Petrobras tem produção recorde de petróleo e gás em agosto; Oi busca financiamento de R$ 2,5 bilhões e mais destaques

Confira os destaques corporativos desta terça-feira

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)
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No Radar InfoMoney desta terça-feira destaque para a Petrobras, com dados de produção recorde, início da fase vinculante do processos de venda de 11 participações no Polo Garoupa na Bacia de Campos,  além de notícias sobre avanço na privatização da Gaspetro. Já a Eletrobras também ganha destaque com o encontro de ministros e congressistas para tratar da privatização.

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras informa que, em agosto, a sua produção total de petróleo e gás, incluindo líquidos de gás natural (LGN) foi de 3 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), tendo a produção diária alcançado 3,1 milhões boed, ambas atingindo recorde.

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Além disso, a média da produção no pré-sal (incluindo a parcela dos parceiros), em agosto, foi de 2,2 milhões boed, tendo a produção diária atingido 2,5 milhões boed, também representando recordes para a companhia.

As sete novas plataformas que entraram em operação desde 2018 alcançaram a produção de 690 mil barris de óleo por dia em 8 de agosto, com destaque para o crescimento da produção no Campo de Búzios.

A coluna de Lauro Jardim no Globo destaca que o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, vai se encontrar com representantes da Mitsui, sócia da Petrobras na Gaspetro, ainda nesta semana. Segundo a publicação, no encontro, vão definir os passos para a privatização da empresa, prevista para acontecer ainda este ano.

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A coluna destaca que a privatização deverá seguir o modelo da BR Distribuidora, de venda das ações na bolsa. A Petrobras tem 51% das ações e a Mistui outras 49%. A Gaspetro é dona de participações em 19 distribuidoras de gás Brasil afora.

A companhia ainda informou o início da fase vinculante do processo de venda da totalidade de suas participações em 11 campos de produção localizados em águas rasas na Bacia de Campos, denominados conjuntamente de Polo Garoupa. Nesse projeto em particular, conforme faculta a sistemática, não haverá fase não vinculante.

Sobre o Polo Garoupa, a empresa informa que engloba as concessões de Anequim, Bagre, Cherne, Congro, Corvina, Malhado, Namorado, Parati, Garoupa, Garoupinha e Viola, localizados em águas rasas na Bacia de Campos, a uma distância de cerca de 80km da costa, com profundidade do reservatório entre 70m e 740m.

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A Petrobras detém 100% de participação desses campos, cuja produção média dos últimos 12 meses foi de cerca de 19,6 mil boe/dia.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou que a produção de petróleo em julho foi de 2,775 milhões de barris por dia (bpd), uma elevação de 8,5% comparado a junho e de 7,8% em comparação a julho de 2018.

Já a produção de gás ficou em 124 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d), um crescimento de 11,7% frente ao mês anterior e de 7,1% na comparação com julho de 2018.

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A produção de petróleo e gás totalizou 3,556 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), sendo 61,4% dela (1,732 milhões de boe/d) proveniente de campos do pré-sal.

A produção do pré-sal, em 99 poços, foi de 1,732 milhão de bpd de petróleo e 71,9 milhões de m3/d de gás natural, totalizando 2,184 milhões de boe/d. Houve aumento de 12,2% em relação ao mês anterior e de 19,9% se comparada ao mesmo mês de 2018.

Petrobras Distribuidora (BRDT3)

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A Petrobras Distribuidora teve sua cobertura reiniciada pelo Grupo Santander com recomendação de compra. O preço-alvo foi estabelecido em R$ 33, o que implica um potencial de alta de 15% em relação ao último fechamento.

Eletrobras (ELET3;ELET6)

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se reuniram nesta noite de segunda-feira para falar sobre o projeto da desestatização da Eletrobras.

No último dia 21 de agosto, Maia disse que a ideia era montar um projeto que viabilize o investimento privado na estatal, com regulação forte e distribuição de recursos para as regiões atendidas pela companhia.

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O governo do presidente Michel Temer enviou um projeto de lei ao Congresso, que não foi votado devido a pressões de parlamentares das regiões onde a companhia atua. Segundo o presidente da Câmara, a necessidade de investimentos da Eletrobras chega a R$ 16 bilhões por ano. Sem esses investimentos, a companhia corre o risco de perder grande parcela da sua participação no mercado.

O ministro Paulo Guedes disse em outra ocasião que a ideia é transformar a Eletrobras em uma corporação, após um processo que poderia levantar até R$ 30 bilhões.

O presidente da Câmara também já sinalizou que haveria quase consenso sobre ressarcimento de R$ 3,5 bilhões da União à Eletrobras pela energia consumida na Região Norte. A MP 879, que autorizava o repasse, foi rejeitada no dia 20 de agosto pelos deputados e a expectativa é de que o governo envie um PL para tentar garantir esse pagamento.

Elétricas

O nível de armazenamento das hidrelétricas do Sistema Interligado Nacional (SIN) está em 43,7% da capacidade, acima dos 31,9% anotados no mesmo período de 2017, considerado o pior ano da história, mas abaixo dos 55,1% estimados inicialmente para o início de setembro, em projeção realizada em janeiro, conforme apresentado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Dados apresentados pela CCEE mostram que o nível do armazenamento caiu principalmente nos reservatórios do Sul ao longo do mês de agosto, passando de 79,3% no início do mês para 54% no início de setembro, baixa de 25,3 pontos porcentuais.

Já no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, considerado a “caixa d’água” do País, o recuo foi de 6 p.p., para 39,7%, enquanto no Nordeste a baixa foi de 4,3 p.p., para 48,7%, e o Norte anotou queda de 8,3 p.p., para 67,6%.

A projeção atual sinaliza para uma continuidade da redução do armazenamento até novembro, quando o nível do SIN chegaria a 27,8%. Em 2017, o armazenamento chegou a ficar abaixo de 20% entre outubro e novembro.

Minerva (BEEF3)

A Minerva informou, por conta das medidas anunciadas pelo Banco Central da Argentina, por meio da comunicação A6770, estabelecendo novos parâmetros no mercado de câmbio, que desde o início do ano “adota a política de manter a exposição líquida de ativos e passivos cambiais sempre ativa na ponta em dólares, na Argentina”.

Segundo o frigorífico, grande parte da operação da Minerva no país é advinda da atividade de exportação, o que protege a rentabilidade da nossa operação em um cenário de depreciação cambial.

Oi (OIBR3;OIBR4)

A Oi informou que está conversando com instituições financeiras para buscar um financiamento adicional de até R$ 2,5 bilhões. A empresa ainda está em discussão a respeito do instrumento de captação a ser utilizado.

Em ofício enviado à CVM, a companhia informou que trabalha para fechar na próxima semana a escolha da instituição financeira que será responsável por estruturar uma operação de captação de dívida garantida. A resposta foi em razão de notícia divulgada no dia 30 de agosto pelo Valor Econômico, informando que a Oi tem pressa para fechar captação com bancos.

Segundo a tele, diversas instituições financeiras têm se reunido com a direção da companhia ao longo das últimas semanas com o objetivo de discutir os termos da captação, que provavelmente seria feita no exterior de modo a garantir maior agilidade. “As alternativas em discussão incluem dívida com garantia lastreada em ativos ou em recebíveis”, diz a empresa.

A operadora acrescenta que a movimentação para viabilizar a operação é uma tentativa de suprir de forma (relativamente) rápida as necessidades de financiamento da companhia, sem depender da venda de ativos-chave (como a participação da Oi na operadora angolana Unitel) ou de uma nova capitalização.

Biosev (BSEV3)

A Biosev concluiu a venda da totalidade de sua participação na Usina Estivas à Pipa Agroindustrial.

Segundo a empresa, o valor da operação será de R$ 217,92 milhões e faz parte da estratégia da companhia de competitividade operacional, que inclui revisar potenciais alternativas estratégicas relacionadas a todo o seu portfólio de ativos, visando aumentar sua geração de caixa e fortalecer sua estrutura de capital.

“A Operação foi concluída após o cumprimento de determinadas condições suspensivas, incluindo a aprovação de contrapartes em contratos relacionados à unidade Estivas, localizada no Município de Arez, Estado do Rio Grande do Norte, de propriedade da Companhia, e a assinatura de contratos de garantia; e o aporte na Usina Estivas do estabelecimento comercial representativo da unidade Estivas”, informa.

Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11)

Os preços da celulose de fibra curta (BHKP) na China atingiram hoje US$ 478,21 a tonelada, uma queda de US$ 1,8 na semana e de US$ 22,7 em um mês, segundo relatório a clientes publicado pelo Itaú BBA. Já a fibra longa (NBSK) na China atingiu US$ 570,34, retração de US$ 0,2 na semana e de US$ 3,0 no mês.

Na Europa, o preço BHP atingiu US$ 799,59, significando uma queda de US$ 0,5 na semana e de US$ 50,3 no mês, enquanto o preço NBSK ficou em US$ 899,95 (-US$ 0,6 na semana e -US$ 52,3 em um mês).

CCP

A Cyrela Commercial Properties fará uma oferta pública de distribuição primária de novas ações ordinárias, em mercado de balcão não organizado, em conformidade com a Instrução da CVM nº 400.

A coordenação da oferta será do Banco Bradesco BBI (coordenador líder), do Banco BTG Pactual, do Banco Itaú BBA, do Morgan Stanley, do Banco J. Safra e da XP Investimentos.

Cemig (CMIG4)

O jornal Valor Econômico traz que a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) retoma hoje o processo de análise dos indicadores técnicos de qualidade de serviços da Cemig em 2016 e 2017. Ano passado, a empresa recebeu um auto de infração que determinou o recálculo dos indicadores e uma multa de R$ 12,4 milhões pela irregularidade, o que foi objeto de recurso por parte da elétrica.

Segundo o Valor, o maior risco para a Cemig é de que o recálculo dos indicadores resulte em números abaixo das metas regulatórias. Dessa forma, pelo aditivo contratual assinado pela companhia em 2015, poderia ser aberto um processo de caducidade da concessão.

(Com Agência Estado e Bloomberg)