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As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) tiveram forte na B3 com duas notícias impulsionando a companhia estatal. Nesta quinta-feira (25), os ativos ON subiram 4,64%, a R$ 41,06, enquanto os papéis PETR4 avançaram 3,70%, a R$ 39,28.
Os preços do petróleo subiram nesta quinta, uma vez que as expectativas de demanda aumentaram devido ao forte crescimento econômico dos EUA (com o PIB acima do esperado) e medidas de estímulo na China, enquanto a oferta diminui devido à queda dos estoques de petróleo bruto devido às tempestades de inverno.
As tensões geopolíticas no Oriente Médio e a perturbação do transporte marítimo no corredor do Mar Vermelho permaneceram em foco.
Os futuros do petróleo Brent fecharam em alta de 2,99%, a US$ 82,43 o barril. O petróleo West Texas Intermediate dos Estados Unidos ganhou 3,02%, a US$ 77,36.
“Estamos finalmente a ver os mercados de energia acordarem para a possibilidade distinta de que estas perturbações na cadeia de abastecimento ainda durarão meses”, disse Joshua Mahony, analista-chefe de mercado da Scope Markets.
“A perspectiva de uma solução militar para garantir uma passagem segura parece improvável”, acrescentou.
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Ainda em destaque, a Petrobras teve a recomendação reforçada e o preço-alvo de seus ativos elevados pelo BTG Pactual.
O preço-alvo aumentou US$ 3, para US$ 19 por ADR (recibo de ações negociado na Bolsa de Nova York) e R$ 8 para R$ 47 por ação ON e PN. Os analistas continuam defendendo que não haja diferença de avaliação entre as ações preferenciais e ordinárias. “Desta forma, reiteramos a nossa recomendação de compra e prevemos um retorno para o acionista de 51% nos próximos 12 meses para as ações PN e de 47% para as ONs”, afirmam os analistas.
O banco, contudo, incorporou uma postura mais cautelosa nos preços do petróleo no curto prazo (US$ 75 o barril do brent versus anterior de US$ 80), bem como novas curvas de capex e de produção de petróleo.
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A projeção de lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) para a empresa foi reduzida em 5% em 2024, à medida que os menores preços do petróleo mais do que compensaram a maior produção. “Isto ainda suporta uma geração sólida de fluxo de caixa em 2024, uma vez que esperamos que os investimentos totais atinjam US$ 16,7 bilhões, 10% abaixo da projeção oficial da empresa e -8% em relação à nossa estimativa anterior”, afirma.
O banco segue vendo que a ação continua a oferecer uma combinação atraente de múltiplos baratos e potencial de reavaliação. “Acreditamos que o pragmatismo prevalecerá, permitindo que a Petrobras gere resultados sólidos e pague dividendos substanciais, um ‘vento favorável’ importante para as necessidades do governo”, avalia.
Os preços do diesel da Petrobras ficaram, em média, em linha com a paridade de importação em 2023, lembra o banco, enquanto a gasolina ficou 14% abaixo (provavelmente devido à menor dependência do Brasil das importações deste último).
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“Esta tendência continuará, em nossa opinião, suportando dividendos de US$ 3,6 bilhões e US$ 12,2 bilhões para o 4T23 e 2024, respectivamente, com base na política de remuneração aos acionistas da estatal (45% do fluxo de caixa menos capex), ou um rendimento de dividendos de 16% no próximo cinco resultados trimestrais”, avalia.
(com Reuters)