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SÃO PAULO – O noticiário segue movimentado nesta sexta-feira (22). Nos destaques, a Petrobras (PETR3; PETR4) já teria escolhido os ativos que colocará à venda para melhorar o caixa e diminuir seu endividamento. A ideia é vender a participações minoritárias de algumas subsidiárias, como a BR Distribuidora e a Gaspetro, e de seu parque de geradoras de energia térmica, informou o Valor. Segundo o jornal, a estatal quer também alienar fatias em alguns blocos do pré-sal.
Ainda no radar, a plataforma P-56 da Petrobras ficou paralisada ontem até as 14h, por causa de uma explosão de um disjuntor em um painel elétrico, segundo o Sindicato do Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), em texto publicado no site da Federação Única dos Petroleiros (FUP). Dois trabalhadores ficaram feridos. Houve um princípio de incêndio e a geração de energia foi suspensa com o acidente.
Além disso, de acordo com documentos enviados à Polícia Federal pelo principado de Mônaco, os ex-diretores da Petrobras, Renato Duque e Jorge Zelada, controlavam contas no país por meio de empresas situadas no Panamá. Segundo as informações publicadas na Folha de S. Paulo, há fichas de abertura de contas com a assinatura dos dois executivos, cópias de passaportes e até uma conta de luz no endereço de Zelada.
Vale (VALE3; VALE5)
A Vale anunciou ontem que reelegeu sua diretoria executiva com Murilo Ferreira como diretor-presidente da empresa pelo período de dois anos, a partir de 26 de maio. Também foi reeleito Luciano Siani Pires, como diretor financeiro, acumulando a função de relações com investidores.
Pode refletir no pregão de hoje também a disparada do preço do minério de ferro na China, que saltou 4% nesta sexta-feira, mas fechou a semana em queda de 1,8%, a mais acentuada desde o começo de abril. Com a alta, os ADRs (American Depositary Receipts) da mineradora, negociados em Nova York, sobe 1,05% no pré-market, a US$ 6,72. A disponibilidade limitada nos estoques portuários e um movimento de recomposição de estoques pelas siderúrgicas levaram a ganhos de mais de 20% nos preços desde abril, mas o posterior aumento da oferta e a fraca demanda por aço continuam a pressionar a cotações.
Bancos
Atenção redobrada hoje para as ações dos bancos, que vinham caindo nos últimos quatro dias diante da possibilidade de aumento de impostos, que foi oficializada hoje pelo governo. Como esperado, a equipe econômica resolveu elevar a CSLL (Contribuição Social do Lucro Líquido) de instituições financeiras de 15% para 20%, em mais uma medida para melhorar as contas públicas. O último aumento da CSLL ocorreu em 2008, no 2º mandado do presidente Lula, ocasião em que a econômica brasileira também passava por um cenário preocupante na área da política monetária. Na ocasião, a alíquota subiu de 9% para os atuais 15%. A notícia deve pressionar novamente papéis do Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC3; BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3).
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Eletrobras (ELET3; ELET6)
A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou o rating em moeda estrangeira da Eletrobras para “Ba1”, ante “Baa3”, retirando da estatal brasileira o grau de investimento. A Moody’s, que colocou o rating sob revisão para possível novo rebaixamento, disse que as métricas de crédito da Eletrobras não eram condizentes com o grau de investimento, mesmo após a melhora financeira registrada no primeiro trimestre.
Além disso, a companhia disse que o laudo à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) certifica R$ 10,7 bilhões em indenizações. A companhia apresentou ontem à agência reguladora laudo de avaliação dos ativos de transmissão de energia elétrica existentes em 31 de maio de 2000. O valor está sujeito à aprovação pela Aneel em até 150 dias.
Elétricas
Ontem, as ações das elétricas desabaram na Bolsa, com a Cemig (CMIG4, R$ 14,40, -5,70%) aparecendo como a maior queda do Ibovespa, após a Aneel rejeitar pedido feito pelos representantes de hidrelétricas de todo o País para que a conta de luz dos consumidores passasse a incluir custos pela frustração de energia não entregue por essas usinas, tecnicamente chamado de risco hidrológico. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) diz que hidrelétricas de todo País terão que arcar com rombo de R$ 13 bilhões
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JBS (JBSS3)
O jornal Valor Econômico informou que a Vara de Justiça do Trabalho de Iturama, no Estado de Minas Gerais, determinou que a JBS regularize em até 48 horas o cumprimento das paradas térmicas dos trabalhadores do frigorífico de bovinos que a companhia possui no município mineiro. O não cumprimento implica multa diária de R$ 10 mil, afirmou a publicação.
CSN (CSNA3)
A CSN pediu à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) revisão do caso Ternium-Usiminas (USIM5) na tentativa de provar que a entrada do grupo italiano Ternium-Techint no capital da siderúrgica mineira resultou em mudança de controle, informou o Valor. A companhia vai utilizar agora dados da sua mais recente derrota, no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), para reforçar a argumentação nos próximos passos da disputa.
Inepar (INEP4)
A Inepar informou hoje ao mercado e seus acionistas que o juiz da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca da Capital de São Paulo homologou o Plano de Recuperação Judicial que foi apresentado, em conjunto, pelas empresas: Inepar Indústria e Construções; Inepar Administração e Participações; IESA – Projetos, Equipamentos e Montagens; IESA Óleo e Gás; IESA Transportes; SADEFEM Equipamentos e Montagens e TT Brasil Estruturas Metálicas. A companhia disponibilizou a decisão e o Plano em seu site e disse que vai manter seus acionistas e o mercado como um todo informados sobre o futuro do processo.
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Brasil Pharma (BPHA3)
A Fitch Ratings rebaixou ontem, o rating da Brasil Pharma de “BBB-(bra)” para “BB(bra)”. A agência ainda deixou a nota em observação negativa. Essa observação negativa da agência de ratings reflete o desequilíbrio nas estruturas de liquidez e capital da rede de farmácias. A Fitch afirmou ter incertezas em relação às condições finais da restruturação e equalização da estrutura de capital da companhia. Incapaz de retomar uma geração de caixa positiva, em contraste com o resto da indústria, a companhia chegou a apresentar alguns avanços operacionais nos últimos trimestres, resultantes de uma melhoria na estruturação de custos, mas nada suficiente para colocar as operações em patamares rentáveis.
Sul América
A seguradora Sul América (SULA11) informou ter fechado acordo para venda da Sul América Companhia de Seguros Gerais (SASG), unidade que opera exclusivamente ramo de seguro DPVAT, para a Axa Corporate Solutions Brasil. A venda também incluirá a carteira de grandes riscos do segmento de ramos elementares do conglomerado Sul América, após reorganização societária, segundo fato relevante divulgado durante a madrugada. A operação tem valor total de 135 milhões de reais, sujeito a ajustes conforme a variação patrimonial da carteira e da SASG até o fechamento do negócio.
BicBanco (BICB4)
A GF Gestão de Recursos reduziu sua participação para 4,95% das ações preferenciais do BicBanco.
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Copasa (CSMG3)
A Copasa aprovou mudança em nível de endividamento para este ano. Com as novas regras, o endividamento líquido consolidado pode chegar até 4 vezes o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), no máximo. Além disso, as exibilidadestotais podem chegar a até 1,2 vez o patrimônio líquido e o Ebitda deve ser, no mínimo, 1,2 vez o serviço da dívida. Lembrando que o índice de alavancagem atual, medido pela dívida líquida/Ebitda, é de 3,06 vezes.
Fibria (FIBR3)
A Gávea Investimentos alienou ações que detinha na Fibria e agora possui 4,62% do total.
Weg (WEGE3)
Segundo informações do Valor, a Weg, fabricante de motores elétricos e equipamentos para automação industrial, geração, transmissão e distribuição de energia, mira a China para triplicar vendas até 2020.
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IPO da Infraero
A Infraero trabalha atualmente com três desenhos para uma futura abertura de capital da estatal, afirmou o presidente da companhia, Gustavo do Vale, nesta quinta-feira. A abertura de capital, dentro de um processo de oferta inicial de ações (IPO), faz parte da restruturação da Infraero, que teve como ponto de partida as concessões dos aeroportos de Brasília, Guarulhos (SP), Viracopos (SP), Galeão (RJ), Confins (MG) e São Gonçalo do Amarante (RN) à iniciativa privada.
“O IPO é uma das possibilidades (para a reestruturação) e estou otimista com ele. O governo trabalha nessa nova reestruturação da Infraero após as concessões” disse do Vale à Reuters. “Ainda não definimos que tipo de IPO vai ser feito”, acrescentou.
Segundo o presidente da estatal, as possibilidades são “IPO da empresa que é proprietária dos 49% que ela tem em cada aeroporto e aí você pode pensar em abrir o capital dos aeroportos separados ou juntos”. “Você pode pensar na abertura de capital da empresa que é dona de outros aeroportos ou de um conjunto de aeroportos. É por aí”, acrescentou.
Com Reuters