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O governo considerou como cenário provável a distribuição de 100% dos dividendos extraordinários da Petrobras ao atualizar sua projeção oficial para as contas públicas deste ano, disse nesta quarta-feira (22) o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron. De acordo com o secretário, dos cerca de R$ 14 bilhões a mais projetados para este ano pela equipe econômica para receitas com dividendos em seu relatório bimestral de avaliação fiscal, R$ 13 bilhões dizem respeito a pagamentos que seriam feitos pela Petrobras.
A previsão do recolhimento integral de dividendos extraordinários se dá a despeito da troca recente de CEO da estatal em meio a pressão do governo por maiores investimentos por parte da empresa e após polêmica em torno da distribuição de dividendos extraordinários.
“Nós consideramos como cenário provável a distribuição dos 100% dos dividendos extraordinários da Petrobras”, disse Ceron a jornalistas.
“Caso seja observado algum ajuste em função da não materialização, a gente faz isso conforme o fato novo ocorrer, mas neste momento o nosso entendimento é que o cenário provável é a distribuição dos recursos”, acrescentou.
A Petrobras anunciou em abril a remuneração a seus acionistas de R$ 21,9 bilhões em dividendos extraordinários, equivalente a 50% dos repasses possíveis do exercício de 2023, após ter inicialmente retido essa distribuição, surpreendendo o mercado.
A metade não distribuída dos dividendos extraordinários possíveis ficou em uma reserva estatutária da empresa, e poderia ser distribuída até o final do ano, conforme proposta do governo em assembleia da companhia.
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Em 14 de maio, foi anunciada a troca do comando da estatal, com a saída do então presidente Jean Paul Prates e a indicação de Magda Chambriard, ex-diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), como substituta.