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As ações da Petrobras (PETR4) fecharam com alta de 2,22% nesta quarta-feira (10), cotadas a R$ 39,59, com Jean Paul Prates se “segurando” na cadeira de CEO da companhia.
Segundo a Reuters, citando fonte do governo brasileiro, Prates deve continuar no cargo, “já que a pressão para demiti-lo diminuiu”. “Fica mesmo, ao menos por enquanto”, disse uma fonte do governo brasileiro, que preferiu falar em sigilo.
Na mesma linha, a Bloomberg também informou que Prates segue, por enquanto, com a “batalha interna” do CEO, com o governo (ministros), esfriando.
Baixando a temperatura
Na véspera, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, visto como o pivô da crise que precipitou notícias sobre uma possível saída de Prates, disse que era hora de ‘serenar’ os ânimos”, ao responder perguntas de jornalistas relacionas ao CEO da estatal.
Silveira também disse que cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a definição do presidente-executivo da Petrobras, ao ser questionado sobre o assunto.
Durante todo o pregão desta quarta-feira (10), as ações da Petrobras se mantiveram valorizadas, voltando a rondar a faixa dos R$ 39,73.
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O desempenho da Petrobras contrastou com a queda generalizada do Ibovespa nesta quarta, quando só 5 ativos subiram.
As tensões diminuíram dentro do governo Lula depois que o presidente Lula ponderar substituir Prates por Aloizio Mercadante, chefe do BNDES e e aliado de longa data do presidente da República, disseram fontes à Bloomberg, pedindo anonimato.
Segundo a Bloomberg, a perspectiva de o cargo ir para Mercadante, cofundador do PT, fez com que críticos de Prates, como Silveira, recuassem em sua pressão por um substituto.
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Isso porque, conforme as fontes, sua proximidade com Lula tornaria Mercadante um rival potencial ainda mais forte na definição do papel da Petrobras na política energética e na seleção de representantes do governo para o conselho.
Silveira queria substituir Prates por um aliado próprio, disseram as pessoas próximas às negociações, à Bloomberg.
No mais, Prates também obteve apoio de ex-colegas no Congresso para permanecer no cargo, disse uma terceira fonte à Reuters.
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Dividendos
Agora, investidores aguardam uma decisão em relação ao pagamento de dividendos extraordinários, o que estava “previsto” na “cabeça do mercado”, mas foi barrado por uma ala do governo, causando os atritos internos e derrubando as ações da Petrobras.
Conforme outra fonte, à medida que o atual presidente da Petrobras segue no cargo e enquanto o governo federal precisa de recursos para fechar suas contas, os sinais são de que o conselho da Petrobras possa aprovar a proposta inicial da diretoria de distribuição de 50% do montante possível dos dividendos extraordinários.
“Agora podemos voltar ao que era o mais indicado”, disse uma fonte, à Reuters. Uma assembleia de acionistas da Petrobras está prevista para o próximo dia 25.
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Logo após o conselho decidir reter os dividendos extras, em março, o CEO da Petrobras afirmou à Reuters que uma proposta de distribuição de 50% dos dividendos extraordinários ainda era possível e que o assunto ainda estava à mesa da companhia, podendo ser aprovada na assembleia de acionistas de abril.
Petrobras destoa do Ibovespa
O desempenho das ações da Petrobras destoou – e muito – do Ibovespa, que caiu 1,44%, terminando aos 128 mil pontos.
A queda da Bolsa brasileira aconteceu após dados da inflação americana jogarem para depois do meio do ano, praticamente, a expectativa de corte de juros nos EUA. Isso trouxe um cenário global de aversão ao investimento de risco.
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Ajudou no desempenho da empresa, ainda, a valorização do preço do petróleo, com o tipo Brent, referência para companhia, avançando 1,2%, na faixa dos US$ 90.
(Com Reuters e Bloomberg)