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Os momentos antes da divulgação dos resultados – e principalmente, dos dividendos – da (PETR4) foram marcados por tensão.
A demora na divulgação dos resultados e os rumores sobre o não pagamento de dividendos extraordinários fizeram com que os ADRs (American Depositary Receipts, ou ações negociadas na Bolsa de Nova York) PBR (equivalentes ao PETR3) chegassem a cair mais de 13% no after market, por volta das 21h (horário de Brasília).
O papel encerrou a negociação pós-mercado às 22h – antes da divulgação do balanço da Petrobras- com queda de 9,10%, a US$ 15,18. As notícias sobre os proventos foram divulgadas posteriormente, mais precisamente às 22h06, com a companhia adotando a política de pagamento de 45% do seu fluxo de caixa livre, anunciando a proposta do Conselho de pagar R$ 14,2 bilhões e deixando R$ 43,9 bilhões restantes para a reserva de remuneração do capital. Analistas de mercado esperavam pagamentos extraordinários entre US$ 4 bilhões e US$ 9 bilhões para o período.
Além disso, a divisão do Conselho sobre o pagamento dos proventos também deve repercutir entre os investidores nesta sexta.
De acordo com o Valor, a diretoria da Petrobras propôs o pagamento de dividendo extraordinário, sendo metade destinada para a reserva de capital e a outra metade direcionada aos acionistas. No entanto, a proposta não foi aprovada. A reunião também teria evidenciado a divisão no conselho e o isolamento de Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, que também ocupa um assento no colegiado. Dos 11 conselheiros, os cinco ligados ao ministro Alexandre Silveira e Rosângela Buzanelli, representante dos funcionários, votaram contra o pagamento dos dividendos extraordinários. Prates se absteve e os quatro conselheiros minoritários votaram a favor, cita a publicação.