Petrobras: venda mais alta e pré-sal em destaque; o que os dados de produção mostram

A companhia divulgou sua prévia operacional na segunda-feira, 29, com alta anual na produção de óleo e gás no 2º tri

Camille Bocanegra

Foto: Reuters
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A Petrobras (PETR3;PETR4) divulgou sua prévia operacional na noite de ontem (29). Nos dados do segundo trimestre de 2024, a produção de óleo teve alta de 2,4% (na comparação com o 2T23). Na comparação com o último trimestre, houve queda sequencial já esperada com base nos dados preliminares da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Os dados elevaram as previsões do Morgan Stanley para a companhia. Ainda que a produção do petróleo tenha ficado 1,2% abaixo das estimativas do banco estrangeiro, a compensação veio a partir de maior volume de exportações líquidas de petróleo e derivados. O Morgan destacou também que segue classificando a companhia como equal weight (similar à neutro) pelo nível de ruído de intervenção ainda presente, em especial no episódio de possível retenção dos dividendos extraordinários.

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De acordo com o Itaú BBA, a diminuição no trimestre se deu devido a aumento de perdas por paradas programadas e manutenção. Além disso, foram necessárias intervenções não planejadas em maquinário nas plataformas de Búzios e nos campos pós-sal.

O Bradesco BBI, por sua vez, ressaltou que o volume de vendas, sazonalmente mais alto, foi compensado pela menor produção, também citando as paradas e manutenções programadas, bem como por intervenções não programadas em campos do pré-sal e do pós-sal, parcialmente atenuadas pelo avanço da utilização do FPSO Sepetiba no campo de Mero e por dois novos poços em projetos complementares na bacia de Campos.

Pré-sal ganha espaço

O destaque da produção foi o pré-sal, que atingiu 67% da produção total da Petrobras. Ainda assim, houve queda trimestral de 2,3%.

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 Achamos a performance positiva, ainda que razoavelmente em linha com o guidance da empresa. Pré-Sal segue performando muito bem e segue ganhando representatividade dentro da produção da empresa, o que deve nos preços realizados do produto e redução de lifting cost”, considerou a Genial.

Dentre as atualizações fornecidas pela companhia, está o início de produção do segundo poço produtor do FPSO (Floating Production Storage and Offloading, unidade flutuante que produz, armazena e transfere petróleo e gás) Sepetiba. Além disso, haverá, no segundo semestre, início de operação nos FPSO Marechal Duque de Caixas e FPSO Maria Quitéria.

A análise também destacou que as vendas de derivados de petróleo aumentaram 3,2% no 2T24, atingindo 1,7 Mbpd (milhão de barris por dia), impulsionadas por maiores vendas de diesel (3,8%) e GLP (10,1%). O aumento nas vendas de diesel, de acordo com a análise, foi impulsionado pelo consumo sazonal e a alta nas vendas de GLP foi causada por temperaturas mais baixas. As vendas de gasolina subiram 1,6%, enquanto as vendas de óleo combustível diminuíram 32,4%.

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Já as importações caíram 11,6%, principalmente devido a menor importação de diesel, após altos volumes no trimestre anterior para reabastecer estoques. As exportações de petróleo permaneceram estáveis. Dentre os principais destinos das exportações, estão China (50%), Europa (30%), América Latina (5%), EUA (5%), Ásia excluindo China (9%) e Caribe (1%).

As vendas de gás natural totalizaram 44 milhões de m³/dia, uma queda de 6,4%, devido à maior participação de outros agentes no mercado. De acordo com as informações divulgadas, a Petrobras reduziu as importações de gás natural da Bolívia em 2 milhões de m³/dia, conforme flexibilidade contratual. A venda de disponibilidade térmica em leilão permaneceu constante no trimestre, mas caiu 28% em relação ao 2T23, devido ao fim de contratos de leilão para as usinas Seropédica, Três Lagoas e Termoceará, comenta o BBA.

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