Petrobras (PETR4): BBI eleva preço-alvo, reitera compra e vê retorno total ainda muito elevado

Analistas do banco elevaram preço-alvo de R$ 38 para R$ 48 para ação PN e destacam tese ainda poderosa

Felipe Moreira

Logotipo da Petrobras no prédio da sede da empresa no centro do Rio de Janeiro (Wagner Meier/Getty Images)
Logotipo da Petrobras no prédio da sede da empresa no centro do Rio de Janeiro (Wagner Meier/Getty Images)

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Em relatório, o Bradesco BBI reiterou as ações da Petrobras (PETR4) como uma de suas principais opções no setor de petróleo e gás e elevou o preço-alvo de R$ 38 para R$ 48 por ação PETR4. A recomendação é outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra). Para o BBI, o retorno esperado total ainda é muito elevado.

Os analistas do banco comentam que tese de carry (carregamento) deve seguir poderosa e, além do potencial de valorização de 17% frente a cotação de fechamento da última quarta-feira (14) de R$ 40,99, prevem um dividend yield (dividendo em relação ao preço da ação) de 16% para 2024 e 12% para 2025.

Para o 4T23, o BBI espera que o resultado da estatal (programado para ser publicado em 7 de março)seja forte e leva a US$ 9 bilhões em dividendos (US$ 4 bilhões ordinários e US$ 5 bilhões extraordinários) ou um rendimento de 8% no trimestre.

Segundo o relatório, o valor da escassez deve continuar a ser um aliado poderoso para as ações da Petrobras, uma vez que os investidores dos mercados emergentes ainda não têm outras opções para aplicar capital no setor. .

Por outro lado, o banco destaca que a petrolífera parece ter recentemente captado fluxos internacionais da Saudi Aramco. “Com outra provável oferta secundária este ano para a Aramco, alguns desses fluxos poderão retroceder”, diz.

Com relação aos riscos, o banco comenta que a Petrobras deve manter a sua disciplina de capital em relação a fusões e aquisições e manter o seu plano de US$ 11 bilhões nos próximos 5 anos. Incorporando US$ 5 bilhões em negócios de fusões e aquisições para 2024 e US$ 3 bilhões para 2025, a principal razão pela qual o rendimento de dividendos cai para 12% para este último período.

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O BBI também disse acreditar que alguns investidores podem sair do papel quando se tornar ex-dividendos no 4T23, mas 50% dos acionistas da estatal ouvidos disseram que esperam reinvestir seus dividendos na empresa.

A ação da Petrobras é atualmente negociada a 3,1 vezes o Valor da Firma (EV)/Ebitda, com um desconto de 15% para as principais empresas europeias. Em termos de avaliação, analistas esperam que os investidores continuem focados no rendimento de dividendos, vendo a estatal ainda pagando 16% em média em 2024, contra uma média de 10% para a indústria global. O preço-alvo é derivado de um rendimento de dividendos justo de 12% para 2024.