Petróleo fecha em queda sob pressão do dólar forte, após sessão volátil

Dificuldades na rota da commodity pelo Mar Vermelho continuam como foco, em meio a ataques de rebeldes houthis que, segundo os Estados Unidos, teriam apoio do Irã

Estadão Conteúdo

Poços de petróleo em Talf, na Califórnia (Carolyn Cole/Getty Images)
Poços de petróleo em Talf, na Califórnia (Carolyn Cole/Getty Images)

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Os contratos futuros de petróleo chegaram a subir cerca de 2% nesta terça-feira, 2, apoiados pela cautela com o quadro geopolítico, em meio a ataques de rebeldes houthis no Mar Vermelho. O movimento, porém, não se sustentou, com o dólar forte e um quadro em geral de cautela nos mercados pressionando a commodity, que terminou com perdas.

O WTI para fevereiro fechou em queda de 1,77% (US$ 1,27), para US$ 70,38 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para março caiu 1,49% (US$ 1,15), a US$ 75,89 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Dificuldades na rota da commodity pelo Mar Vermelho continuam como foco, em meio a ataques de rebeldes houthis que, segundo os Estados Unidos, teriam apoio do Irã. A Maersk estendeu uma pausa no tráfego de seus navios na região após um episódio de ataque ocorrido no fim de semana contra uma embarcação da empresa, enquanto Washington tem afirmado que reforçará patrulhas na região.

No setor, foi reportado que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) planeja uma reunião de monitoramento do mercado no início de fevereiro, mas não está claro se pode haver em breve mais ajustes na oferta do cartel. Hoje, o avanço dos juros dos Treasuries pressionou o apetite por risco em geral.

Na agenda de indicadores do dia, dados modestos publicados hoje relativos à indústria da zona do euro, do Reino Unido e dos Estados Unidos confirmaram a perspectiva recente de que não haverá grande retomada nesse setor, com consequências para a demanda pelo óleo.