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A Petrobras (PETR4) divulga seus resultados do terceiro trimestre de 2024 (3T24) nesta quinta-feira (7) após o fechamento do mercado, uma das divulgações comumente mais esperadas também por conta da divulgação dos proventos.
A projeção LSEG de consenso do mercado é de um lucro líquido de R$ 31,17 bilhões no terceiro trimestre, revertendo um prejuízo de R$ 2,6 bilhões no 2T24 e alta de 17% frente o lucro de R$ 26,6 bilhões em relação ao 3T23, ainda que os analistas de mercado não vejam um resultado tão empolgante no período.
A projeção é de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) recorrente de R$ 63,68 bilhões e de receita líquida de cerca de R$ 125 bilhões.
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A XP, espera que o Ebitda ajustado do 3T24 será de US$ 11,1 bilhões, uma queda de 7% em relação ao trimestre anterior, devido a (i) menor preço médio do petróleo Brent de cerca de US$ 80/barril (bbl) (-6,1% em relação ao trimestre anterior); e (ii) produção de petróleo marginalmente menor (-1,3% em relação ao trimestre anterior), proveniente de uma base de comparação já fraca no 2T24.
“O menor Ebitda flui para o resultado final, mas nossa estimativa de lucro líquido de US$ 4,2 bilhões aumenta substancialmente de forma sequencial devido a uma grande provisão para liquidação de impostos e depreciação do real no 2T24”, avalia a casa.
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Também para o Itaú BBA, a estatal deve reportar resultados menos animadores do que nos últimos trimestres, em grande parte explicado pelo preço mais baixo do petróleo. A projeção do banco é de um lucro de US$ 5,57 bilhões, Ebitda de US$ 11,6 bilhões e receita de US$ 22,5 bilhões.
O Bradesco BBI estima Ebitda em US$ 11,15 bilhões (-7% no trimestre), devido a: (i) preços estáveis do diesel e preços ligeiramente mais altos da gasolina; e (ii) produção estável de petróleo bruto no trimestre; compensada por preços mais baixos do Brent (-4% em base anual). Para o resultado final, espera lucro líquido de US$ 6,2 bilhões, já que o trimestre anterior foi profundamente afetado por perdas cambiais relacionadas à depreciação do real.
Um pouco mais pessimista (e 5% abaixo do consenso Bloomberg), o Goldman Sachs espera um Ebitda de US$ 10,8 bilhões para a petroleira.
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Dividendos vem aí – plano de negócios também
Os dividendos da Petrobras são tão ou mais aguardados do que os resultados da companhia.
Na visão da XP, com base na política de proventos da Petrobras, espera dividendos ordinários de cerca de US$ 2,6 bilhões (dividend yield, ou dividendo sobre o preço da ação, trimestral de 2,8%), que corresponderia a R$ 14,74 bilhões, segundo cotação de fechamento de quarta-feira (6).
“No entanto, acreditamos que o yield de dividendos para o trimestre poderia ser substancialmente maiores se a Petrobras anunciar dividendos extraordinários. Embora a empresa não tenha obrigação de fazer tal distribuição, acreditamos que o estágio avançado de planejamento para o próximo plano de negócios permite que a Petrobras tenha maior visibilidade sobre as necessidades futuras de caixa”, avalia a casa. Na opinião dos analistas, a distribuição adicional poderia chegar a até US$ 4 bilhões (R$ 22,7 bilhões, yield adicional de 4,6%), embora a empresa possa optar por ser mais conservadora e reter mais dinheiro em caixa.
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O BBA também espera que o foco dos investidores deva se voltar para a política de dividendos da empresa, que pode oferecer um “dividend yield” de cerca de 6% no trimestre. O BBI espera que US$ 2,2 bilhões em dividendos (R$ 12,5 bilhões) sejam anunciados de acordo com a fórmula de pagamento.
O Goldman Sachs espera que a empresa anuncie uma remuneração ordinária aos acionistas de US$ 2,2 bilhões (R$ 12,5 bilhões, rendimento de 2,5%) juntamente com os resultados do 3T (100% dos quais provavelmente serão por meio de dividendos, já que nenhuma recompra foi concluída no 3T);
Os analistas do banco também revisitaram recentemente a estimativa de potenciais dividendos extraordinários que a Petrobras poderia distribuir até o final do ano. No geral, estima a distribuição potencial de US$ 4 bilhões (R$ 22,7 bilhões) em dividendos extraordinários no 4T24 (para um rendimento de dividendos adicional implícito de cerca de 4,4%).
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Esse é o ponto médio de dois cenários. O primeiro, pessimista, é de US$ 2 bilhões em dividendos extraordinários. Este cenário pressupõe que a companhia mantenha uma posição de caixa estável em torno de US$ 13 bilhões ao longo dos próximos meses, um nível semelhante ao que a empresa relatou no 2T.
O segundo caso é o otimista, de US$ 6 bilhões em dividendos extraordinários. Sob esta abordagem, assume que a administração reduziria a posição de caixa para o nível mínimo de US$ 8 bilhões até o final do ano. Como tal, este valor poderia ser visto como um teto do potencial dividendo extraordinário que a empresa poderia anunciar.
“Acreditamos que o anúncio de dividendos extraordinários poderia ocorrer junto com os lucros do 3T ou junto com o lançamento do próximo plano estratégico da Petrobras”, avalia o Goldman.
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O banco lembra que a Petrobras reconheceu, durante a teleconferência do 2T, que a decisão sobre a distribuição potencial de dividendos extraordinários deva ser avaliada à luz do desenvolvimento do próximo plano estratégico, previsto para ser anunciado em 21 de novembro. Esse é o próximo grande evento da estatal que o investidor acompanhará de perto – e há a expectativa de parte do mercado de que ele seja favorável aos dividendos.