Petróleo fecha em queda, com realização de lucro, mas analista vê tendência altista

Sinais de que arrefecimento das tensões entre Irã e Israel também ajudam a conter a commodity

Estadão Conteúdo

(Getty Images)
(Getty Images)

Publicidade

Os preços do petróleo recuaram nesta terça-feira, 9, emendando o segundo dia de quedas após uma sequência de altas, com o preço do Brent voltando a ficar abaixo dos US$ 90 em uma possível realização de lucros. Sinais de que arrefecimento das tensões entre Irã e Israel também ajudam a conter a commodity.

O WTI para maio fechou em queda de 1,39% (US$ 1,20), a US$ 85,23 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho caiu 1,06% (US$ 0,96), a US$ 89,42 o barril, na Intercontinental Exchange.

Matt Zeller, analista sênior da StoneX, diz que investidores aproveitam o momento para a realização de lucros, o que é esperado após ganhos robustos. Pela manhã, os preços do petróleo chegaram a subir, mas foram perdendo o ímpeto enquanto os conflitos no Oriente Médio seguem estagnados.

Analistas do City Index, porém, destacam que as tendências altistas permanecem, conforme as negociações por cessar-fogo entre Israel e o Hamas permanecem estagnadas. Além disso, eles afirmam que os comentários recentes do primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu demonstram que o fim da guerra pode estar longe.

“Ambos os lados já deixaram claro que as propostas não satisfazem as exigências exigidas para um cessar-fogo”, afirma a analista sênior de Mercados do City, Fiona Cincotta. Ela diz que há um risco cada vez mais elevado de que o Irã e outros países sejam arrastados para a guerra, o que representa sérios riscos para a oferta da commodity. Também hoje, o chefe da Marinha da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã afirmou que o país continuará garantindo a segurança para o Estreito de Ormuz, importante passagem para o petróleo global.

Segundo o presidente-executivo da Vitol, Russell Hardy, investidores têm apostado que os preços do petróleo vão continuar subindo para compensar o risco de que a inflação e as taxas de juros possam subir por mais tempo.