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Na última quinta-feira (3), a Petrobras anunciou uma descoberta de uma reserva de gás com volumes relevantes na Colômbia.
A Petrobras prevê que o projeto de gás marítimo Sirius, na Colômbia, poderá ter uma produção de 13,3 milhões de metros cúbicos por dia (m³/dia) ao longo de 10 anos, disse o gerente-geral de exploração da companhia , Rogério Soares, durante uma apresentação em uma conferência do setor na véspera.
“A concepção inicial do Sirius… prevê o primeiro gás offshore entre 2029 e 2030, com quatro poços produtores e uma produção esperada de 13,3 milhões de metros cúbicos por dia durante 10 anos”, disse Soares, durante participação no fórum da Associação Colombiana de Petróleo (ACP), em Cartagena.
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A área deverá contar ainda com um gasoduto de 117 quilômetros, segundo a apresentação.
O projeto de Sirius, anteriormente conhecido como Uchuva, é operado pela Petrobras, com 44,44% de participação, em parceria com a Ecopetrol, e tem mais de 6 trilhões de pés cúbicos de gás “in place”, disse Soares.
O investimento total no ativo será de cerca de US$ 5 bilhões, acrescentou Soares, sendo aproximadamente US$ 2 bilhões em exploração e cerca de US$ 3 bilhões em desenvolvimento da produção.
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“Sirius sozinho representa a maior descoberta feita na costa da Colômbia e tem o potencial de dobrar as reservas em todo o país”, afirmou o executivo.
Uma fase complementar, que poderia começar em 2031 e inclui o desenvolvimento planejado anteriormente de mais um ou dois outros poços, poderia ter um fluxo de gás de 15 milhões de metros cúbicos por dia, desde o primeiro gás, acrescentou.
A título de comparação, esse volume representa cerca de 10% da produção atual brasileira.
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Em comunicado posterior, após o fechamento do mercado, a Petrobras destacou que o potencial de gás nas descobertas localizadas na Bacia de Guajira Offshore, na Colômbia, é de cerca de 6 Tcf (trilhão de pés cúbicos) in place (VGIP), “confirmando a magnitude das descobertas realizadas na área e a sua importância para o mercado de gás colombiano”.
Na avaliação da Genial Investimentos, o evento é positivo para a Petrobras e demonstra a importância da empresa seguir com seu foco no segmento de E&P (Exploração e Produção).
“É importante mencionar que ainda é difícil avaliar o impacto econômico da descoberta pelo fato dela ainda precisar ter a sua viabilidade provada e, se tudo der certo, estamos falando de um projeto com impactos apenas a partir de 2030 – o que não retira de forma alguma o brilho da descoberta”, avalia a casa de research.
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Cauteloso, o Bradesco BBI também ressalta que, embora grandes, as descobertas de gás podem ser difíceis de monetizar, dada a infraestrutura necessária para comercializar o gás. “A Colômbia é um mercado pequeno e, portanto, a escala para dar suporte à infraestrutura é questionável, enquanto a exportação também pode ser bem cara. Qualquer monetização aconteceria em um prazo muito longo e, portanto, não esperamos que as ações reajam [ao anúncio]”, avalia o banco.
(Com Reuters)