Petrobras pode pagar dívida de R$ 1 bi no RJ com combustível; Gerdau e mais 12 agitam 5ª

Mais três notícias agitam noticiário da estatal; novidades sobre plano de negócios, Abreu e Lima e TCU estão no radar da empresa

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – Após um dia em que o Ibovespa conseguiu fechar em leve alta em meio às novidades sobre a Operação Lava Jato e o noticiário sobre o plano de negócios da Petrobras, a estatal segue em destaque hoje. 

No radar da Petrobras (PETR3;PETR4), segundo informações da coluna de Sonia Racy, do jornal O Estado de S. Paulo, a Petrobras está conversando para quitar dívida de quase R$ 1 bilhão no Rio de Janeiro e deve pagar em moeda e em combustível para abastecer a frota do Estado.

Além disso, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) autorizou a operação de diversas unidades de processo e tanques na Refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, segundo publicação no Diário Oficial da União nesta quinta-feira.

Foi autorizada a operação de oito unidades de processo, incluindo unidades de hidrotratamento de diesel e de nafta, além de vinte tanques de petróleo, diesel, nafta, óleo combustível, entre outros.

“A carga processável fica limitada a 11.765 metros cúbicos por dia (64 por cento da capacidade nominal) até que a Unidade de Abatimento de Emissões U-93 esteja em perfeito funcionamento”, afirmou o texto de autorização da ANP.

A Petrobras iniciou em dezembro de 2014 a produção de derivados de petróleo na Refinaria Abreu e Lima, cujos custos de construção saíram bem acima do inicialmente estimado, dando sequência ao seu plano para aumentar a produção nacional de combustível.

Continua depois da publicidade

Em março deste ano, a Petrobras informou ter iniciado atividades na Unidade de Coqueamento Retardado da refinaria, ampliando a operação para todos os equipamentos do controverso empreendimento de refino da estatal em Pernambuco.

E, em nota divulgada ontem, a Petrobras esclareceu que o TCU (Tribunal de Contas da União) está investigando prejuízos em obras e compras de ativos da companhia que podem alcançar R$ 39 bilhões.

“O valor – superior aos R$ 6,2 bilhões reconhecidos pela estatal como perda com corrupção, no balanço anual de 2014 – é a soma das perdas provocadas por sobrepreço e má gestão de projetos em quatro empreendimentos da companhia, alguns dos quais fatiados pelo clube de empreiteiras que são alvo da Operação Lava Jato.”, afirmou na nota.

Continua depois da publicidade

Os processos em relação ao Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ), à Refinaria Abreu e Lima (RNEST), à Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR) e à aquisição da Refinaria de Pasadena e da empresa de Trading estão em curso no TCU, sem haver qualquer decisão definitiva sobre os casos.

Voltando ao plano de negócios, segundo o Globoa Petrobras vai alterar a forma de divulgação dos próximos planos de negócios. No lugar de uma entrevista coletiva com executivos da estatal e detalhamento de todos os pontos, haverá apenas a publicação na internet, como fazem outras companhias, para evitar o acesso de pontos estratégicos da petroleira para os concorrentes.

A diretoria da estatal apresentará ao conselho de administração três propostas de corte nos investimentos para o período de 2015 a 2019: R$ 44,1 bilhões, R$ 66,2 bilhões e R$ 88,2 bilhões.

Continua depois da publicidade

Cemig 
Sobre a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) de negar pedido de renovação de concessão da hidrelétrica de Jaguara, a Cemig (CMIG4) disse que respeita a decisão e aguarda a publicação do resultado do julgamento para tomar as medidas judiciais cabíveis. Na sessão de quarta-feira, as ações da companhia desabaram 8% na Bovespa. 

O Santander afirma que a notícia é negativa “já que companhia terá menos energia para vender no mercado à vista e compensar o impacto negativo do déficir da produção hidrelétrica”. Assim, os investidores provavelmente pedirão uma nova estratégia da
administração para o futuro da Cemig “já que o guidance divulgado em maio inclui a renovação dos contratos de concessão”.

Telefônica Brasil
A Telefônica Brasil (VIVT4) comunicou que foi realizada transação na qual o grupo francês Vivendi tornou-se o maior acionista individual da Telecom Italia, a maior operadora de telecomunicações fixa e móvel da Itália. A Vivendi recebeu 1,11 bilhão de ações ordinárias (ou 8,24%) da Telecom Italia, em troca de 4,5% do capital acionário da Telefônica Brasil, conforme comunicado ao mercado da última enviado nesta noite à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Continua depois da publicidade

De acordo com o comunicado, a transação foi realizada em consonância com a opção dada à Vivendi como parte de sua venda da GVT para Telefônica, concluída em maio deste ano. Além disso, a Vivendi elevou suas ações ordinárias da Telecom Italia de 1,9% recentemente compradas, com uma fatia adicional de 4,76% comprada em 22 de junho, para 6,66%, representando um pagamento de dinheiro total de 1 bilhão de euros.  

Além disso, ainda no radar da Telefônica Brasil, o banco suíço Credit Suisse reiniciou a cobertura dos papéis da companhia com recomendação outperform (desempenho acima da média) e preço-alvo de R$ 53,00 por ação.

Gerdau
A Gerdau (GGBR4) vai suspender temporariamente os contratos de 100 trabalhadores da sua fábrica em Charqueadas, na região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O motivo da suspensão é a baixa demanda, já que o principal cliente é a indústria automobilística, informa o jornal O Estado de S. Paulo

Continua depois da publicidade

BM&FBovespa
A BM&FBovespa (BVMF3) informou que se reuniu na quarta-feira com o conselho diretivo da Bolsa de Valores de Colômbia e manifestou sua intenção em comprar uma fatia da instituição.
 

“Neste momento não há nenhuma transação concluída e que tal iniciativa faz parte do processo contínuo de avaliação de oportunidades de expansão em atividades adjacentes ao seu negócio”, disse a bolsa, em comunicado.

Marcopolo
O Conselho de Administração da Marcopolo (POMO4) nomeou Francisco Gomes Neto como diretor geral, que passará a exercer as funções a partir de 03 de agosto.

Fras Le
A Fras Le (FRAS3), informou hoje ao mercado que elegeu para o cargo de Diretor, responsável pelas áreas administrativa e financeira, Ricardo Reimer, que deverá assumir a partir do dia primeiro de julho.

Energisa
A Energisa (ENGI3) informou que sua receita operacional líquida subiu 21,5% em maio na comparação anual, totalizando R$ 883,9 milhões. No mês, a energia total comercializada pelo grupo subiu 5,4%, para 2.764,8 gigawatts por hora.

Bematech
A Bematech (BEMA3), líder em soluções de tecnologia para o varejo comunicou hoje ao mercado em geral que a corretora de valores Invesco diminuiu participação na companhia. 

A corretora agora possui 2.556.600 ações ordinárias, o que representa 4,96% da posição acionária da Companhia. 

Gol
Em comunicado, a Gol (GOLL4) informou que a Janus elevou a participação acionária na companhia para 5,05% das ações preferenciais. 

Daycoval
O Banco Daycoval anunciou ao mercado que pretende fazer uma OPA (Oferta Pública de Aquisição) pelas ações com intuito de cancelamento de registos da companhia. 

Segundo fato relevante divulgado nesta quarta-feira (24) após o fechamento o mercado, os controladores – Sasson Dayan, Salim Dayan, Carlos Moche Dayan, Morris Dayan e Rony Dayan – querem pagar R$ 10,00 por ação, o que equivale a um prêmio de 30,89% em relação a cotação de fechamento das ações (DAYC4) que foi de R$ 7,64.

O alvo da OPA são 62.009.312 ações e levando em conta o preço por ação, de R$ 10,00, o preço desembolsado pelos acionistas será de mais de R$ 620 milhões. Porém a oferta será realizada somente se o valor correspondente ao piso da faixa do preço por ação for igual ou inferior ao preço por ação. 

O motivo da OPA é a baixa liquidez da ação e que o cancelaramento de registro e a saída do nível 2 do mercado resultará em benefício ao acionista minoritário.

Analistas do BTG Pactual calculam, em relatório, o valor total da transação em cerca de
R$ 620 milhões, se oferta for totalmente aceita por minoritários. O BTG espera que maior parte da oferta seja financiada pelos controladores e o processo completo pode
demorar 4-6 meses.  “Não vemos capital ratio do banco caindo abaixo de 16% após transação”.

Bradesco
O Bradesco (BBDC3BBDC4) informou o mercado, na tarde de quarta-feira (24), que seu conselho de administração aprovou um programa de aquisição de até 15 milhões de ações de própria emissão, dividido em partes iguais entre ordinárias e preferenciais, com vencimento previsto em 26 de junho de 2016. De acordo com o comunicado divulgado na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), trata-se da postergação de um programa para permanência em tesouraria e posterior alienação ou cancelamento dos papéis, mantendo as mesmas quantidades, sem redução de capital social.

BTG
O BTG Pactual (BBTG11) e o Bank of America Merrill Lynch estão disputando a última vaga no grupo de bancos que lidera a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) do IRB Brasil, maior resseguradora do país, disseram três fontes com conhecimento direto do negócio nesta quarta-feira.

O BTG Pactual foi o líder em emissões de ações no ano passado, enquanto o BofA Merrill Lynch tem ficado entre os cinco primeiros do ranking de ofertas de ações do Brasil nos últimos anos, segundo dados da Thomson Reuters e da Anbima.

O governo federal tem 27% na empresa. BB e Bradesco têm 20% cada e o Itaú, 15%. Os bancos querem vender o todo de suas fatias no IPO, disse uma das fontes.

Magazine Luiza
A fornecedora de parques, condomínios e galpões logísticos para locação Global Logistic Properties (GLP) assinou acordos de leasing totalizando 68 mil metros quadrados com a varejista Magazine Luiza (MGLU3) e as empresas Argos e Certa, segundo comunicado divulgado nesta quinta-feira.

A Magazine Luiza fechou um acordo para aluguel de 41 mil metros quadrados em um parque da GLP em Guarulhos. A companhia utilizará a instalação para distribuição nas operações de loja e comércio eletrônico, de acordo com o comunicado da GLP.

Já o acordo com a fabricante de alimentos Certa prevê aluguel de 15 mil metros quadrados em parque da GLP em Jundiaí. Já a empresa de logística Argos fechou acordo para alugar 12 mil metros quadrados no parque de Guarulhos.

O valor dos acordos não foi divulgado pela empresa.

(Com Reuters e Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.