Canadense compra controle da Biotoscana por R$ 595 mi; Petrobras negocia consórcio para leilão de pré-sal e mais

Confira os destaques da B3 na sessão desta segunda-feira (21)

Equipe InfoMoney

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No Radar InfoMoney desta segunda-feira destaque para a compra do Ibmec pela Yduqs, antiga Estácio, sobre as investigações envolvendo executivos da Vale em relação à tragédia de Brumadinho e à Petrobras que negocia com parceiros potencial consórcio para fazer ofertas por blocos em leilão do pré-sal.

Biotoscana (GBIO33)

O grupo farmacêutico Biotoscana vendeu o seu controle à farmacêutica canadense Knight Therapeutics. Pelas 48,146 milhões de ações ordinárias e 6,202 milhões de BDRs, que totalizam 51,21% do capital social do grupo, serão pagos R$ 595,662 milhões –sendo R$ 10,96 por ação ou BDR.

“A Alienação de Controle está sujeita a determinadas condições precedentes usuais neste tipo de operação, e não haverá submissão ao CADE- Conselho Administrativo de Defesa Econômica”, traz o fato relevante.

A empresa acrescenta que, em decorrência do fechamento da alienação de controle, a adquirente deverá realizar oferta pública de aquisição das ações e BDRs remanescentes.

A Knight Therapeutics, com sede em Montreal, no Canadá e listada na bolsa de Toronto, é focada no licenciamento de produtos farmacêuticos inovadores no Canadá e em mercados internacionais selecionados.

Yduqs (YDUQ3)

A Yduqs, antiga Estácio, fechou a compra da participação da Adtalem Brasil Holding, décimo maior grupo de ensino privado do País, com 102 mil alunos matriculados, 20 campi e mais de 180 polos de EAD – detentora das marcas Ibmec, Wyden, Damásio Educacional, SJT Med e Clio. A transação consiste na compra de 100% das ações da Adtalem pelo valor de R$ 1,92 bilhão, acrescido da posição líquida pro forma do caixa da Adtalem de R$305 milhões.

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“O pagamento do valor total será realizado à vista na data de fechamento. O valor da Transação contempla um mecanismo de locked-box em que todo o caixa gerado pelas operações da Adtalem entre 30 de junho de 2019 até a data fechamento permanecerá no caixa da companhia adquirida. O preço da transação será pago com recursos próprios e financiamentos”, afirmou a Yduqy, em fato relevante publicado nesta madrugada.

Vale (VALE3)

A polícia do Brasil acredita que graduados executivos e gerentes da Vale deliberadamente se protegeram de informações que poderiam incriminá-los sobre o estado de uma barragem da empresa que ruiu em janeiro, a fim de evitar problemas, segundo uma cópia de um inquérito policial obtido pelo Wall Street Journal.

Estudos conduziram por consultores da própria Vale nos 12 meses anteriores ao desastre em Brumadinho, que matou 270 pessoas, mostraram que a estrutura era frágil e eventualmente poderia entrar em colapso, afirma a Polícia Federal em relatório de 215 páginas.

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O colapso da barragem em Brumadinho foi o episódio do tipo mais mortífero em mais de um século. O relatório serviu como base das primeiras acusações criminais relacionadas à catástrofe, apresentadas no mês passado contra funcionários da Vale e de sua auditora alemã, a TÜV SÜD. O grosso do relatório, que não foi publicado, detalha a evidência por trás dessas acusações, mas uma de suas conclusões trata do que a polícia diz ser a culpabilidade por parte da gerência da Vale.

A polícia afirmou em relatório que os principais chefes da Vale “fechavam seus olhos para estudos comissionados pela própria companhia, preferindo seguir ignorantes para que, num momento como este, eles pudessem alegar ignorância como sua defesa”. O relatório não fornece evidência para apoiar a acusação. Não foram apresentadas acusações oficiais contra os principais executivos da Vale.

A Vale afirmou que seus principais executivos nunca tinham tido conhecimento ou recebido qualquer indicação de um risco crítico ou iminente para a estabilidade da represa. Todos os engenheiros geotécnicos da companhia e inspetores externos consideraram a barragem segura, afirmou um porta-voz da mineradora.

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Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras negocia atualmente com parceiros um potencial consórcio para fazer ofertas por blocos em leilão do pré-sal, afirmou o executivo-chefe da companhia, Roberto Castello Branco. Ele, contudo, não quis dar mais detalhes sobre essas conversas.

Castello Branco disse que o leilão do governo do Brasil no próximo mês de blocos do pré-sal é fundamental para os planos de crescimento de sua empresa. Muitas das maiores petroleiras do mundo, entre elas ExxonMobil, Royal Dutch Shell e BP, além da própria Petrobras, estão registradas para participar da disputa, marcada para 6 de novembro.

A petroleira brasileira tem vendido campos menos rentáveis e que não estão entre os cruciais para ela, além de outras operações, para se concentrar na produção. A companhia precisa investir em novos campos para reforçar suas reservas e elevar a produção nos próximos anos, disse Castello Branco. “Nós precisamos acrescentar reservas para crescer”, comentou, acrescentando que os leilões são uma oportunidade única para comprar ativos de alta qualidade.

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A Petrobras informou, no âmbito de seu processo contínuo de avaliação de contingências, que provisionará R$ 3,2 bilhões em decorrência de litígios envolvendo a empresa Sete Brasil; a processo ambiental do Estado do Paraná; e a litígios sobre participação especial e royalties envolvendo a ANP.

“O efeito decorrente desses provisionamentos será reconhecido no resultado consolidado da Petrobras do terceiro trimestre de 2019”, diz a empresa, acrescentando que as informações referentes a essas contingências estão apresentadas nas demonstrações financeiras do quarto trimestre de 2018.

O Itaú BBA, em relatório de análise da Petrobras, manteve a recomendação de outperform, mas com novos preços-alvos para o ano de 2020 de R$ 38 para PETR4 e de US$ 18,0 para PBR-A.

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GPA (PCAR4)

O Grupo Pão de Açúcar informou, por meio de fato relevante, que sua controlada Sendas Distribuidora publicou na Colômbia o primeiro aviso de oferta pública de aquisição (OPA) de até 100% das ações de emissão do Almacenes Éxito S.A.. Após a liquidação da OPA, o GPA iniciará os procedimentos de migração para o Novo Mercado da B3. O preço da OPA será de 18.000 pesos colombianos por ação.

São Martinho (SMTO3)

A São Martinho vendeu 177 GWh no leilão de energia nova A-6, realizado nesta sexta pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A companhia havia cadastrado aproximadamente 210 GWh para venda no certame. O preço da venda ficou em R$ 206/MWh, com reajuste anual pelo IPCA. O contrato terá prazo de 25 anos a partir de 1º de janeiro de 2025.

O investimento da São Martinho será de R$ 320,5 milhões, a ser realizado nos próximos anos, principalmente para aquisição de caldeira, novo gerador e ajustes nas instalações atuais, com o início da operação previsto para abril de 2023. Segundo a companhia, o volume vendido no leilão representa um crescimento de cerca de 20% na cogeração de energia.

Eletrobras (ELET3;ELET6)

A Eletrobras afirmou “contribuiu e continua a contribuir, de forma proativa e constante, em diversas frentes”, em resposta às notícias divulgadas a respeito das investigações conduzidas e concluídas pelo escritório Hogan Lovells, no âmbito da operação “Lava Jato.

A empresa informou que forneceu informações irrestritas a todas as autoridades interessadas tais como AGU – Advocacia Geral da União, CGU – Controladoria Geral da União, MPF – Ministério Público Federal, CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica e TCU – Tribunal de Contas da União, em todas as ocasiões em que foi demandada.

“Conforme já informado em outras oportunidades, a Companhia adotou as medidas necessárias, afastando os ex-executivos envolvidos em atos de corrupção, suspendendo contratos considerados irregulares e adotando diversas medidas de conformidade, a partir dos resultados da investigação”, afirmou.

Por fim, a Eletrobras afirma que continua acompanhando as ações em curso da Operação Lava Jato, inclusive como assistente de acusação em determinadas ações criminais de forma a avaliar se deve adotar alguma medida adicional.

“Esclarecemos que os relatórios produzidos no âmbito da investigação independente que teve curso na Eletrobras ainda se encontram classificados como confidenciais, com acesso restrito a um número extremamente reduzido de destinatários.

Esta classificação de sigilo, diz a elétrica, até esta data, ainda está sendo discutida no Tribunal de Contas, no âmbito da TC 024876/17-8, “não havendo decisão definitiva a respeito, sendo, portanto, inverídica as informações em sentido contrário divulgadas pela mídia”.

 JBS (JBSS3)

A JBS foi incluída na lista de compras do Itaú BBA, com base em expectativas de impulso para o setor de proteína e melhor dinâmica para as operações da empresa nos EUA, além de uma recente queda no preço das ações, segundo relatório.

A JBS, em resposta a ofício da CVM, esclareceu que, desde o final de 2016, vem analisando potencial listagem na bolsa americana, no contexto de estratégia empresarial mais ampla para criar valor para seus acionistas. O documento foi uma resposta da empresa a respeito de notícia do jornal Valor Econômico de que a empresa pretende abrir o capital nos EUA.

Segundo a JBS, a análise de potencial listagem nos EUA implica a realização de estudos internos a respeito de possíveis estruturas jurídicas e negociais para a operação, bem como o acompanhamento das janelas de mercado. “Os referidos trabalhos estão em curso e contemplam a análise de diferentes opções quanto ao desenho jurídico, o momento e até mesmo a efetiva realização da potencial listagem”, destaca.

Randon (RAPT4)

A Randon foi substituída da lista de compras do Itaú BBA, após uma valorização de 14,3%. Hoje, a empresa informou prévia operacional, apontando uma alta de 44,7%, a R$ 441,4 milhões em sua receita líquida de setembro. No acumulado do ano, a receita consolidada sobe 24,8%, a R$ 3,807 bilhões.

Natura (NATU3)

A Natura Cosméticos & Holding informaram que tomaram conhecimento do ajuizamento de ações em cortes federais dos Estados Unidos da América por supostos acionistas da Avon Products contestando a divulgação feita em conexão com a transação envolvendo a combinação de negócios entre as empresa.

“As companhias acreditam que as ações ajuizadas não possuem mérito. Embora não possam prever o resultado de tais ações, as companhias não esperam que nenhuma delas seja relevante. É possível que o ajuizamento de ações adicionais similares ou que as ações acima sejam aditadas. Caso isto ocorra, as companhias não pretendem emitir comentário sobre toda e qualquer nova ação que vier a ser ajuizada ou aditada”, diz o comunicado.

B3 (B3SA3)

A B3 informou que recebeu auto de infração da Receita Federal do Brasil questionando a amortização, para fins fiscais, nos exercícios de 2014, 2015 e 2016, do ágio gerado quando da incorporação de ações da Bovespa Holding S.A. em maio de 2008, no valor de R$ 3,086 bilhões, a título de IRPJ e R$ 1,119 bilhão a título de CSLL, incluindo, em ambos os casos, multas e juros.

Segundo a empresa, o auto de infração encontra-se fundamentado, em síntese, em uma suposta diminuição indevida das bases de cálculo dos referidos tributos por força do valor atribuído ao Ágio. “A B3 apresentará impugnação ao referido auto de infração no prazo regulamentar e reafirma seu entendimento de que o Ágio foi constituído regularmente, em estrita conformidade com a legislação fiscal”, esclareceu

Por fim, a B3 ressalta que continuará a amortizar, para fins fiscais, ágio gerado em outras transações, na forma da legislação vigente.

Enel

A Enel Brasil fará uma oferta pública para aquisição de até 8,133 milhões de ações ordinárias de emissão da Eletropaulo, correspondentes a 4,056% do capital social total da companhia. O preço por ação da oferta será de R$ 45,22 e o leilão será realizado na B3, às 15h00, do dia 21 de novembro.

Neoenergia (NEOE3)

A Neoenergia divulgou lucro atribuído aos acionistas controladores de R$ 599,4 milhões no terceiro trimestre deste ano, representando uma expansão de 19,7% sobre o mesmo período do ano passado.

O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 1,506 bilhão, uma alta de 15%. A receita operacional líquida recuou 0,3%, a R$ 6,915 bilhões.

O mercado das distribuidoras no terceiro trimestre atingiu o patamar de 14.010 GWh, alta de 1,9% na comparação com o mesmo período do ano passado

A alavancagem da companhia, medida pela dívida líquida/Ebitda, ficou em 3,33 vezes, ante 3,49 vezes do encerramento do ano passado.

(Com Agência Estado, Agência Brasil e Bloomberg)

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