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Entre diversos comunicados divulgados ontem à noite (30), a Petrobras (PETR3;PETR4) informou ter concluído na quarta-feira (30) a venda das ações da Refinaria Isaac Sabbá (REMAN) e seus ativos logísticos correspondentes, localizada em Manaus, no Amazonas, para a empresa Ream, veículo societário de propriedade dos sócios da Atem, pelo valor total de US$ 257,2 milhões.
A cifra reflete o preço de compra de US$ 189,5 milhões, ajustado preliminarmente em função de correção monetária e das variações no capital de giro, dívida líquida e investimentos até o fechamento da transação. O valor recebido na quarta-feira de US$ 228,8 milhões se soma ao montante de US$ 28,4 milhões já pagos na assinatura do contrato de compra e venda. O contrato ainda prevê um ajuste final do preço de aquisição, que será apurado nos próximos meses.
A estatal também informou a conclusão da cessão de 5% de sua participação no Contrato de Partilha de Produção do Volume Excedente da Cessão Onerosa, para o campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, para a parceira CNOOC Petroleum Brasil (CPBL), subsidiária integral indireta da CNOOC Limited. O Termo Aditivo ao Contrato de Partilha de Produção foi assinado hoje pelo Ministério de Minas e Energia, efetivando a transação.
A partir de 01 de dezembro, a Petrobras passará a deter 85% de participação no Contrato de Partilha de Produção do Volume Excedente da Cessão Onerosa do campo de Búzios, enquanto a CPBL deterá 10% e a CNODC, 5%. Já as participações na Jazida Compartilhada de Búzios, incluindo as parcelas do Contrato de Cessão Onerosa e do Contrato de Concessão BS-500 (100% Petrobras), serão de 88,99% da Petrobras, 7,34% da CPBL e 3,67% da CNODC.
Petrobras suspende venda de UTE Canoas
A Petrobras informou que sua Diretoria Executiva aprovou o encerramento do processo competitivo para venda da Usina Termelétrica de Canoas (UTE Canoas).
“Apesar dos esforços envidados nesse processo, não foi possível obter condições comerciais adequadas para a concretização da transação, optando-se pelo seu encerramento”, diz a estatal.
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A Petrobras avaliará seus próximos passos relacionados ao desinvestimento do ativo em questão.
Por fim, a empresa segue reavaliando periodicamente seu portfólio de ativos e reforça o seu compromisso com a ampla transparência dos processos de desinvestimentos e de gestão de seu portfólio e informa que as etapas subsequentes serão divulgadas ao mercado de acordo com a Sistemática para Desinvestimentos da companhia.
Plano de Negócios
A Petrobras divulgou ainda que prevê investir US$ 78 bilhões entre 2023 e 2027, alta de 15% em relação ao plano de negócios plurianual anterior, com o segmento de exploração e produção mantendo o protagonismo ainda que com uma fatia ligeiramente menor, enquanto a área de refino ganhou espaço.
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Em fato relevante divulgado na noite de quarta, a Petrobras ainda manteve a intenção de desinvestir até US$ 20 bilhões no próximo quinquênio, apesar dos apelos do grupo de transição do governo eleito para que as vendas fossem suspensas até a posse de uma nova gestão em 2023.
Embora mais robusto, o novo plano reduziu levemente a fatia destinada a E&P, de 84% no planejamento anterior para 83%, enquanto elevou para 12% o total para refino, gás e energia, versus 10,4% no programa divulgado em 2021.
O total de investimentos previstos em refino e gás natural subiu para 9,2 bilhões de dólares –com cerca de 50% dos recursos aplicados na expansão e aumento da qualidade e eficiência do refino–, enquanto a área de E&P deverá receber 64 bilhões de dólares, com 67% sendo destinados ao pré-sal.
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Petros
A estatal informou ainda que a Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros) aprovou o Plano de Equacionamento do Déficit (PED) do exercício de 2021 do Plano Petros Repactuados (PPSP-R), em virtude de este ter superado o limite legal de tolerância a déficit técnico.
O PED-2021 prevê o equacionamento do valor total do déficit registrado em 2021, de R$ 7,7 bilhões, que será atualizado até dezembro de 2022. Em setembro de 2022, esse valor atualizado pela meta atuarial era de R$ 8,4 bilhões. O déficit deverá ser equacionado paritariamente entre as patrocinadoras (Petrobras, Vibra Energia VBBR3 e Petros) e os participantes e assistidos do PPSP-R.
Sendo assim, caberá à Petrobras um valor total de R$ 3,9 bilhões, em setembro de 2022. O desembolso pelas patrocinadoras será decrescente ao longo da vida do plano, e é estimado, para o primeiro ano, em torno de R$ 300 milhões para a Petrobras.
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(com Reuters e Estadão Conteúdo)