Petrobras: BofA eleva PETR4 a compra; “proteção em meio a problema fiscal do Brasil”

"Com a poeira baixando após a substituição do CEO da empresa, ocorreram desenvolvimentos importantes na Petrobras que ajudaram a acalmar as preocupações sobre governança corporativa, preços de combustíveis, dividendos, entre outros", afirmaram os analistas

Equipe InfoMoney

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Analistas do Bank of America elevaram a recomendação das ações da Petrobras (PETR3;PETR4) para compra ante neutra, com o preço-alvo passando de R$ 42 para 47 para PETR4, um potencial de alta de 27% frente o fechamento de quarta-feira (26), conforme relatório enviado a clientes nesta quinta-feira. Para os analistas, os ativos são “uma proteção em meio aos problemas fiscais do Brasil”.

“Com a poeira baixando após a substituição do CEO da empresa, ocorreram desenvolvimentos importantes na Petrobras que ajudaram a acalmar as preocupações sobre governança corporativa, preços de combustíveis, dividendos, entre outros”, afirmaram.

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Entre esses desenvolvimentos, Caio Ribeiro e equipe citaram desfecho de litígios fiscais envolvendo o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) em condições muito favoráveis ​​e manutenção da política de preços de combustíveis da empresa.

Eles também chamaram atenção para “mensagens fortes” transmitidas pelo governo e pela Petrobras em apoio à prospecção para exploração na Margem Equatorial.

A Margem Equatorial é uma extensa área que vai do Rio Grande do Norte ao Amapá, com enorme potencial para descobertas de petróleo, mas também imensos desafios socioambientais.

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“Nós esperamos que a Petrobras continue apresentando retornos de caixa atrativos este ano”, afirmaram. “Mesmo em cenários que considerem movimentos de M&A – provavelmente na RLAM (atualmente, Refinaria de Mataripe) –, os retornos em caixa da Petrobras ainda seriam atrativos no curto prazo”, reforçaram.

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Considerando o cenário base do BofA para preços do petróleo de US$ 86/barril para 2024 e US$ 80 /barril para 2025, os analistas estimam que o Fluxo de Caixa Livre para o Acionista (FCFE) deverá atingir 20,9 bilhões de dólares (yield de 23%) e 13,3 bilhões de dólares (yield de 15%), respectivamente.

“Também atribuímos uma alta probabilidade de que os R$ 22 bilhões restantes na reserva de remuneração de capital sejam pagos como dividendos ainda este ano.”

“Em nossa opinião, mesmo em cenários que considerem movimentos de fusões e aquisições (provavelmente na refinaria RLAM), os retornos de caixa da Petrobras ainda seriam atrativos no curto prazo. Além disso, dada a situação fiscal atualmente delicada do Brasil, vemos uma grande probabilidade de a Petrobras pagar o valor restante (de R$ 22 bilhões) da reserva de remuneração de capital no 4T23 – aumentando ainda mais o retorno de caixa”, avalia.

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Na B3, por volta de 10h25 (horário de Brasília), as ações PN subiam 1,54%, a R$ 37,66, e os papéis ON avançavam 2,17%, R$ 39,95.

(com Reuters)