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A Petrobras (PETR4; PETR4) anunciou a aquisição de 10% no bloco Deep Western Orange Basin (DWOB), marcando a entrada da companhia no negócio de Exploração & Produção (E&P) na África do Sul. O bloco tem a TotalEnergies como operadora, além de QatarEnergy e Sevigyn Pty como parceiros.
A aquisição faz parte de estratégia da Petrobras para abordar substituição de reservas no longo prazo, de acordo com análise do Morgan Stanley. O banco considera que as descobertas na região tem sido atraentes e, por isso, a aquisição oferece chance de obtenção de inteligência de mercado a um custo baixo.
O argumento é baseado na proximidade do bloco a grande descoberta de petróleo feita na Namíbia em 2022. Mesmo considerando que a exposição atual é de natureza exploratória e que uma potencial descoberta só apresentaria desenvolvimento no futuro, a relação parece de bom risco/retorno para o banco estrangeiro.
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Para o Morgan, a tese de investimento da Petrobras segue centrada na remuneração de acionistas e, para tanto, a uma boa alocação de capital. “Em nossa visão, os fluxos de caixa da Petrobras são muito resilientes, o que nos dá confiança para acreditar no potencial de distribuir US$ 7,0 bilhões em dividendos extraordinários, com pagamentos igualmente divididos no 4T24 e 4T25”, afirmam os acionistas.
No cenário base trabalhado pelo banco estrangeiro, isso se traduz em rendimento de dividendos (ou dividend yield, dividendo frente o preço da ação) de 19% e 15,3% para 2024 e 2025. O banco tem recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) para os ADRs (recibo de ações negociados na Bolsa americana) PBR (equivalentes aos ONs), com preço-alvo de US$ 20.