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*Primeira versão publicada às 09h03 (horário de Brasília)
SÃO PAULO – Em mais um dia de agenda repleta de indicadores, as bolsas internacionais iniciam a sessão desta quarta-feira (6) em clima otimista – os mercados europeus estendem sua pontuação máxima desde a crise financeira de 2008, assim como no Japão e na Austrália.
Já por aqui, o destaque fica por conta do desfecho da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), quando o Banco Central pode trazer alguma alteração sobre o discurso da Selic, enquanto nos Estados Unidos o Livro Bege será divulgado durante esta tarde.
Entre as referências corporativas, chama atenção a enxurrada de notícias sobre a Petrobras (PETR3; PETR4). A empresa reajusta em 5% o preço de venda do diesel nas refinarias. O novo preço será válido a partir de quarta-feira (6).
O preço do diesel não inclui os tributos federais CIDE e PIS/Cofins, além do ICMS. Esse é o segundo reajuste de diesel no ano, que já teve esses tributos cortados no passado para permitir que o preço fosse reajustado sem que o impacto chegasse às bombas dos postos de gasolina.
Petrobras bate recorde em refinarias no Brasil
A petrolífera comunicou ainda que nos dias 2 e 3 de março foram atingidos recordes de processamento em refinarias brasileiras.
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De acordo com comunicado, a carga total processada foi de 2,120 milhões de barris por dia, o que representa 10 mil barris por dia a mais ao recorde anterior, alcançado em 1° de janeiro deste ano.
Petrobras encontra petróleo em 4° poço de Iara
Também sobre a estatal, foi encontrado petroléo de boa qualidade no poço 3-RJS-706, localizado na área de Iara, no bloco BMS-11, no pré-sal da Bacia de Santos, comunicou a Petrobras. A companhia destaca que o poço está localizado a 226 km da costa do Rio de Janeiro, a cerca de 6 km do poço descobridor da região.
“Esse poço, o quarto na área de Iara, ainda se encontra em perfuração e prosseguirá com o objetivo de definir a base dos reservatórios com óleo”, afirma companhia. Os resultados mostram petróleo de boa qualidade, coletados por meio de amostragens a cabo.
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Eletrobras pode vender distribuidoras como parte da reestruturação
Outra que chama atenção é a Eletrobras (ELET3; ELET6). O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da companhia, Armando Casado, disse na véspera que o plano de reestruturação da empresa propõe a venda de distribuidoras de energia controladas pelo grupo, infomou o G1.
“[O plano de reestruturação] prevê a possibilidade de alienação de mais de um ativo”, disse Casado, ao chegar ao Senado para participar de audiência pública que vai discutir mudanças feitas pelo governo na CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), por conta do plano de barateamento da conta de luz.
Casado disse que, como o plano de reestruturação ainda está em discussão, não poderia adiantar quais são os ativos que a Eletrobras pretende vender. Ele confirmou, porém, que essa discussão “está sendo feita em torno das distribuidoras.”
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EBX e BP anunciam nova empresa MFX
A EBX Holding e a BP Products North America, empresa do BP PLC Group, assinaram um contrato para a constituição da empresa MFX, com objetivo de importar, exportar, vender e distribuir combustíveis marítimos, sob a marca da BP Marine. A MFX terá o seu controle compartilhado entre a BP e a EBX, onde cada uma terá participação de 50%. Após a assinatura dos documentos finais, a nova empresa começará suas atividades em 2013, com a importação de combustíveis marítimos e venda para clientes no mercado local.
A BP e a EBX elegeram o Superporto do Açu como a localização mais favorável para construção do seu terminal, que será localizado no TX2. Este centro de abastecimento deverá atender às demandas de navios dos mais variados portos e atividades, como PSVs (Plataform Supply Vessels), navios de cabotagem e de longo curso, por combustíveis como diesel marítimo e bunker.
Com o desenvolvimento das atividades de abastecimento, a LLX (LLXL3) alugará uma área de aproximadamente 350 mil m² localizada na entrada do canal TX2 e pretende alugar ainda mais 600 mil m² no TX1, localizados em áreas destinada para instalação de uma unidade de tratamento de petróleo.
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Telefônica e Claro anunciam compartilhamento de redes 3G e 4G
A Telefônica Brasil/Vivo (VIVT4) anunciou na última terça-feira que celebrou um memorando de entendimento com a Claro, controlada pela América Móvil, para compartilhar a infraestrutura em redes de terceira geração (3G) e quarta geração (4G).
O acordo envolverá o compartilhamento da infraestrutura de redes de antenas 3G, bem como o investimento conjunto na implantação da infraestrutura 4G. Segundo informou a Telefônica Brasil em comunicado, o acordo terá duração de três anos.
A meta das companhias com a decisão é reduzir os custos de investimentos, operação e manutenção de suas redes.
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MPX é autorizada a alterar repasse de custos de aquisição de energia
Já a MPX (MPXE3) comunicou ao mercado que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou o pleito da Usina Termelétrica Porto do Pecém I, uma parceria 50%/50% entre MPX e Energias do Brasil (ENBR3), para alterar o mecanismo de repasse às distribuidoras do custo de aquisição de energia para recomposição de lastro, em função do atraso do início da operação comercial da usina.
O pleito aprovado pela Aneel determina que o repasse dos custos de recomposição de lastro de energia para consumidores finais se dê pelo mínimo valor entre: o preço do contrato de compra da energia para reposição, o índice custo benefício do leilão no qual a energia foi comercializada. A decisão é retroativa à data de início dos contratos de comercialização de energia no ambiente regulado, em 23 de julho de 2012.
Ideiasnet vende 20% de fundo ao grupo Paul Capital
O grupo de investimento norte-americano Paul Capital comprou da Ideiasnet 18,24% por cento de participação no Ideiasnet FIP I, em transação que avaliou o fundo em R$ 435 milhões, informou a companhia na noite de terça-feira (6).
O Ideiasnet FIP I detém participações nos seis principais investimentos da Ideiasnet (IDNT3), incluindo a distribuidora de TI Officer e a fabricante de equipamentos de telecomunicações Padtec.
Energisa planeja investir R$ 1,6 bi até 2015
O grupo de origem mineira Energisa (ENGI4) vai realizar um aumento de capital no valor de R$ 350 milhões. O objetivo é levantar recursos para o plano de investimentos de R$ 1,6 bilhão nos próximos três anos. Desse total, R$ 900 milhões serão destinados a projetos de geração de energia renovável e R$ 700 milhões na área de distribuição. Apenas em 2013, a previsão é investir R$ 762 milhões, 13,1% em relação a 2012.
Arezzo registra crescimento de 17,7% no lucro do 4° tri
Dando continuidade à temporada de balanços corporativos, a Arezzo (ARZZ3) registrou receita líquida de R$ 252,9 milhões, crescimento de 27% sobre o mesmo período do ano passado.
O lucro líquido, por sua vez, foi de R$ 31,7 milhões, um incremento de 17,7% quando comparado com o quarto trimestre de 2011.
O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 43,8 milhões entre os meses de outubro e dezembro, alta de 32,1% sobre o mesmo período do ano passado. A margem Ebitda (Receita Líquida/Ebitda) ficou em 17,3%.
Arteris tem alta de 15% na receita
Outra que divulgou resultado na noite da véspera foi a Arteris (ARTS3), empresa de concessões rodoviárias adquirida pela espanhola Abertis da OHL, registrou lucro líquido consolidado de R$ 403,6 milhões em 2012, 0,2% inferior aos R$ 404,4 milhões vistos nos 12 meses anteriores.
Segundo a empresa, o lucro foi diminuído pelo resultado financeiro e por um aumento dos custos com amortizações, depreciações e provisão para manutenção de rodovias. Ao mesmo tempo, os investimentos aceleraram, principalmente nas rodovias federais.
A receita líquida, por sua vez, aumentou 15% no ano passado, para R$ 3,12 bilhões. O Ebitda atingiu R$ 1,07 bilhão em 2012, o que significou um crescimento de 6,5% em relação a 2011.