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SÃO PAULO – O noticiário segue movimentado nesta quarta-feira (18), com destaque para a definição no comando das companhias estatais no governo Michel Temer. Confira os destaques corporativos desta quarta-feira (18):
Petrobras
A Petrobras (PETR3;PETR4) captou nesta terça-feira 6,75 bilhões de dólares com o lançamento de bônus no mercado internacional de 5 e 10 anos, na primeira oferta global de uma empresa brasileira desde junho e a primeira desde o afastamento da presidente Dilma Rousseff.
A Petrobras captou 5 bilhões de dólares com a venda do bônus de cinco anos, oferecendo um rendimento de 8,625 por cento, e 1,75 bilhão de dólares com o título de 10 anos com rendimento de 9 por cento. A demanda pelos títulos superou 20 bilhões de dólares, de acordo com três fontes envolvidas diretamente na operação. Eles pediram anonimato pois os termos da emissão ainda são confidenciais. A companhia anunciou também nesta terça-feira plano de recompra de até 3 bilhões de dólares em bônus que vencem em 2018 e cupom de 8,375 por cento. O acordo está sujeito ao consentimento da maioria dos detentores de bônus, que também terão que dar permissão para mudanças nos termos contratuais dos papéis, disse a empresa. Os novos títulos foram classificados com a nota “B3” pela agência de risco Moody’s, seis níveis abaixo do grau de investimento. A Moody’s disse que a classificação considerou a erosão da liquidez da empresa, fluxo de caixa livre negativo, alta alavancagem financeira, risco de desvalorização do real e os desafios operacionais em ambiente industrial e econômico difícil.
Conforme destaca o BTG Pactual, enquanto o yield da emissão estabelece um custo bastante elevado da dívida para Petrobras, este é ofuscado pela reafirmação da capacidade de explorar os mercados de dívida. A LCA Consultores ressalta que a mudança de governo, a perspectiva de que haverá um encaminhamento aos problemas financeiros da Petrobras e a recuperação dos preços do petróleo contribuíram para a redução dos seus prêmios de risco e para o sucesso de emissão.
Destaque ainda para a notícia da Reuters de que o ex-ministro Pedro Parente deve ser anunciado presidente-executivo da Petrobras até sexta-feira. Ex-ministro da Casa Civil do governo de Fernando Henrique Cardoso, Parente está no exterior em viagem e a decisão será oficializada quando ele retornar ao Brasil. Para a Folha de S. Paulo, Parente afirmou que não houve convite formal para presidir a companhia.
Por fim, a petroleira e a ANP assinaram a prorrogação de campos Marlim e Voador.
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Eletrobras
A Eletrobras (ELET6) informou na terça-feira que não vai entregar às autoridades dos Estados Unidos os formulários 20-F relativos aos exercícios sociais de 2014 e 2015 até quarta-feira, o que deve resultar na suspensão das negociações dos papéis da empresa na bolsa de Nova York. O prazo para a entrega dos documentos à Securities Exchange Comission (SEC), órgão regulador do mercado norte-americano, expira na quarta-feira. O atraso se deve a investigações internas relativas a corrupção, que estão sendo conduzidas pelo escritório Hogan Lovells. Segundo fato relevante divulgado pela companhia, elas ainda não estão substancialmente completas.
“Nós entregamos todo o material de investigação interna ao auditor, mas foi bem em cima da hora e provavelmente o auditor contratado vai reprovar e pedir mais tempo”, disse à Reuters uma fonte da empresa. “Isso porque a cada apuração feita se encontra possíveis novos indícios de irregularidades que estimulam novas investigações”, acrescentou. De acordo com a estatal, não há chance de nova extensão de prazo pela Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), que deve suspender a autorização para negociação dos American Deposit Receipts(ADRs) da companhia, enquanto corre o processo de deslistagem.
“Deixar de ter os ADRs negociados sem dúvida não é positivo para a imagem da empresa, mas queremos ir a fundo nos malfeitos”, disse a fonte da estatal.
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Se acontecer a deslistagem, a Eletrobras disse que pretende apresentar recursos e está trabalhando para permitir que os ADRs possam ser negociados no mercado de balcão. Os donos dos títulos poderão pedir o cancelamento de papéis ou a migração para ações na BM&FBovespa. “Nossa previsão e expectativa é que serão necessários mais uns três meses e que possa ser relistada a partir de setembro”, disse a fonte.
Veja mais: A “bomba-relógio” de até R$ 40 bi que pode estourar nas mãos da Eletrobras a partir de hoje
Banco do Brasil
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o governo de Michel Temer segue sem definição sobre o nome para comandar o Banco do Brasil (BBAS3). Na véspera, o jornal O Globo que Gustavo do Vale era o mais cotado para substituir Alexandre de Abreu no comando da estatal.
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Ontem, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o anúncio dos presidentes, sem data para acontecer, não significa que trocará o comando de todos os bancos. “Mudanças podem ocorrer nos próximos dias, semanas ou meses.”
Arteris
A Arteris (ARTR3) afirmou que vai prosseguir nos atos para cancelar o registro. A controladora Participes en Brasil II adquiriu 52,4 milhões de ações ordinárias em leilão realizado hoje, disse a Arteris em fato relevante. Como número de ações supera o montante mínimo de dois terços para conversão de categoria, companhia dará prosseguimento aos atos necessários para cancelamento do registro.
As ações adquiridas correspondem a 15,2% do capital e foram compradas a R$ 10,06 cada. A liquidação da OPA ocorrerá em 20 de maio.
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Cielo
A Cielo (CIEL3) teve a recomendação rebaixada de manutenção para venda pelo Santander; o preço-alvo foi elevado de R$ 30,00 para R$ 34,00.
Sabesp
Após declarar o fim da crise hídrica, a Sabesp (SBSP3) começa agora a negociar com grandes consumidores para que eles abandonem os poços perfurados durante o período crítico de abastecimento na região metropolitana, entre 2014 e 2015, e voltem a consumir água produzida pela estatal, destaca o jornal O Estado de S. Paulo.
Triunfo
O tráfego ajustado nas rodovias da Triunfo (TPIS3) registrou queda de 2,6% entre janeiro e abril de 2016 na comparação anual.
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(Com Agência Estado e Bloomberg)