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O petróleo Brent caiu US$ 7 nesta terça-feira, fechando abaixo de US$ 100 o barril pela primeira vez em três meses. O fortalecimento do dólar, as restrições da Covid-19 que prejudicam a demanda no principal importador de petróleo, a China, e os crescentes temores de uma desaceleração econômica global, foram fatores baixistas para a commodity.
A queda acentuada seguiu-se a um mês de negociações voláteis em que os investidores venderam posições de petróleo por temores de que aumentos agressivos das taxas de juros para conter a inflação estimularão uma desaceleração econômica, que, por sua vez, puxará o tapete da demanda por petróleo.
Os investidores também esperam por mais dados econômicos, com destaque para a inflação ao consumidor dos EUA na próxima quarta, e para o começo da temporada de balanços nos EUA, para avaliar a saúde da maior economia do mundo.
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Os futuros de petróleo Brent para setembro fecharam em queda de US$ 7,61, ou 7,1%, a US$ 99,49 por barril, o menor patamar desde 11 de abril.
“Acho bastante crítico apenas do ponto de vista psicológico, que mantenhamos US$ 95 o barril”, disse Rebecca Babin, trader sênior de energia da CIBC Private Wealth US.
Os preços do petróleo estão enfrentando extrema pressão “à medida que uma postura defensiva continua com o sentimento do consumidor ainda em um modo deprimido, juntamente com o ressurgimento da Covid na China”, disse Dennis Kissler, vice-presidente sênior de negociação da BOK Financial.
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Um dólar recorde está provocando mais liquidações de vendas, acrescentou Kissler. O petróleo geralmente é cotado em dólares americanos, portanto, um dólar mais forte torna a commodity mais cara para os detentores de outras moedas.
“Excluindo a possibilidade de uma queda grande da oferta, parece que a commodity continuará sendo negociado abaixo dos US$ 100 por barril por um tempo, até que as perspectivas para a demanda de petróleo melhorem”, diz Edward Moya, analista sênior de mercados da Oanda, à “Dow Jones Newswires”.
Em relatório recente, o Citi destacou prever o barril a US$ 65 ao fim do ano e ir para US$ 45 até o final de 2023 se ocorrer uma recessão que prejudique a demanda.
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A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) prevê que a demanda mundial por petróleo aumentará 2,7 milhões de barris por dia (bpd) em 2023, um pouco mais lenta do que em 2022.
A capacidade ociosa dentro da Opep está, no entanto, baixa, com a maioria dos produtores bombeando na capacidade máxima. A Administração de Informações de Energia dos EUA prevê um aumento na produção de petróleo bruto e na demanda de petróleo dos EUA em 2022.
(com Reuters)
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