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SÃO PAULO – A sessão desta terça-feira (25) foi bastante volátil para a Bolsa, com o Ibovespa fechando com alta de 0,18%, a 55.506 pontos. Hoje o mercado seguiu no aguardo da divulgação da equipe econômica de Dilma Rousseff, que deverá ser feito até amanhã. Nos destaques estiveram as ações da Petrobras, que após subirem 5% no início da sessão, fecharam entre as quedas do índice.
Além dela, vale mencionar também as ações dos bancos, que após subirem entre 2% e 4%, fecharam com altas mais leves. Entre eles estão Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 39,65, +1,28%), Bradesco (BBDC3, R$ 33,57, +2,83%; BBDC4, R$ 40,92, +1,44%) e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 29,21, +1,46%).
Já na ponta negativa do índice estiveram as ações da Eletropaulo, que fecharam com perdas com o investidor relizando ganhos após os papéis figurarem no positivo durante cinco pregões. Além dela, a ALL (ALLL3, R$ 6,01, -4,45%) fechou como a maior queda do Ibovespa nesta terça.
Fora do principal índice da Bolsa, vale mencionar ainda as ações da Inepar (INEP4, R$ 0,22, +57,14%), dona da Iesa Óleo e Gás, que fecharam como a maior alta da bolsa brasileira hoje em meio à divulgação do seu plano de recuperação judicial à 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca de São Paulo. Em sua máxima do dia, os papéis chegaram a subir 78,57%.
Confira os destaques da Bolsa nesta sessão:
Petrobras (PETR3, R$ 13,28, -1,12%; PETR4, R$ 14,15, -0,42%)
A estatal, que chegou a subir 5% em sua máxima intradiária, fechou entre as quedas desta sessão. A empresa confirmou que a SEC está realmente investigando a empresa nos EUA, enquanto a Justiça do Trabalho brasileira decidiu bloquear os bens da petrolífera e da IESA. Por outro lado, a Citi Corretora elevou sua recomendação para as ações da estatal de neutra para compra após as fortes quedas registradas pelos papéis recentemente.
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Em comunicado divulgado ontem, a empresa disse que a SEC enviou notificação requerendo documentos relativos a uma investigação do próprio órgão regulador. A intimação solicita documentos que serão enviados após um trabalho conjunto com o escritório nacional Trench,Rossi e Watanabe Advogados e com o norte-americano Gibson, Dunn & Crutcher, já contratados para fazer uma investigação interna independente, informou a Petrobras em comunicado ao mercado. A estatal não deu detalhes sobre quais documentos a SEC pediu.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a Petrobras e a IESA Óleo e Gás tiveram seus bens bloqueados pela Justiça do Trabalho na noite de segunda-feira (24). De acordo com a publicação, o bloqueio tem como objetivo garantir o pagamento das verbas rescisórias de cerca de mil trabalhadores que correm risco de setem demitidos da planta da IESA no Polo Naval de Charqueadas, a 60 Km de Porto Alegre.
Elétricas
As ações da Cemig (CMIG4, R$ 13,85, +5,32%) e Eletrobras (ELET3, R$ 6,11, +0,49%; ELET6, R$ 7,80, +1,17%) fecharam com ganhos nesta terça-feira em meio a duas notícias. A primeira, é a redução do teto do preço da energia no curto prazo dos atuais R$ 822,83 por megawatt/hora, para R$ 388,48 MWh. A medida é para ajudar a reduzir o rombo das distribuidoras que têm sido obrigadas a comprar energia neste mercado, no qual ela é mais cara.
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A segunda é que, segundo o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, o Brasil não precisará de muita chuva para garantir o fornecimento de energia elétrica em 2015 apesar da estiagem deste ano. Ontem, o economista chefe para a América Latina disse que um racionamento em 2015 poderia acarretar em uma queda de um a dois pontos percentuais no crescimento do PIB. Papéis do setor elétrico devem repercutir as declarações.
Embraer (EMBR3, R$ 23,10, -0,65%)
A companhia construtora de aeronaves fechou em queda nesta sessão, mesmo após a confirmação de um pedido firme de sete jatos E175 pela SkyWest, empresa americana de serviços aéreos, no valor de US$ 301 milhões. A encomenda entrará na carteira de pedidos da fabricante brasileira de aviões no quarto trimestre, segundo comunicado apresentado na CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
BM&FBovespa (BVMF3, R$ 10,60, +0,76%)
A gestora da bolsa brasileira também fechou com ganhos nesta terça-feira após a companhia confirmar que está analisando ofertas para aquisições na América Latina. Ontem, o jornal Financial Times publicou uma matéria em que o presidente da empresa, Edemir Pinto, dizia que a BM&FBovespa havia contratado dois bancos no mês passado para comprar participação acionária relevante das bolsas do México, Colômbia, Chile, Peru e Argentina.
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A Bovespa esclareceu “que tal iniciativa faz parte do processo contínuo de avaliação de oportunidades de expansão em atividades adjacentes ao seu negócio”. A companhia ainda disse que, “caso uma ou mais dessas oportunidades se materializem, divulgará as informações cabíveis, incluindo percentual de participação acionária, de forma tempestiva”.
CSN (CSNA3, R$ 6,68, -1,18%)
A companhia siderúrgica chegou a subir 2% nesta sessão, mas fechou em queda. Ontem, o empresário Benjamin Steinbruch, anunciou a fusão de seus ativos de mineração e logística com a Namisa. A CSN é dona de 60% da Namisa. Os 40% restantes pertencem a um consórcio liderado pela trading japonesa Itochu e com participação das siderúrgicas japonesas JFE Steel, Kobe Steel e Nisshin Steel, da sul-coreana Posco e da taiwanesa China Steel.
Uma nova companhia, que ficará abaixo da CSN, será criada – Steinbruch será sócio majoritário e a expectativa é que a fatia das asiáticas se dilua. Os detalhes de cada participação só serão divulgados após aprovação do acordo pelos conselhos de administração das partes, o que deverá ocorrer até 12 de dezembro. Esse acordo é considerado estratégico para CSN, pois a combinação dos ativos – especialmente a Casa de Pedra com as minas da Namisa – promoverá redução de custos, com sinergias de produção, logística e comercial. Isso sem contar o ganho de escala, em um cenário com os preços do minério de ferro em torno de US$ 70 a tonelada, com desvalorização de quase 50% no ano, o que já inviabiliza projetos ao redor do mundo.
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Pão de Açúcar (PCAR4, R$ 107,59, +1,56%)
O Pão de Açúcar viu suas ações fecharem no positivo nesta terça, em meio à notícia de que o Credit Suisse iniciou cobertura dos papéis da companhia com recomendação “outperform” (desempenho acima da média do mercado), com preço-alvo de R$ 128,00. Vale mencionar também que o banco colocou a companhia no posto de “top pick” do setor.
Gol (GOLL4, R$ 13,75, -0,51%)
A companhia de aviação abriu os negócios nesta terça com ganhos de mais de 2%, mas fechou com leve queda. A companhia informou que sua taxa de ocupação doméstica atingiu 79,4%, 4,8 pontos percentuais acima ao mesmo período de 2013, maior nível já registrado pela companhia para o mês de outubro, e maior taxa de ocupação registrada desde julho de 2006, levando a ocupação no acumulado do ano para 77,3%.
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Além disso, o diretor de relações institucionais da Gol, Alberto Fajerman, disse que a companhia pediu 4 mil voos extras entre dezembro e fevereiro, partindo das principais origens, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba, com destino ao Nordeste e ao Caribe.
Eletropaulo (ELPL4, R$ 8,78, -3,41%)
A Eletropaulo viu suas ações fecharem no vermelho depois de subir por cinco pregões consecutivos em meio à elevação de recomendação dos papéis para compra pelo BTG Pactual, feita na semana passada.
CCX (CCXC3, R$ 0,24, -4,0%)
Fora do Ibovespa, as ações da CCX fecharam em queda nesta sessão. Hoje, a empresa informou que o seu controlador Eike Batista, atual diretor sem designação específica da companhia, passa a acumular, interinamente, o cargo de diretor de relações com investidores da empresa. O cargo de diretor presidente da empresa permanecerá vago até eleição de novo diretor, que será realizada dia 1° de dezembro.
Forjas Taurus (FJTA4, R$ 0,42, -6,67%)
A Forjas Taurus informou hoje que desconhece qualquer fato que possa justificar a movimentação dos papéis que vêm ocorrendo com as ações ordinárias e preferênciais no período questionado pela BM&FBovespa, que vai de 7 de novembro até ontem. No período mencionado, os papéis PNs caíram 20%.
Unicasa (UCAS3, R$ 2,71, -0,73%)
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) investiga a cúpula da fabricante de móveis Unicasa. A autarquia abriu um processo para apurar se Frank Zietolie, vice-presidente do conselho de administração, e seu pai, Juvenil Antônio Zietolie, presidente da empresa, usaram informações privilegiadas para negociar ações da empresa na Bolsa. Se forem condenados, os Zietolie podem ter que pagar multa equivalente a três vezes o lucro obtido com a operação, além de enfrentarem processo criminal.