Petróleo desaba 6% após ataque limitado de Israel contra Irã; banco revisa projeções

O Citi reduziu sua meta de preço do Brent para os próximos três meses de US$ 74 para US$ 70 o barril

Equipe InfoMoney

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O petróleo fechou em queda robusta nesta segunda-feira, 28, recuando mais de 6% nas mínimas intradiárias e no fim do dia, após a retaliação de Israel contra o Irã ser mais contida do que o esperado por investidores.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 6,12% (US$ 4,40), a US$ 67,38 o barril, no seu maior recuo intradiário desde 2022. Enquanto o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 6,12% (US$ 4,63), a US$ 71,00 o barril.

O petróleo apresentou queda firme desde os primeiros negócios do dia, após Israel não comprometer infraestruturas energéticas do Irã em retaliação a ataque recente. Ainda, dizem analistas da ANZ, o governo iraniano minimizou escala e eficácia do episódio e não afirmou imediatamente que responderá.

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“Isso provavelmente fará com que o prêmio de risco geopolítico que foi precificado nos mercados de petróleo seja reduzido significativamente nos próximos dias”, dizem. Já Kathleen Brooks, da XTB, argumento que o prêmio de guerra está começando a diminuir porque o foco está mudando para um possível excesso de oferta da commodity em 2025.

O Citi reduziu sua meta de preço do Brent para os próximos três meses de US$ 74 para US$ 70 o barril, levando em conta um prêmio de risco menor no curto prazo, disseram os analistas liderados por Max Layton em uma nota.

“A retórica dos ministros da Opep+ nas próximas semanas em torno da redução das cotas será um fator determinante para os preços, com o adiamento dos aumentos de produção se tornando mais provável devido às perspectivas fundamentais brandas e aos altos preços de equilíbrio necessários para a maioria dos membros do cartel”, disse Ashley Kelty, analista do Panmure Liberum.

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A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, um grupo conhecido como Opep+, mantiveram a política de produção de petróleo inalterada no mês passado, incluindo um plano para começar a aumentar a produção a partir de dezembro. O grupo se reunirá em 1º de dezembro.

De acordo com observadores do mercado ouvidos pela Dow Jones Newswires, a perspectiva de médio prazo do petróleo agora parece pessimista. Os motivos: expectativas de demanda global mais fraca e perspectivas de um excedente de oferta no ano que vem, enquanto a Opep+ se prepara para começar a aumentar a produção.

*Com informações da Dow Jones Newswires

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(com Reuters e Estadão)

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