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SÃO PAULO – O Ibovespa teve a maior alta dos últimos 10 pregões, de 2,74%, impulsionada pelos fortes ganhos da Petrobras (PETR3;PETR4) em meio às expectativas de um acordo mais próximo da cessão onerosa.
As ações de elétricas, como Copel (CPLE6), também registraram fortes ganhos, enquanto poucos papéis registram queda, com destaque para a Suzano (SUZB3) e Fibria (FIBR3) em um dia de queda da moeda norte-americana.
O dólar comercial registrou queda de 1,05%, cotado a R$ 3,877 na venda, e o contrato futuro com vencimento em dezembro teve recuo de 1,61%, para R$ 3,875, após o Banco Central realizar leilão de linha depois da disparada de 2,5% na véspera.
A expectativa é de que ele possa voltar a atuar, sendo o próximo passo a rolagem de um lote de US$ 1,25 bilhão – que já estava no estoque há alguns meses – com vencimento no começo de dezembro.
Confira os destaques do mercado nesta terça-feira (27):
Petrobras (PETR3;PETR4)
As ações da Petrobras intensificam os ganhos e avançam 5% após a fala do presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), de que um acordo sobre a cessão onerosa está muito próximo para a votação na Casa.
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O senador afirmou que espera apenas uma sinalização envolvendo a divisão de parte dos recursos dos bônus de assinatura da cessão onerosa. Caso isso ocorra nesta terça, a votação do projeto poderá ocorrer logo em seguida.
Parte dos senadores defende colocar no texto uma previsão de que 20% dos recursos arrecadados no leilão do excedente de petróleo sejam repartidos com Estados e municípios.
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Como comprar as ações da Petrobras, passo a passo
Essa proposta iria de encontro ao que desejam os governadores e contaria com o aval do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes. Outros senadores e integrantes da atual equipe econômica defendem que, na verdade, recursos do Fundo Social sejam repassados aos governos regionais.
Enquanto isso, Guedes e sua equipe buscaram o Tribunal de Contas da União (TCU) para discutir a possibilidade de assinar o acordo de revisão da cessão onerosa do pré-sal entre União e Petrobras sem precisar da aprovação do projeto de lei que tramita no Senado, o que acabou não agradando o Congresso.
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Também no radar de Petrobras, o conselho de administração da companhia deve analisar nesta quarta-feira (28) o Plano de Negócios e Gestão da estatal para o período de 2019-2023, podendo aprovar ou solicitar alterações no documento. A divulgação ao mercado do PNG deve ser feita no início de dezembro.
Na versão atual do plano, referente ao período de 2018 a 2022, a previsão é de investimentos no valor de US$ 74,5 bilhões, sendo 81% destinados ao segmento de exploração e produção de petróleo e gás natural.
Vale (VALE3)
O contrato futuro do minério de ferro teve nova queda de 3% e registrou a quarta sessão seguida de baixa com a queda da rentabilidade das usinas no país. “A trajetória de preços mais fracos pode continuar no curtíssimo prazo, com incertezas relacionadas à reação do governo chinês à recente desaceleração local”, destaca a Rico Investimentos que aponta, contudo, que a cotação do minério segue em um nível saudável para as operações da Vale, de US$ 65 a tonelada.
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Light (LIGT3)
Os acionistas do bloco de controle da Light decidiram não dar continuidade à possibilidade de realizar uma oferta pública de ações ancorada por fundos de investimento liderados pela GP Investments.
Em reunião realizada ontem, os controladores – Cemig, RME e Luce – consideraram que os termos e condições propostos para ancoragem “não atendem aos interesses da companhia e seus stakeholders, tendo presente, dentre outros, as atuais condições de mercado”, explica a Light em fato relevante.
A Light diz que segue monitorando oportunidades de mercado para otimizar sua estrutura de capital. Por sua vez, a Cemig reitera intenção de venda de toda sua participação na Light.
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Tanto o BTG Pactual quanto a Brasil Plural comentaram a notícia e ambos destacaram impacto negativo. “As notícias podem indicar dificuldade no plano da Cemig de desinvestir de sua participação na Light”, escreveu o BTG.
Gafisa (GFSA3)
O conselho de administração da Gafisa aprovou nesta segunda-feira, 26, a deslistagem de seus American Depositary Shares (ADS) da New York Stock Exchange (Nyse), o que desobriga a divulgação de informações de acordo com a legislação societária norte-americana. O programa de ADSs da construtora passa do Nível 3 para o Nível 1, com negociação somente em mercado de balcão.
A estimativa é que os ADSs estejam fora da listagem da Nyse em 17 de dezembro, e que o último dia de negociação seja realizado no dia 14. O cancelamento do registro deve se efetivar em até 90 dias.
Localiza (RENT3); Unidas (LCAM3); Movida (MOVI3)
A equipe de research da XP Investimentos atualizou as suas estimativas e preços-alvo para as empresas do setor de aluguel de veículos, refletindo os resultados do 3º trimestre e um cenário “construtivo” para 2019.
Os analistas seguem com recomendação de compra para Localiza e Unidas, com preço-alvo de R$ 32,30 (upside de 17%) e de R$ 38 (upside de 31%), respectivamente. Com relação à Movida, a recomendação é neutra, com preço-alvo de R$ 9,50 e potencial de valorização de 19%.
Kroton (KROT3)
Após a compra da Somos Educação, a Kroton está buscando novas oportunidades de crescimento no negócio de ensino básico – e uma dessas opções é a prestação de serviços administrativos e financeiros para outras escolas. De acordo com o jornal Valor Econômico, o negócio vem sendo testado de forma piloto e começará a ser ofertado para as escolas em 2020.
Dommo Energia (DMMO3); Óleo e Gás Participações (OGXP3)
Foi aprovada em assembleia geral a incorporação das ações da OGPar pela Dommo Energia. Segundo fato relevante, por conta da incorporação, a Dommo optou por não aderir ao Novo Mercado neste momento.
De acordo com o comunicado, a Dommo Energia aprovou ainda um bônus de subscrições aos acionistas da OGPar como vantagem adicional às ações emitidas por conta da incorporação de ações. Os bônus somente serão emitidos aos acionistas da OGPar que não exercerem o direito de retirada e, portanto, somente serão entregues após o período para exercício de tal direito.
Construtoras
O Senado brasileiro poderá votar nesta terça-feira o Projeto de Lei 392, que permite que os trabalhadores retirem seus depósitos do FGTS em casos de demissões voluntárias.
Na opinião do Itaú BBA, a probabilidade de uma aprovação é muito baixa. “Notamos que há muito em jogo, uma vez que isso pode ser bastante prejudicial à sustentabilidade de longo prazo do FGTS”, escrevem os analistas, o que poderia afetar os papéis de construtoras mais focadas em baixa-renda.
Eletrobras (ELET3; ELET6)
O presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª região informou que a decisão que suspendeu os efeitos da tutela antecipada na ação pública da Aeel (Associação de Empregados da Eletrobras) está mantida até o trânsito em julgado em ação. Dessa forma, não há impedimento ao processo de desestatização das distribuidoras da Eletrobras.
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Na opinião do Itaú BBA, a notícia é positiva e pode ser benéfica para Energisa e Equatorial. “Apesar de não ser a decisão final, ela é favorável à companhia e pode ser um indicador de que a decisão final pode trazer um resultado positivo”.