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As ações da Petrobras (PETR3;PETR4), que já registravam ganhos durante a sessão desta segunda-feira (18), intensificaram ainda mais a alta após a companhia divulgar por volta das 14h40 (horário de Brasília) alguns detalhes do Plano Estratégico 2025-2029 da companhia, com destaque para a proposta sobre dividendos. Os ativos chegaram a subir quase 3%, mas amenizaram e PETR3 fecharam com ganhos de 2,57% (R$ 41,55) e os PETR4 tiveram ganhos de 2,50% (R$ 38,20). A alta do petróleo também guiou o avanço das ações.
O plano foi deliberado pela diretoria e ainda precisa ser aprovados pelo conselho de administração da petroleira. A reunião do colegiado está prevista para a próxima quinta-feira.
A diretoria executiva propôs investimentos de US$ 111 bilhões pela companhia entre 2025 e 2029, montante que representaria uma alta de cerca de 9% na comparação com o programa anterior, de acordo com fato relevante.
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O Goldman Sachs aponta que, como observado anteriormente pelo banco, embora os investimentos totais previstos no próximo plano estratégico (ou capex) possam ser maiores em relação ao plano de negócios atual, será importante entender a parcela de investimentos alocada em projetos em avaliação no novo plano (em comparação com investimentos em implementação, que são mais certos).
A alta indicada no programa de investimentos da Petrobras deve ficar abaixo da estimativa de crescimento do programa plurianual aprovado no ano passado, que havia apontado um aumento de mais de 30%, considerando projetos em implantação (US$ 91 bilhões) e em avaliação (US$ 11 bilhões).
O Morgan Stanley avalia que os investimentos totais estão em linha com as estimativas dos investidores e artigos recentes da imprensa e vê os investimentos-caixa abaixo desse nível. “Enquanto esperamos por mais detalhes do plano, suspeitamos que o aumento ante o plano anterior de US$ 102 bilhões seja principalmente motivado pela inflação”, avalia.
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Sobre a projeção de dividendos ordinários, a empresa disse que ficarão em faixa que começa em US$ 45 bilhões e flexibilidade para pagamentos extraordinários de até US$ 10 bilhões no período do plano.
No plano anterior para o período de 2024-2028, a Petrobras previu montantes entre US$ 45 bilhões e US$ 55 bilhões para a remuneração de acionistas, incluindo dividendos tradicionais, extraordinários e recompras de ações.
Para o Goldman Sachs, o aumento de US$ 5 bilhões no piso da faixa de dividendos ordinários pode ser um sinal positivo para o mercado (potencialmente implicando em geração de caixa melhor do que a esperada para o próximo ciclo). “Aguardaremos a revelação completa do próximo plano estratégico da Petrobras (esperado para 21 de novembro, após o fechamento do mercado) para avaliar melhor as implicações do novo plano de negócios da estatal”, avalia o banco, que tem compra para as ações.
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O Morgan também ressalta a faixa de dividendos-base começando em US$ 45 bilhões e ficando acima da faixa superior do plano de 2024–28, com potenciais dividendos extraordinários de até US$ 10 bilhões (versus US$ 5–10 bilhões no plano anterior).
O banco segue vendo o caso de investimento da Petrobras centrado na remuneração aos acionistas, que – para o bem ou para o mal – está diretamente ligada à alocação de capital. “Em nossa visão, os fluxos de caixa são muito resilientes e nos dão confiança para acreditar em um potencial de distribuir US$ 7,0 bilhões em dividendos extraordinários, com pagamentos divididos igualmente no 4T24 e 4T25. Em nosso caso base, isso dá suporte a um rendimento de dividendos atraente de 20,2% e 15,3% para 2024 e 2025, respectivamente”, avalia.