Petrobras (PETR4) diz que navio-plataforma Marechal Duque de Caxias chegou ao Brasil

Navio segue rumo ao campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos

Estadão Conteúdo

Petrobras. Navio-sonda Valaris DS-17 ancorado para manutenção na Baía de Guanabara (RJ). A Equinor ASA Brasil concedeu à Valaris para seus campos de exploração de petróleo em águas ultraprofundas. Fotógrafo: Dado Galdieri/Bloomberg
Petrobras. Navio-sonda Valaris DS-17 ancorado para manutenção na Baía de Guanabara (RJ). A Equinor ASA Brasil concedeu à Valaris para seus campos de exploração de petróleo em águas ultraprofundas. Fotógrafo: Dado Galdieri/Bloomberg

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A Petrobras informou nesta segunda-feira, 27, que o navio-plataforma Marechal Duque de Caxias chegou hoje ao Brasil, vindo da China e rumo ao campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos. A plataforma, do tipo FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência, da sigla em inglês) tem capacidade para produzir até 180 mil barris de óleo e comprimir até 12 milhões de metros cúbicos de gás, tudo isso diariamente. A unidade entrará em operação no segundo semestre deste ano.

Segundo a estatal, o FPSO saiu do estaleiro em Yantai, na China, em fevereiro deste ano e, em seguida, fez uma parada nas Ilhas Maurício, na África, para troca de tripulação e movimentação de carga. No Brasil, a unidade será instalada no campo de Mero, onde será conectada aos poços e equipamentos submarinos. Antes de iniciar a produção, o FPSO passará pelos procedimentos legais e testes finais dos equipamentos de produção.

Conforme a empresa, o FPSO Marechal Duque de Caxias, afretado junto à MISC, aumentará a capacidade instalada de produção do campo para 590 mil barris diários de petróleo.

Esse sistema de produção prevê a interligação de 15 poços à unidade, 8 produtores de óleo e 7 injetores de água e gás, por meio de uma infraestrutura submarina composta por 80 km de dutos rígidos de produção e injeção, 47 km dutos flexíveis de serviços e 44 Km de umbilicais de controle.

“O FPSO faz parte do 3º sistema de produção definitivo de Mero, no qual a Petrobras pretende implementar, a partir de 2028, a tecnologia HISEP, que fará a separação do óleo e do gás no fundo do oceano, de onde fará a reinjeção do gás rico em CO2, de forma pioneira”, diz. A empresa acrescenta que o FPSO Marechal Duque de Caxias possui outras tecnologias para diminuição de emissões como, por exemplo, a CCUS (Carbon Capture, Utilization and Storage), onde o gás rico em CO2 é reinjetado no reservatório.

A Petrobras é operadora do campo unitizado de Mero, conduzido em consórcio. A Petrobras fetém 38,6%, Shell Brasil (19,3%), TotalEnergies (19,3%), CNOOC (9,65%), CNPC (9,65%) e Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA) (3,5%), como representante da União na área não contratada.

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