Petróleo fecha em queda de quase 3% com Opep+ e discussão de cessar-fogo na Ucrânia

Contratos foram negociados na véspera perto das mínimas, pressionados pelas expectativas de que as tarifas dos EUA e as respostas tarifárias dos países afetados desacelerarão o crescimento econômico

Reuters

Equipamento de bombeamento de petróleo na Califórnia (REUTERS/Nichola Groom)
Equipamento de bombeamento de petróleo na Califórnia (REUTERS/Nichola Groom)

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Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta quarta-feira, 5, e deram sequências às perdas registradas na última sessão, enquanto investidores repercutem o aumento da produção do óleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Países Aliados (Opep+) a partir de abril e monitoram as negociações para um acordo de paz entre a Ucrânia e a Rússia, sob mediação dos Estados Unidos.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para abril fechou em queda de 2,85% (US$ 1,95), a US$ 66,31 o barril, enquanto o Brent para maio, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 2,44% (US$ 1,74), a US$ 69,30 o barril.

De acordo com o ING, os preços do petróleo permanecem sob pressão em meio à crescente incerteza em torno das tarifas dos EUA e aos temores de que as políticas comerciais do presidente americano, Donald Trump, possam desencadear uma guerra comercial. “A incerteza aumentada está enviando os investidores para as ‘margens’. Isso é evidenciado por uma redução no posicionamento especulativo tanto no WTI quanto no Brent nas últimas semanas”, menciona.

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No radar, os estoques de petróleo nos EUA tiveram alta de 3,614 milhões de barris, bem acima da projeção, informou o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país, o que cooperou para a queda registrada nesta quarta.

Ainda, na terça-feira, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse estar pronto para trabalhar “sob a forte liderança de Trump”, a fim de chegar a um acordo para finalizar a guerra. O conflito na Europa Oriental refletiu nos preços da commodity, já que, segundo a TP ICAP, “negociações sérias sobre a guerra Rússia-Ucrânia estão parecendo cada vez mais prováveis” o que limita os ganhos do óleo.