Petróleo fecha em alta, com reunião da Opep+ e eventual aumento de produção no radar

O dia teve liquidez reduzida por conta do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos

Estadão Conteúdo

Publicidade

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta, 28, em sessão com forte atenção à Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os seus aliados (OPEP+). O grupo, que tinha reunião marcada para o próximo domingo, 1, anunciou o adiamento do encontro para a quinta-feira, 5.

O avanço nos preços ocorre em uma semana na qual a commodity vem pressionada pelos sinais de redução das tensões no Oriente Médio, especialmente pelo acordo de cessar-fogo entre Israel e Hezbollah. O dia teve liquidez reduzida por conta do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos.

O petróleo Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 0,66% (US$ 0,48), a US$ 72,78 o barril. Por volta das 16h30 (de Brasília), no pregão eletrônico da New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para janeiro operava em alta de 0,25%, em dia de mercados fechados por ser feriado nos Estados Unidos, a US$ 68,89 o barril.

Quanto você precisa para viver de Dividendos?

Participe do treinamento gratuito Manual dos Dividendos e descubra a estratégia simples e poderosa para viver de renda.

A Opep+ deverá discutir se prosseguirá com aumento de produção planejado para começar em janeiro, com a maioria dos analistas esperando que o grupo adie ainda mais os planos devido às preocupações do mercado sobre um abrandamento na procura global e perspectivas de um excedente de oferta no próximo ano.

“O nosso cenário base é que a Opep+ finalmente cumpra a sua promessa de anular os seus cortes voluntários na produção e aumentar gradualmente a produção ao longo de 2025”, avalia a Capital Economics. No entanto, os comentários dos responsáveis esta semana ameaçam uma repetição do roteiro das reuniões recentes: ou seja, adiar o tempo de aumentar a produção, pondera. A consultoria considera que isto é insustentável, uma vez que a Opep+ cede quotas de mercado e não aproveita a sua capacidade não utilizada. Em última análise, é uma questão apenas de quando a produção vai aumentar, conclui.

O ANZ espera que o cartel e seus aliados adiem o aumento planejado da produção. “A data de início de janeiro provavelmente será adiada para fevereiro, permitindo que o grupo analise o impacto nova administração dos EUA sobre comércio e políticas externas”, afirma.