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RIO DE JANEIRO (Reuters) – A Petrobras (PETR4) permanece na disputa pela operação do bloco exploratório de petróleo e gás de Mopane, na Namíbia, e deverá buscar toda a fatia de 40% colocada à venda pela portuguesa Galp, disse a diretora de Exploração e Produção da estatal, Sylvia dos Anjos, nesta segunda-feira.
Em julho, a executiva disse à Reuters que a companhia havia feito uma oferta não vinculante no processo de concorrência aberto pela portuguesa.
Segundo ela, entretanto, até agora “não teve avanço” no processo.
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Ela detalhou ainda que o vencedor da oferta deverá ficar com os 40%.
“Operar com menos de 40% é muito ruim… Ela ofereceu a operação, então ninguém opera com menos de 40%”, afirmou Anjos, a jornalistas, durante participação no congresso de petróleo e gás ROG.e.
Mais cedo, o presidente global da francesa TotalEnergies, Patrick Pouyanné, afirmou estar ciente do interesse da Petrobras de explorar fora do Brasil, na bacia do Atlântico, e que está em conversas com a estatal brasileira para possíveis parcerias.
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Questionada, Anjos afirmou que a Petrobras conversa sobre oportunidades com todas as petroleiras, citando a TotalEnergies, além da ExxonMobil e Shell.
Mais cedo neste mês, fontes com conhecimento do assunto disseram à Reuters que a Exxon Mobil desistiu da disputa para comprar metade da participação no bloco que a Galp colocou à venda.
FOZ DO AMAZONAS
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A executiva ponderou mais uma vez que a prioridade da Petrobras é o Brasil e que está empenhada em obter licenças para explorar novas fronteiras, como na Margem Equatorial. Entretanto, frisou que o Brasil e a África têm geologias que se espelham.
“Como nós conhecemos muito bem o Brasil, nós também conhecemos muito bem a África. Então, naturalmente, se a gente vai para algum lugar fora, a África é um bom lugar”, afirmou.
“A Namíbia é o espelho do Brasil, então também está incluído e está tendo descobertas. Assim como tem na Guiana e Suriname, tem também na Namíbia”, adicionou.
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Sobre novas fronteiras no Brasil, a executiva afirmou que está otimista de conseguir licença para perfurar um bloco exploratório na Bacia da Foz do Rio Amazonas, em águas ultraprofundas do Amapá, na área mais ao Norte da Margem Equatorial Brasileira.
“O Ibama fez várias demandas e nós cumprimos todas”, disse a diretora.
Presente no evento, um dos maiores acionistas individuais da Petrobras, Juca Abdalla, assistiu na primeira fila a participação de Anjos em uma mesa, com uma camisa verde da Petrobras, e questionou a diretora ao fim sobre as prespectivas para a perfuração na Foz do Amazonas.
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Aos jornalistas, Anjos afirmou que expressou para ele sua confiança. “Eu falei que a gente vai conseguir”, sem dar previsões de prazo. “Eu estou muito confiante.”
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