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SÃO PAULO – Diante do otimismo com uma reabertura econômica, em meio às notícias sobre a eficácia de vacinas, o mercado financeiro tem visto uma rotação setorial nas bolsas, com a troca de companhias de crescimento por aquelas de valor, mais cíclicas.
É o caso do Bank of America (BofA), que tem ampliado o espaço do portfólio para companhias dos segmentos “esquecidos” durante a pandemia. “Notícias positivas sobre reaberturas, liquidez e um novo ciclo de ganhos favorecem ações de mercados emergentes e setores cíclicos”, escrevem os analistas do banco, em relatório.
No Brasil, o banco americano optou por aumentar a posição em Petrobras (PETR3; PETR4), dada a exposição da companhia à reabertura econômica e melhor cenário para os preços do petróleo. Posições “overweight” (acima da média do mercado) também são encontradas em companhias como Vale (VALE3).
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Ainda no portfólio, o banco substituiu Tim (TIMS3) e Qualicorp (QUAL3) por Natura (NTCO3) e Iguatemi (IGTA3), com as expectativas de retomada da atividade.
130 mil pontos
Uma combinação de recuperação econômica global, alta dos preços das commodities, juros baixos e avanço das reformas no Brasil deve levar o Ibovespa aos 130 mil pontos no fim de 2021, o que implicaria em uma alta de 19,4% em relação aos patamares atuais. Ao menos é essa a avaliação do banco americano.
O BofA aponta que o principal motor para a valorização do principal índice brasileiro de renda variável será a recuperação do lucro das companhias em 2021 e 2022, especialmente nos setores cíclicos da economia que compõem a maior parte do índice, caso de commodities e bancos.
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Segundo David Beker, estrategista do BofA, as expectativas assumem múltiplos 12% acima do nível médio histórico, em um cenário esperado no qual as taxas de juros e o custo de capital seguirão baixos.
“Nós permanecemos construtivos com as ações brasileiras, uma vez que esperamos ver progresso na agenda de reformas no próximo ano e a possibilidade de um novo ciclo de Capex [despesas de capital]”, escreve, no relatório.
Entre os principais riscos que podem afetar a valorização da Bolsa brasileira, o BofA cita uma recuperação global mais devagar e uma deterioração fiscal maior que a projetada.
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