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Os analistas do Itaú BBA elevaram a recomendação das ações da Petrobras (PETR4) de marketperform (desempenho em linha com a média do mercado, equivalente à neutra) para outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) e o respectivo preço-alvo de PETR4 para R$ 48, conforme relatório enviado a clientes no final do domingo, o que implica uma valorização em torno de 30% em relação à cotação de fechamento de sexta-feira.
Monique Martins Greco Natal e equipe também aumentaram o preço-alvo dos ADRs (recibos de ações negociados nos Estados Unidos) das preferenciais PBR-A a US$ 17,50 (upside de 33%). No encerramento da semana passada, o papel foi negociado a US$ 13,20.
“No geral, acreditamos que a Petrobras oferece uma combinação de fundamentos sólidos e uma governança aprimorada, e esperamos que a empresa não mude drasticamente sua atual estratégia de alocação de capital, concentrando-se no segmento ‘upstream’ no longo prazo, ao mesmo tempo em que oferece forte distribuição de dividendos no curto prazo”, afirmaram os analistas.
Monique e equipe ressaltam as diversas discussões recentes que tiveram com investidores (locais e estrangeiros) a respeito da governança e da estratégia de alocação de capital da empresa, à medida que eles tentam obter uma visão mais clara da capacidade da Petrobras de sustentar altos dividendos no futuro.
Neste sentido, com a aproximação do próximo Plano Estratégico da Petrobras (a ser apresentado em novembro), o banco aproveitou a oportunidade para analisar mais profundamente as potenciais novas oportunidades de investimento que a companhia está buscando em relação à reposição de reservas de petróleo, fertilizantes, novos navios/embarcações e refino, assim como as diferentes estratégias de investimento que a empresa tem seguido ao longo das últimas duas décadas se refletiram nos Planos Estratégicos da companhia ao longo do tempo, além de seu histórico de execução dos planos de investimento anunciados até então.
Em suma, esperam que haja ajustes anuais regulares no plano da empresa, mas o foco permanecerá no crescimento da produção de petróleo e gás, com uma atenção mais clara na necessidade de reposição das reservas de petróleo da empresa.
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O banco vê a ação sendo negociada a 3,0 vezes o valor da empresa em relação ao resultado operacional (EV = valor da firma/Ebitda = lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), 4,3 vezes o preço em relação ao lucro (P/L) e 14% de dividend yield (rendimento de dividendos) para 2025.
“Este potencial pagamento de dividendos previsto para 2025 poderá, no entanto, ser afetado por variações nos preços do petróleo, por alterações no posicionamento dos preços de combustíveis da empresa, pelo ritmo de crescimento da produção de petróleo e, evidentemente, pela execução dos investimentos”, avalia o BBA.
De qualquer modo, o banco vê que, mesmo tendo em conta as eventuais variações nos investimentos do curto prazo e potenciais fusões e aquisições, os rendimentos dos dividendos ordinários da empresa mantêm-se acima da média dos seus pares internacionais.
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(com Reuters)