distribuir dividendos conforme o contexto”, afirmou o CFO.
Os executivos falaram ainda sobre o que esperam dos impactos da guerra na Ucrânia sobre o preço do petróleo e do gás, revelaram se há perspectiva de aumento de produção de gás para suprir a necessidade da indústria de fertilizantes e abordaram as políticas ESG desenvolvidas pela empresa. Assista à live completa acima, ou clique aqui.
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