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A Petrobras (PETR3;PETR4) prestou esclarecimentos ao mercado em relação a uma notícia do jornal O Globo sobre o novo Plano de Negócios da companhia para os anos de 2024-2028. Segundo a publicação, que citou fontes, o novo plano será superior a US$ 100 bilhões, maior que atual, de US$ 78 bilhões para o período 2023/2027.
Já a estatal afirmou que o seu Plano Estratégico 2024-2028 (PE 2024-28) está em construção, e ainda seguirá para aprovação da Diretoria Executiva e do Conselho de Administração da companhia.
A notícia chegou no momento em que o conselho da Petrobras vem discutindo sobre mudanças nas regras que envolvem indicações políticas e sobre definições para o novo plano de investimentos, especialmente investimentos em energias renováveis.
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O jornal apontou que haveria desavenças na estatal envolvendo os planos para a petroleira voltar a investir em energia de fontes renováveis e as mudanças propostas no estatuto da empresa, que podem reduzir as exigências para a indicação de cargos na companhia previstas na Lei das Estatais e abrir espaço para nomeações políticas, de acordo com os próprios conselheiros que discordam.
Já de acordo com o destacado pela companhia em comunicado, os elementos estratégicos do PE 2024-28 “visam preparar a Petrobras para um futuro mais sustentável, na busca por uma transição energética justa e segura no país, conciliando o foco atual em óleo e gás com a busca pela diversificação de nosso portfólio em negócios de baixo carbono”.
“A companhia reitera que eventual alteração no seu capex [investimento] seguirá os elementos estratégicos aprovados pelo seu Conselho de Administração, em observância às práticas de governança vigentes, ao compromisso com a geração de valor e à sustentabilidade financeira de longo prazo da Petrobras e deverá, dentro da governança estabelecida na companhia, passar pelos processos de aprovação aplicáveis”, apontou.
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Ao comentar a notícia de O Globo da véspera, o Bradesco BBI apontou que, se o plano realmente contabilizar investimentos superiores a US$ 100 bilhões, as ações podem sofrer, já que o mercado projetava cerca de US$ 90 bilhões.
O Goldman Sachs também apontou esperar até então um investimento da ordem de US$ 90 bilhões. “Como tal, embora permaneçamos positivos sobre o dividend yield [dividendo sobre o preço da ação] a de dois dígitos olhando a atual fórmula de dividendos em 2024 e potencial aumento de dividendos extraordinários, vemos o anúncio do plano estratégico como um risco potencial a curto prazo a ser
monitorados pelos investidores”, avaliam.
A atual política de dividendos da companhia é de destinação de 45% de seu fluxo de caixa livre ao pagamento de proventos. O fluxo de caixa livre é a diferença entre o fluxo de caixa operacional e os investimentos, que foram ajustados em julho deste ano para considerar, além das aquisições de imobilizados e intangíveis, também as aquisições de participações societárias.
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O Goldman segue com recomendação de compra para as ações da Petrobras, ainda vendo o valuation como pouco esticado.
As ações da Petrobras têm registrado queda nesta semana, também seguindo a baixa do petróleo com as preocupações sobre a demanda.
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