PetroRecôncavo: Investimento no processamento de gás e petróleo fazem RECV3 saltar

Petroleira aprovou a construção de uma nova Unidade de Processamento de Gás Natural no cluster Miranga

Felipe Moreira

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O Conselho de Administração da PetroRecôncavo (RECV3) aprovou a construção de uma nova Unidade de Processamento de Gás Natural no cluster Miranga (NGPU Miranga), no estado da Bahia. A ação da petrolífera fechou com ganhos de 4,30%, a R$ 17,21, também em um dia de ganhos para o petróleo de quase 3%, tendo no radar que a Opep+ concordou em adiar em um mês o aumento planejado da produção de petróleo.

A NGPU terá capacidade de processamento de 950 mil m³ por dia com potencial de expansão para 1,5 milhão de m³/d, e um investimento total estimado de US$ 60 milhões. O projeto deve começar a ser executado no primeiro semestre de 2025, com início das operações previsto para o final de 2027.

O Itaú BBA classificou o anúncio como positivo, pois aumentará significativamente a capacidade de processamento de gás natural da PetroReconcavo na Bacia do Recôncavo, aumentando a autonomia e otimizando os custos de processamento.

Atualmente, a produção de gás da empresa na bacia é processada na NGPU Catu, uma planta de propriedade da Petrobras (PETR4), e na GTU São Roque, uma planta mais simples que a PetroReconcavo construiu no início deste ano, como parte do programa de confiabilidade também.

O Itaú BBA reiterou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 30.

O JPMorgan também considerou a iniciativa como positiva, uma vez que permite a verticalização completa das atividades de midstream na Bahia. “Apoiamos o investimento da empresa na UPGN Miranga, especialmente à luz da estratégia de verticalização e da redução da dependência de terceiros”, destaca o banco americano.

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Segundo o JPMorgan, a nova instalação poderá processar a maior parte da produção de gás da Bahia (total de 1,6 milhão m³/dia para 2027), mitigando riscos de capacidade de midstream e melhorando os custos.

Já o Bradesco BBI avalia que o ativo deve gerar economia no processamento de gás natural, que estima em cerca de US$ 1 por MMBtu (unidade de medida de energia que corresponde a um milhão de British Thermal Units), visto que a UPGN reduzirá a quantidade de gás natural da PetroRecôncavo processado no UTG Catu da Petrobras.